O espiritismo brasileiro: uma produção discursiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35499/tl.v14i2.8608

Palavras-chave:

Análise do Discurso, Espiritismo, Sociologia da Religião

Resumo

Este trabalho tem por finalidade analisar a constituição do espiritismo bra-sileiro enquanto doutrina e religião, a partir dos discursos internos produzi-dos por doutrinadores espíritas. Para tal, fazemos uso da análise do discurso aliado à Sociologia da Religião. Compartilhamos da ideia de que o discurso não é apenas uma configuração linguística, devendo ser lido e interpretado a partir do contexto histórico e cultural. Observamos que os discursos adotados a partir da chegada da doutrina em solo brasileiro divergem do discurso francês baseado no positivismo e no iluminismo. Assim, sua formatação torna-se diferente da pensada por Kardec no século XIX. Desse modo, concluímos que no Brasil predominou o aspecto religioso e personalista em detrimento do científico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francisco Jomário Pereira, UEPB

Professor de Sociologia e Antropologia na Universidade Estadual da Paraíba. Doutor em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba. 

Referências

ARRIBAS, Célia da Graça. Afinal, espiritismo é religião? A doutrina espírita na formação da diversidade religiosa brasileira. São Paulo: Alameda, 2010.

UMA SOCIOLOGIA HISTÓRICA DO ESPIRITISMO. ANAIS DO III ENCONTRO NACIONAL DO GT HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E DAS RELIGIOSIDADES – ANPUH -Questões teórico-metodológicas no estudo das religiões e religiosidades. IN: Revista Brasileira de História das Religiões. Maringá (PR) v. III, n.9, jan/2011. ISSN 1983-2859.

________No Princípio Era Verbo. Espíritas e Espiritismos na Modernidade Religiosa Brasileira. Tese de Doutorado em Sociologia no Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade De São Paulo. São Paulo. 2014.

FERNANDES; Claudimar Alves. Discurso e sujeito em Michel Foucault. Intermeios. São Paulo. 2012.

FOUCUALT, Michel. História da Sexualidade. Vol. 1, 2014. Vol. 2, 2014. Vol. 3, 2017. Paz e Terra. Rio de Janeiro/São Paulo.

_______ A Microfísica do Poder. Paz e Terra. 2014.

_______ Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 2014

________ Os Anormais. Curso no Collège de France (1974-1974). Martins Fontes. São Paulo. 2001.

_______ De l'amitié comme mode de vie. Entrevista de Michel Foucault a R. de Ceccaty, J. Danet e J. le Bitoux, publicada no jornal Gai Pied, nº 25, abril de 1981, pp. 38-39. Tradução de wanderson flor do nascimento.

GUIUMBELLI, Emerson. A presença do religioso no espaço público: modalidades no Brasil. Relig. soc. vol.28 no.2 Rio de Janeiro 2008.

_____________________ Heresia, doença, crime ou religião: o Espiritismo no discurso de médicos e cientistas sociais. Rev. Antropol. vol.40 n.2 São Paulo 1997.

GREGOLIN, Maria do Rosário. Foucault e Pêcheux na análise do discurso- diálogos & duelos. São Carlos. Editora Clara Luz. 2006.

LEWGOY, Bernardo. A transnacionalização do espiritismo kardecista brasileiro: uma discussão inicia. Relig. soc. vol.28 no.1 Rio de Janeiro July 2008.

__________________Chico Xavier e a Cultura Brasileira. Rev. Antropol. vol.44 no.1 São Paulo 2001.

________________ Etnografia da leitura num grupo de estudos espírita. Horiz. antropol. vol.10 no.22 Porto Alegre July/Dec. 2004.

______________Os Espíritas e as letras: um estudo antropológico sobre cultura escrita e oralidade no espiritismo kardecista. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós Graduação em Antropologia da Universidade de São Paulo. São Paulo. 2000.

NOGUEIRA, Conceição. Análise do discurso. Em L. Almeida e E. Fernandes (Edts), Métodos e técnicas de avaliação: novos contributos para a pratica e investigação. Braga: CEEP

SILVA & Machado Júnior, Revista Eletrônica História em Reflexão: Vol. 8 n. 16 – UFGD – Dourados, jul/dez – 2014. O discurso em Michel Foucault – Por Giuslane Francisca da Silva & Sérgio da Silva Machado Júnior.

Downloads

Publicado

2020-12-14

Como Citar

PEREIRA, F. J. O espiritismo brasileiro: uma produção discursiva. Tabuleiro de Letras, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 229–240, 2020. DOI: 10.35499/tl.v14i2.8608. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/8608. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS