PRELIMINARY NOTES FOR DECOLONIZING HEALTH EDUCATION IN BRAZIL

Authors

Keywords:

Health Education, Racism, Public Health, Education of Public Health

Abstract

Introduction: we begin with a brief account of our experience in a public school of a municipality in Bahia, developed through a theoretical-practical curricular component of the Interdisciplinary Bachelor’s Degree in Health, in order to give rise to the discussions undertaken soon after. Objective: this essay aims to reflect on some of the challenges presented in the field of Health Education, considering decolonial perspectives and studies on racial relations and subjectivities. Method: this is a theoretical essay. Results: for this purpose, subsequently, we highlight how the banking concept of education, verticalization and authoritarianism in health education practices inherited the pedagogical technology of persuasion intended for the subordinated population of Colonial Brazil, ensuring the survival of this racialized device. We move forward outlining approaches between Paulo Freire, Frantz Fanon and Exu, drawing attention as to how Popular Education considers as its main theoretical enterprise the analysis of inequalities endured in class, although its main proponents are constantly talking, albeit not always openly, about race and decolonization. Conclusion: finally, we indicate some political-pedagogical horizons that can contribute towards the reorientation of the education of health professionals from the crossroads.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Silier Andrade Cardoso Borges, Professor na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Brasil

Doutor em Saúde Pública pela Universidade Federal da Bahia.

 

Shirley Gonçalves Amaral dos Santos, Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Brasil

Graduada em Saúde.

 

References

Rufino, L. (2019). Pedagogia das encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula.

Nascimento, A. (2016). O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Editora Perspectiva.

Gonzalez, L. (2020). Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar.

Freire, P. (2013). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Fanon, F. (2022). Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Zahar.

Tonet, I. (2016). Educação contra o capital. São Paulo: Veredas.

Rufino, L. (2019). Pedagogia das encruzilhadas: Exu como educação. Revista Exitus, 9(4), 262-289. Disponível em: https://doi.org/10.24065/2237-9460.2019v9n4id1012

Bondía, J. L. (2002). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Rev. Bras. Educ., (19), 20–8. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000100003

Freire, P. (2001). Carta de Paulo Freire aos professores. Estud. av., 15(42), 259–68. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-40142001000200013

Carneiro, S. (2023). Dispositivo de racialidade. Rio de Janeiro: Companhia das Letras.

Kilomba, G (2020). Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó.

Silva, C. M. C., Meneghim, M. C., Pereira, A. C., & Mialhe, F. L. (2010). Educação em saúde: uma reflexão histórica de suas práticas. Ciênc. saúde coletiva, 15(5), 2539–50. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000500028

Paiva, W. A. (2015). O legado dos jesuítas na educação brasileira. Educ. rev., 31(4), 201–22. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-4698136933

Vasconcelos, E. M. (2001). Participação popular e educação nos primórdios da saúde pública brasileira. In: Vasconcelos, E. M.(org). A saúde nas palavras e nos gestos: reflexões da rede educação popular e saúde. São Paulo: Hucitec.

Silva, G., & Amorim, S. S. (2017). Apontamentos sobre a educação no Brasil Colonial (1549-1759). Interações, 18(4), 185–96. Disponível em: https://doi.org/10.20435/inter.v18i4.1469

Bento, M. A. S. (2002). Branqueamento e branquitude no Brasil. In: Carone, I., & Bento, M. A. S. Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, p. 25-58.

Santos, B. S. (2007). Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos estud. CEBRAP, (79), 71–94. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-33002007000300004

Almeida, S. L. (2019). Racismo estrutural. São Paulo: Pólen.

Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Perspectivas Latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso.

Mignolo, W. D. (2017). Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Rev. bras. Ci. Soc., 32(94), 1-18. Disponível em: https://doi.org/10.17666/329402/2017

DiAngelo, R. (2018). Fragilidade branca. Eco-Pós, 21(3), 35-57. Disponível em: https://doi.org/10.29146/eco-pos.v21i3.22528

Bernardino-Costa, J., Maldonado-Torres, N., & Grosfoguel, R. (2018). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica.

Penna, C. (2014). Paulo Freire no pensamento decolonial: um olhar pedagógico sobre a teoria pós-colonial latino-americana. Repam, 8(2), 164-80. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/repam/article/view/16133

Loureiro, C. W., & Moretti, C. Z. (2021). Paulo Freire em Abya Yala: denúncias e anúncios de uma epistemologia decolonial. Práxis Educativa, 16, 1-19. Disponível em: https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.16.16634.059

Fanon, F. (2008). Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Edufba.

Souza, N. S. (2021). Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Companhia das Letras.

Valla, V. V. (1996). A crise de interpretação é nossa: procurando compreender a fala das classes subalternas. Educ & Realidade, 21(2), 35-48.

Rufino, L. (2021). Vence-demanda: educação e descolonização. Rio de Janeiro: Mórula.

Santos, A. B. (2015). Colonização, quilombos: modos e significados. Brasília: INCTI/UnB.

Chauí, M. (2003). A universidade pública sob nova perspectiva. Rev. bras. de educação, 5(15), 5-15. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000300002

Cardoso, L. (2014). A branquitude acrítica revisitada e a branquidade. Revista da ABPN, 6(13), 88-106. Disponível em: https://abpnrevista.org.br/site/article/view/152

Cardoso, L. (2010). Branquitude acrítica e crítica: a supremacia racial e o branco anti-racista. Rev. Lat. de Ciencias Sociales, 8(1), 607-630. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1692-715X2010000100028&lng=en&nrm=iso

Alexander, B. K. (2021). Pele negra/máscaras brancas: a sustentabilidade performativa da branquitude (com desculpas a Frantz Fanon). Sex, Salud Soc., (37), 1-33. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2021.37.e21303.a

Mombaça, J. (2021). Não vão nos matar agora. Rio de Janeiro: Cobogó.

Published

2023-12-29

How to Cite

Borges, S. A. C., Bitencourt, I. da S., Santos, S. G. A. dos, Soares, C. dos S., & Dias, L. M. B. (2023). PRELIMINARY NOTES FOR DECOLONIZING HEALTH EDUCATION IN BRAZIL. Práticas E Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 4, e18947. Retrieved from https://www.revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/18947

Issue

Section

Dossiê Temático PROCESSOS FORMATIVOS EM SAÚDE E EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES PARA CONSTITUIÇÃO DE PRÁTICAS DE CUIDADO CONTRACOLONIAIS