ACOLHIMENTO REALIZADO PELO SUS ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA EM SALVADOR

Autores/as

Palabras clave:

Palabras clave: Personas sin hogar. Recepción. Primeros auxilios.

Resumen

Objetivo: Analisar como ocorre o acolhimento à Pessoa em Situação de Rua (PSR) em unidades da Atenção Primária à Saúde (APS) no município de Salvador, Bahia, Brasil, tendo como objetivos específicos: descrever o processo de acolhimento na APS sob a ótica da PSR e identificar elementos facilitadores e dificultadores do acolhimento à PSR. Método: Pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. A coleta de dados foi realizada na Unidade de Apoio na Rua do Programa social Corra pro Abraço, por meio de entrevista semiestruturada com seis PSR. A partir da análise dos dados, definiram-se três categorias: Percepção sobre o acolhimento; Elementos que dificultam o acolhimento; e Elementos que facilitam o acolhimento. Resultados: Identificaram-se percepções diferentes sobre o acolhimento, assim como a importância das relações de afetividade e vínculo durante o processo de acolhimento na APS. Também, observaram-se práticas de cuidado pouco acolhedoras, identificadas por atitudes discriminatórias e burocráticas. Por outro lado, constatou-se que as políticas públicas são importantes para a mudança de cuidado às PSR na APS. Conclusão: A partir desse resultado, pode-se concluir que o acolhimento implementado pelas unidades de saúde utilizadas pelos participantes do estudo mostra-se frágil e incipiente, podendo comprometer o acesso, a detecção precoce de agravos à saúde e a continuidade do cuidado.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ana Paula Chancharulo de Morais Pereira, Universidad Estatal de Bahía

Doctor en Medicina Preventiva por el Programa de Posgrado de la Facultad de Medicina de la Universidad de São Paulo. Catedrático de la Universidad Estatal de Bahía.

Jade Souza de Santana Santos, Universidade do Estado da Bahia - Brasil

Graduada em Enfermagem

Citas

1. Miranda, NCJ; Pereira, GC. População De Rua Em Salvador-Ba: Reflexões Sobre O Espaço Urbano E O Direito À Cidade. In: Anais do Encontro Nacional da ANPEGE; A diversidade da geografia brasileira: escalas e dimensões da análise e da ação; 2015; Salvador: ANPEGE, 2015. p. 2610 - 2623.
2. BRASIL. Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009. Institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento, e dá outras providências. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, Brasília, DF, 2009.
3. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea. Nota técnica: Estimativa da população em situação de rua no brasil (Setembro de 2012 a Março de 2020). Brasília, 2020. p. 10.
4. Projeto Axé. Cartografias dos Desejos e dos Direitos: Mapeamento e Contagem da População em Situação de Rua na Cidade do Salvador, Bahia, Brasil. Salvador: Ed. SEMPS; 2017. p.1-27.
5. de Paiva IKS, Lira CDG, Justino JMR, Miranda MGDO, Saraiva AKDM. Direito à saúde da população em situação de rua: Reflexões sobre a problemática. Cienc e Saude Coletiva. 2016;21(8):2595–606.
6. Brasil. Constituição da República Federal do Brasil 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília (DF): Senado; 1988.
7. Brasil. Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, Brasília, DF, 2011, p. 1-7. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7508.htm.
8. Brehmer LC de F, Verdi M. Acolhimento na Atenção Básica: reflexões éticas sobre a Atenção à Saúde dos usuários. Cien Saude Colet. 2010;15(suppl 3):3569–78.
9. Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização: O que é, como implementar. Brasília: Ed. MS; 2010.
10. Brasil. Ministério da Saúde. Manual sobre o cuidado à saúde junto a população em situação de rua. Brasília: Ed. MS, 2012.
11. Oliveira OVM de (Org). Política Nacional de Humanização: O que é, como implementar. Brasília: Ed. MS, 2010. p. 6-72.
12. da Silva FP, Frazão I da S, Linhares FMP. Práticas de saúde das equipes dos Consultórios de Rua. Cad Saude Publica. 2014;30(4):805–14.
13. Hallais JA da S, de Barros NF. Consultório na Rua: Visibilidades, invisibilidades e hipervisibilidade. Cad Saude Publica. 2015;31(7):1497–504.
14. Nonato D do N, Raiol RWG. INVISÍVEIS SOCIAIS: A NEGAÇÃO DO DIREITO À CIDADE À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA. Rev Direito Urbanístico, Cid e Alteridade. 2016;2(2):101.
15. IBGE. Índice de Desenvolvimento Humano; Salvador [atualizada em 2010].
16. BAHIA (Estado). Secretaria De Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social. Porque o CRIA correu pro abraço. In: Corra pro Abraço: O Encontro Para o Cuidado na Rua. Salvador: Ed. SJDHDS, 2016. Cap. 1, p. 28.
17. Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate A Fome (Org.). Rua: Aprendendo a contar: Pesquisa Nacional Sobre a População em Situação de Rua. Brasília: Ed. MS, 2009. p. 240.
18. Badinter, Elizabeth. Um Amor Conquistado: o mito do amor eterno. Tradução- Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1985.
19. Novikoff C, Cavalcanti MA de P. Pensar a potência dos afetos na e para a educação. Conjectura Filos e Educ. 2015;20(3):88–107.
20. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ed. MS, 2012.
21. Lima LL, Moreira TMM, Jorge MSB. Produção do cuidado a pessoas com hipertensão arterial: acolhimento, vínculo e corresponsabilização. Rev Bras Enferm. 2013;66(4):514–22.
22. Schimith MD, Lima MAD da S. Acolhimento e vínculo em uma equipe do Programa Saúde da Família. Cad Saude Publica. 2004;20(6):1487–94.
23. MERHY, EE; FRANCO, TB. Trabalho Em Saúde. In: PEREIRA, IB.; LIMA JCF (org.). Dicionário da Educação Profissional em Saúde. Manguinhos: Ed. Epsjv, 2008. p. 17-471.
24. BRASIL. Ministério da Saúde. Acolhimento à demanda espontânea Queixas mais comuns na Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 2013, v.2, n.28.
25. Kalckmann S, Santos CG dos, Batista LE, Cruz VM da. Racismo institucional: um desafio para a eqüidade no SUS? Saúde e Soc. 2007;16(2):146–55.
26. Trad LAB, Castellanos MEP, Guimarães MC da S. Acessibilidade à atenção básica a famílias negras em bairro popular de Salvador, Brasil. Rev Saude Publica. 2012;46(6):1007–13.
27 Lira CDG, Justino JMR, Paiva IKS de, Miranda MG de O, Saraiva AK de M. Is the Access of the Street Population a Denied Right? Reme Rev Min Enferm. 2019;23:1–8.
28. Lopes PR, Winkelmann MC das C, Heidemann ITSB, Fernandes GCM, Dalmolin IS. Percepção das pessoas em situação de rua acerca da promoção da saúde TT. Rev Enferm Atual Derme. 2017;83(21):54–60.
29. Aguiar MM, Iriart JAB. Significados e práticas de saúde e doença entre a população em situação de rua em Salvador, Bahia, Brasil. Cad Saude Publica. 2012;28(1):115–24.
30. Vale AR, Vecchia MD. “UPA é nós aqui mesmo”: as redes de apoio social no cuidado à saúde da população em situação de rua em um município de pequeno porte. Ver Saude e Soc. 2019;28(1):222–34.
31. Silva MP da, Guedes EN, Santos PC dos. Conscientização e participação : as relações públicas comunitárias na construção da cidadania. 2017;(26):87–98.

Publicado

2023-12-27

Cómo citar

Chancharulo de Morais Pereira, A. P., & Souza de Santana Santos, J. (2023). ACOLHIMENTO REALIZADO PELO SUS ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA EM SALVADOR. Práticas E Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 4, e12581. Recuperado a partir de https://www.revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/12581

Número

Sección

Artigos (FLUXO CONTíNUO)