Africanos em Caravelas, Bahia: estratégias de batismo e compadrio (1821 - 1823)

Auteurs-es

  • Uerisleda Alencar Moreira Universidade do Estado da Bahia

Mots-clés :

Batismo. Escravizados. Africanos

Résumé

A formação da família espiritual tem desvelado múltiplas possibilidades de arranjos familiares em diversas cidades e vilas do Brasil Colonial e Imperial. O presente estudo, pautado num método quali-quantitativo para a pesquisa histórica, buscou verificar a presença de cativos africanos em terras caravelenses e a formação dos laços de compadrio dos sujeitos históricos africanos cativos adultos que foram batizados na Freguesia de Santo Antônio da Vila de Caravelas entre os anos de 1821 a 1823, usando como fonte primária o Livro de assentos de batismo da referida Freguesia. O rito de batismo mostrouse um espaço privilegiado para verificar a presença de africanos escravizados em solo caravelense e, a família espiritual sacramentada no batismo, tende a enunciar as possíveis estratégias de estabelecimento de vínculos familiares e de fortalecimento de laços de solidariedade no interior das senzalas. As preferencias de extensão das relações sociais se mostrou diversificado, uma vez que foram localizados padrões tanto endógenos quando exógenos, bem como a inter-relação entre sujeitos com as mais variadas condições jurídicas. Assim, os (re)arranjos entre cativos adultos batizados puderam ser estreitados através dos laços de compadrio legitimados na Pia batismal, neste caso, busca-se entender a formação da família como uma estratégia de vivência e de resistência entre a população cativa caravelense.

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Biographie de l'auteur-e

Uerisleda Alencar Moreira, Universidade do Estado da Bahia

Licenciada em História pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Especialista em História do Brasil pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Mestre em História Regional e Local (PPGH) pela Universidade do Estado da Bahia. Atualmente é Tutora da Licenciatura em História da Universidade Aberta do Brasil e da Universidade do Estado da Bahia e membro dos Grupos de Pesquisa: Desenvolvimento Social” e “Experiências, Memórias e Trajetórias de Populações Negras”.

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Publié-e

2018-03-12