ASSISTANCE TO BLACK BODIES IN HEALTH ESTABLISHMENTS: DECONSTRUCTING PREJUDICES AND PROMOTING AN ETHICS OF CARE

Authors

Keywords:

Racism, Health Care, Diversity, Critical Training

Abstract

Introduction: This article explores the differential treatment of black bodies in health systems, highlighting the influence of structural racism and gender bias. The differentiated service faced by black individuals is the result of stereotypes rooted in skin color and ethnic origins, worsening when it comes to transgender people and transvestites. Objective: The study aims to analyze the approach to black bodies in health systems, highlighting the role of unconscious prejudices in the perpetuation of these disparities and proposing critical education as a fundamental step towards awareness. Method: The analysis method adopted is the narrative review of the literature. Through the analysis of books and articles in electronic journals, the aim is to understand how black bodies are treated in health systems, identifying discriminatory patterns and prejudices. Results: The finding emerges that discrimination does not occur consciously, but is a result of the social normalization of racism and gender prejudice. Human and critical training is vital to sensitize health professionals, encouraging a conscious and equitable approach. Conclusion: In view of the results, the urgency of promoting an ethics of care that values diversity is highlighted. Transformation requires profound cultural change, involving education and critical reflection. Overcoming prejudices rooted in health systems is essential to ensure equal and respectful treatment for all patients, regardless of their ethnic origin or gender identity.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Diego Vinícius Brito dos Santos, Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Brasil

Master in Philosophy by the Graduate Program in Philosophy at the Federal University of Rio Grande do Norte. Member of the UFRN Social Research Group (SRG). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9064-0663 E-mail: diego_svt@hotmail.com.br

References

Almeida, S. (2019). Racismo estrutural. Pólen Produção Editorial LTDA.

Alonso, L. (2022). O modelo biomédico dos corpos brancos cisheteronormativos e as barreiras de acesso à saúde para os corpos desviantes. Revista Estudos Libertários, 4(10), 49-65. Recuperado de https://doi.org/10.59488/rel.v4i10.49660

Barros, F. P. C. D., Lopes, J. D. S., Mendonça, A. V. M., & Sousa, M. F. D. (2016). Acesso e equidade nos serviços de saúde: uma revisão estruturada. Saúde em debate, 40, 264-271. Recuperado de https://www.scielosp.org/article/sdeb/2016.v40n110/264-271/pt/

Bastos, J. L., & Faerstein, E. (2012). Discriminação e saúde: perspectivas e métodos. SciELO-Editora FIOCRUZ.

Borret, R. H., Silva, M. F., Jatobá, L. R., Vieira, R. C., & Oliveira, D. O. P. S. (2020). “A sua consulta tem cor?” Incorporando o debate racial na Medicina de Família e Comunidade: um relato de experiência. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 15(42), 2255. Recuperado de https://doi.org/10.5712/rbmfc15(42)2255

Caprara, A., & Franco, A. L. S. (2006). Relação médico-paciente e humanização dos cuidados em saúde: limites, possibilidades, falácias. In: Deslandes, S. F. (Org.). Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 85-108. Recuperado de https://doi.org/10.7476/9788575413296

Carrapato, P., Correia, P., & Garcia, B. (2017). Determinante da saúde no Brasil: a procura da equidade na saúde. Saúde e Sociedade, 26, 676-689. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0104-12902017170304

Cidade de Jesus, E. S., & Sá Neto, C. E. (2021). Entre colonialismo jurídico e epistemicídio: o uso estratégico do direito como instrumento de governança racial. In: R. Angelin & C. Gabatz (Eds.), Conceitos e Preconceitos de Gênero na Sociedade Brasileira Contemporânea: Perspectivas a partir dos Direitos Humanos. (72-86). Foz do Iguaçu: CLAEC.

Cordeiro, A. M., Oliveira, G. M. D., Rentería, J. M., & Guimarães, C. A. (2007). Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Revista do colégio brasileiro de cirurgiões, 34, 428-431. Recuperado de https://www.scielo.br/j/rcbc/a/CC6NRNtP3dKLgLPwcgmV6Gf/?lang=pt#

Costa, E. S. (2015). Racismo como metaenquadre. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, (62), 146-163. Recuperado de https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i62p146-163

Chehuen Neto, J. A., Fonseca, G. M., Brum, I. V., Santos, J. L. C. T. D., Rodrigues, T. C. G. F., Paulino, K. R., & Ferreira, R. E. (2015). Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: implementação, conhecimento e aspectos socioeconômicos sob a perspectiva desse segmento populacional. Ciência & Saúde coletiva, 20(6), 1909-1916. Recuperado de https://www.scielo.br/j/csc/a/mNYPvyFtbp3bm3bc8S64b3j/?format=html&lang=pt

Crenshaw, K. W. (2017). On Intersectionality: Essential Writings. The New Press.

Fanon, F. (2008). Pele Negra, Máscaras Brancas. Salvador: EDUFBA

Fernandes, F. (1972). O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Difusão Europeia do Livro.

Fernandes, M. (2016). O Lugar do negro: o negro no seu lugar. Anais do XVII Encontro de História da Anpuh, 1-9. Recuperado de http://www.encontro2016.rj.anpuh.org/site/anaiscomplementares

Fortes, P. A. D. C. (2008). Reflexão bioética sobre a priorização e o racionamento de cuidados de saúde: entre a utilidade social e a equidade. Cadernos de Saúde Pública, 24(3), 696-701. Recuperado de https://www.scielo.br/j/csp/a/JS4jX5fnjH3vTmrWSfJW5WL/?lang=pt

Freyre, G. (2003). Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global.

Kantamneni, N. (2020). The impact of the COVID-19 pandemic on marginalized populations in the United States: A research agenda. Journal of Vocational Behavior, 119, 103439. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jvb.2020.103439

Lages, S. R. C., Silva, A. M., Silva, D. P., Damas, J. M., & Jesus, M. A. (2017). O preconceito racial como determinante social da saúde - a invisibilidade da anemia falciforme. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 10(1), 109-122. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202017000100011&lng=pt&tlng=pt.

Mauro, F. (2015). Raça e Gênero na Educação: a cor e os cabelos na construção da identidade da mulher. Curitiba: Appris.

Ministério da Saúde (MEC). Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. (2017). Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma política para o SUS (3ª ed.). Brasília: Editora do Ministério da Saúde. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacao_negra_3d.pdf

Freire Neto, L. M., Lima, P. L. S., Souza, J. M. M., & Moura, C. L. (2021). A medicina contribuiu para a segregação racial americana institucionalizada? Revista Relações Internacionais do Mundo Atual, 1(30). Recuperado de https://revista.unicuritiba.edu.br/index.php/RIMA/article/view/5360

Oliveira, G. S. (2020). TRANSfobia, racismo e suas implicações na saúde de pessoas transexuais e negras: TRANSgressão no pensar a partir do âmbito do SUS. Revista Feminismos, 8(1), 119-125. Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/42405

Padilla, B., Hernández-Plaza, S., Freitas, C, Masanet, E., Santinho, C., & Ortiz, A. (2013). Cidadania e diversidade em saúde: necessidades e estratégias de promoção de equidade nos cuidados. Saúde & Tecnologia, (Suplemento), 57-64. Recuperado de https://doi.org/10.25758/set.924

Paiva, A. T. (2008). “O anseio por bom tratamento e honra”: índios, negros e mestiços setecentistas e a delimitação de suas identidades. In: Simpósio Temático Escravidão: Sociedades, Culturas, Economia e Trabalho. XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. FAFICH - UFMG, Belo Horizonte, MG. Anais do XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Universidade Federal de Minas Gerais. Recuperado de http://historia_demografica.tripod.com/bhds/bhd54/bhd54.htm

Paixão, M., Rossetto, I., Montovanele, F., & Carvano, L. M. (2010). Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010. Rio de Janeiro: Garamond. Recuperado de https://www.palmares.gov.br/wp-content/uploads/2011/09/desigualdades_raciais_2009-2010.pdf

Pessalacia, J. D. R., Zoboli, E. L. C. P., & Ribeiro, I. K. (2016). Equidade no acesso aos cuidados paliativos na atenção primária à saúde: uma reflexão teórica. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, 6(1), 2119-2139. Recuperado de https://doi.org/10.19175/recom.v0i0.1072

Ribeiro, D. (2017). O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento.

Rigolon, M., Carlos, D. M., Oliveira, W. A. D., & Salim, N. R. (2020). “A saúde não discute corpos trans”: História Oral de transexuais e travestis. Revista Brasileira de Enfermagem, 73, 5-8. Recuperado de https://www.scielo.br/j/reben/a/x58YbB45vmkKFqh8zyhCCLC/?lang=pt#

Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática x revisão narrativa. [Editorial]. Acta Paulista de Enfermagem, 20(2). Recuperado de https://www.scielo.br/j/ape/a/z7zZ4Z4GwYV6FR7S9FHTByr/?lang=pt

Santos, M. O. P. (2012). Médicos e pacientes têm sexo e cor? A perspectiva de médicos e residentes sobre a relação médico-paciente na prática ambulatorial. [Dissertação de Mestrado], Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-05092012-101342/pt-br.php

Schliemann, A. L., Souza, G. L. de, & Figueiredo, I. V. (2020). Preconceito e saúde: uma relação que precisa ser cuidada. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, 22. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/51572

Silva, C. M., & Cruz, C. A. M. (2019). Corpos negros expostos em uma praça de alimentação de um shopping. Revista de Políticas Públicas, 23(1), 97-114. Recuperado de https://doi.org/10.18764/2178-2865.v23n1p97-114

Thula, P. (2018). Racionalizando o debate sobre direitos humanos: limites e possibilidades da criminalização do racismo no Brasil. Revista Internacional de Direitos Humanos, 15(28), 65-75. Recuperado de https://sur.conectas.org/wp-content/uploads/2019/05/sur-28-portugues-thula-pires.pdf

Tomaz T. S. (2009). Documentos de Identidade: Uma introdução às teorias do currículo: Autêntica.

Werneck, J. (2016). Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde e sociedade, 25, 535-549. Recuperado de https://www.scielo.br/j/sausoc/a/bJdS7R46GV7PB3wV54qW7vm/?lang=pt

Williams, D. R., Mohammed, S. A., Leavell, J., & Collins, C. (2010). Race, socioeconomic status, and health: complexities, ongoing challenges, and research opportunities. Annals of the New York Academy of Sciences, 1186, 69-101. Recuperado de https://doi.org/10.1111/j.1749-6632.2009.05339.x

Published

2024-01-02

How to Cite

Santos, D. V. B. dos. (2024). ASSISTANCE TO BLACK BODIES IN HEALTH ESTABLISHMENTS: DECONSTRUCTING PREJUDICES AND PROMOTING AN ETHICS OF CARE. Práticas E Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 4, e18426. Retrieved from https://www.revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/18426

Issue

Section

Dossiê Temático PROCESSOS FORMATIVOS EM SAÚDE E EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES PARA CONSTITUIÇÃO DE PRÁTICAS DE CUIDADO CONTRACOLONIAIS