A hashtag como um sistema dinâmico complexo
efeitos da #corpoperfeito no instagram
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v17i2.18291Palavras-chave:
Hashtag, Folksonomia, Corpo, Linguagem, Sistemas Dinâmicos ComplexosResumo
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a hashtag #corpoperfeito no âmbito da rede social digital Instagram. Utilizamos as proposições teóricas da Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos (TSDC), orientadas por Holland (1995) e Larsen-Freeman (2008), e elencamos a hashtag em questão como um sistema complexo, assim como a própria língua(gem). Durante o desenvolvimento do artigo, realizamos discussões que demonstraram o funcionamento complexo, dinâmico e adaptativo da hashtag, assim como o conceito de folksonomia, que nos ajudou a compreender o processo de livre indexação. Foi possível verificarmos a existência de padrões nas postagens indexadas através da #corpoperfeito que, de alguma forma, podem trazer prejuízos individuais e sociais para usuários que possuam contato com a mesma. Assim, fizemos o exercício de refletir sobre quais seriam os possíveis impactos causados pela afirmação discursiva de que o corpo necessita de intervenções estéticas para tornar-se perfeito.
Downloads
Referências
AMSTEL, Frederick Van. Folksonomia: Vocabulário descontrolado, Arquitetura da informação ou samba do crioulo doido? São Paulo, p. 15, 2007. Disponível em: <http://www.encontroai.org/viewabstract.php?id=34&cf=1>. Acesso em 03 de ago de 2023.
BARTOON, D. LEE. C. Linguagem Online: textos e práticas digitais. 1. ed. Trad. Milton Camargo Mota. São Paulo: Parábola Editorial, 2015
CATARINO, Maria Elisabete; BAPTISTA, Ana Alice. Folksonomias: características das etiquetas na descrição de recursos da Web. Informação & Informação, [S.l.], v. 14, n. 1esp, p. 46-67, dez. 2009. ISSN 1981-8920. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/3234>. Acesso em 03 de ago 2023.
FABRÍCIO, Branca Falabella. Linguística Aplicada como espaço de “desaprendizagem”: redescrições em curso. In: MOITA LOPES, L.P. (Org.). Por uma Linguística Aplicada INdisciplinar.São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 45-66.
GOMES, R. Análise e Interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In: MINAYO, M. C. S. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2009. p.
HANKS, William F. Língua como prática social: das relações entre língua, cultura e sociedade a partir de Bourdieu e Bakhtin. São Paulo: Cortez, 2008.
HOLLAND, J. Hiden order: how adaptation builds complexity. Reading - MA: Addison-Wesley, 1995.
LARSEN-FREEMAN, D.; CAMERON; L. Complex systems and applied linguistics. Oxford:Oxford University Press, 2008.
MOITA LOPES. L. P. Uma linguística aplicada mestiça e ideológica. In: MOITA LOPES, L. P. (org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar.1. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 13-42.
PAIVA, V. L. M. de O. e. Aquisição de segunda língua. São Paulo: Parábola, 2014.
PAVEAU, Marie-Anne. “Hashtag”, Technologies discursives. 2013. [Carnet de recherche]. Disponível em: <http://technodiscours.hypotheses.org/488> Acesso em: 02 jul. 2023.
PENNYCOOK, A. Uma Linguística Aplicada Transgressiva. In: MOITA LOPES, L. P. (org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. 1.ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.p. 67-83.
RAJAGOPALAN. K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e questão ética. São Paulo: Parábola, 2003.
RECUERO, Raquel. Discurso mediado por computador nas redes sociais. In: ARAÚJO, J.; LEFFA, V. (org.) Redes sociais e ensino de línguas: o que temos de aprender? São Paulo: Parábola Editorial, 2016.
SORATO, D. Web semântica e folksonomia nas redes sociais: relações e aplicações na ciência da informação. 2011. 46 f., il. Monografia (Bacharelado em Biblioteconomia) - Universidade de Brasília, Brasília, 2011. Disponível em: Acesso em: 02 jul de 2023.
WALDROP, M. M. Complexity: the emerging science at the edge of order and chaos. New York: Touchstone, 1993.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autor(es) conservam os direitos de autor e concedem à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta Revista.
