NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO EM RESIDENTES DE UM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

Autores

Palavras-chave:

Estilo de vida sedentário, Exercício físico, Inatividade física, Doença por Coronavírus 2019, Residência não Médica não Odontológica

Resumo

Objetivo: descrever a prevalência de inatividade física e de comportamento sedentário em residentes de um Programa Multiprofissional em Saúde da Família durante o período da pandemia do COVID-19. Método: estudo descritivo realizado com 10 residentes multiprofissionais de uma universidade pública do estado da Bahia. Foi aplicado de forma remota um questionário entre setembro/2020 e março/2021 no qual constava o Questionário Internacional de Atividade Física, versão longa, e perguntas sociodemográficas, profissionais e de saúde/estilo de vida. Resultados: o perfil majoritariamente foi de mulheres (90%), com média de 33,6±5,9 anos, auto declarantes pretos/pardos (60%) e solteiros (60%). Quanto ao nível de atividade física 20% dos participantes foram considerados insuficientemente ativos e 100% com altos valores de comportamento sedentário. Destaca-se ainda que 70% apresentavam sobrepeso/obesidade, mas apresentavam hábitos saudáveis sobre o consumo de frutas/vegetais, alcoólico e de tabaco. Conclusão: verificou-se durante a pandemia alta prevalência de residentes insuficientemente ativos e com tempo excessivo despendido em comportamento sedentário ao longo da semana e aos finais de semana. Assim, um trabalho de sensibilização/aprendizagem a respeito do comportamento sedentário e de manutenção da atividade física deve ser desenvolvido para este público alvo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Camila Fabiana Rossi Squarcini, Docente no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz - Brasil

Doutora em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina. Docente no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Estadual de Santa Cruz.

Amanda Frances de Jesus Silva, Residente Multiprofissional em Saúde da Família pela Universidade Estadual de Santa Cruz - Brasil

Graduação em Nutrição pela Universidade de Pernambuco.

David Ohara, Docente no Programa de Pós-Graduação em Educação Física, no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz - Brasil

Doutor em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá. Líder do Grupo de Extensão e Pesquisa em Atividade Física, Comportamento Sedentário e Saúde e integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Metabolismo, Nutrição e Exercício.

Soraya Dantas Santiago dos Anjos, Docente na Universidade Estadual de Santa Cruz - Brasil

Doutora em Enfermagem e Saúde Pública da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Disponível em: <https://aps.saude.gov.br/ape/nasf/residenciamultiprofissional/>. Acesso em: 29 jun 2021.

Teruya KY. et al. Ansiedade e estresse na residência multiprofissional em saúde. Braz J Health Review. 2021;4(2):6689-6709.

Hidalgo KD, Mielke GI, Parra DC, Lobelo F, Simoes EJ, Gomes GO. Health promoting practices and personal lifestyle behaviors of Brazilian health professionals. BMC Public Health. 2016;16(1):1114.

Black BIM, Janes J. Physical Therapists’ role in health promotion as perceived by the patient: descriptive survey. Phys Ther. 2016;96(100):1588-96.

Lipert A. et al. Physical activity of future health care professionals: adherence to current recommendations. Med Pr. 2020;71(5):539-49.

Stanford FC, Durkin MW, Stall Worth JR, Powell CK, Poston MB, Blair SN. Factors that influence physicians’ and medical students’ confidence in counseling patients about physical activity. J Prim Prev. 2014;35(3):193-201.

Posadzki P, Pieper D, Bajpai R, Makaruk H, Koonsgen N, Neuhaus AL, Semwal M. Exercise/physical activity and health outcomes: an overview of Cochrane systematic reviews. BMC Public Health. 2020;20(1):1724.

Ribeiro J, Cavalli A, Cavalli M, Pogorzelski L, Prestes M, Ricardo I. Adesão de idosos a programas de atividade física. Rev Bras Ciênc Esporte. 2012;34(4):969-84.

Carvalho, J. Pode o exercício físico ser um bom medicamento para o envelhecimento saudável? Act Farm Port. 2014;3(2):123-30.

Pedersen BK, Saltin B. Exercise as medicine - evidence for prescribing exercise as therapy in 26 different chronic diseases. Scand J Med Sci Sports. 2015;25(3):1-72.

Kraschnewski JL. et al. Is strength training associated with mortality benefits? A 15-year cohort study of US older adults. Prev Med. 2016;87:121-7.

Freire CB, Dias RF, Schwinger PA, França EET, Andrade FMD, Costa EC, Junior MAVC. Qualidade de vida e atividade física em profissionais de terapia intensiva do sub médio São Francisco. Rev Bras Enf. 2015;68(1):26-31.

Moraes BFM, Martino MM F, Sonati JG. Percepção da qualidade de vida de profissionais de enfermagem de terapia intensiva. Rev Min Enf. 2018;22:e-1100.

WHO. Physical activity and Adults: recommended levels of physical activity for adults aged 18 - 64 years. Disponível em: <https://www.who.int/dietphysicalactivity/factsheet_adults/en/>. Acesso em 15 jan. 2021.

Fanavoll R. et al. Psychosocial work stress, leisure time physical exercise and the risk of chronic pain in the neck/shoulders: Longitudinal data from the Norwegian HUNT Study. Int J Occup Med Environ Health. 2016;29(4):585-95

Lee I-Min. et al. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet. 2012;380(9838):219-29.

Odden MC. et al. The impact of the Aging Population on Coronary Heart Disease in the United States. Am J Med. 2011;124(9):827-33.e5.

Tremblay MS. et al. Sedentary behavior research network (SBRN) - terminology consensus project process and outcome. Int J Behav Nutr Phys Act. 2017;14(1):75.

Dempsey PC. et al. New global guidelines on sedentary behaviour and health for adults: broadening the behavioural targets. Int J Behav Nutr Phys Act. 2020;17(1):151.

Panahi S, Tremblay A. Sedentariness and health: is sedentary behavior more than just physical inactivity? Front Public Health, Franca. 2018;6:1-7.

Owen N. et al. Too much sitting: the population health science of sedentary behavior. Exerc Sport Sci Rev. 2010;38(3):105-13.

Owen N. et al. Sedentary Behavior and Public Health: Integrating the Evidence and Identifying Potential Solutions. Annu Rev Public Health. 2020;41:265-287.

Tremblay, MS. et al. Physiological and health implications of a sedentary lifestyle. Applied physiology, nutrition, and metabolism. Appl Physiol Nutr Metab. 2010;35(6):725-40.

Aragonés JM. et al. Prevalencia de actividad física en profesionales de atención primaria de Cataluña. Medicina de Familia. SEMERGEN. 2016;43(5):352-357.

Zhou MY, Xie XL, Peng YG, Wu MJ, Deng XZ, Wu Y, Xiong LJ, Shang LH. From SARS to COVID-19: What we have learned about children infected with COVID-19. Int J Infect Dis. 2020;96:710-4.

WHO. Impact of COVID-19 on people's livelihoods, their health and our food systems. Disponível em: <https://www.who.int/news/item/13-10-2020-impact-of-covid-19-on-people's-livelihoods-their-health-and-our-food-systems>. Acesso em 18 set 2021.

Mota JS. Utilização do Google Forms na pesquisa acadêmica. Rev Hum Inovação. 2019;6(12):371-80.

Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010: questionário da amostra. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/images/pdf/censo2010/questionarios/questionario_amostra_cd2010.pdf>. Acesso em 28 mar 2019b.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigitel Brasil 2017: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2018, p.130.

Craig C, Marshall A, Sjostrom M, Bauman A.; Booth M, Ainsworth B. Questionário Internacional de Atividade Física: confiabilidade e validade em 12 países. Med Sci Sports Exerc. 2003;35(8):1381-95.

World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Geneva: World Health Organization, 2010.

Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério de Saúde, 2020.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Ofício circular nº 2/2021/CONEP/SECNS/MS. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/images/Oficio_Circular_2_24fev2021.pdf>. Acesso em 19 de outubro de 2021.

Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 196, de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Distrito Federal (DF), 1996. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1996/res0196_10_10_1996.html>. Acesso em 09 de março de 2021.

Yao Y. et al. The associations of work style and physical exercise with the risk of work-related musculoskeletal disorders in nurses. Int J Occup Med Environ Health. 2019;32(1):15-24.

Maciel RHMO, Santos JBF, Rodrigues RL. Condições de trabalho dos trabalhadores da saúde: um enfoque sobre os técnicos e auxiliares de nível médio. Rev Bras Saúde Ocup. 2015;40(131):75-87.

Tanini CG, Marques RS, Oliveira BME, Azevedo JL. Perfil sociodemográfico e acadêmico dos residentes multiprofissionais de uma universidade pública. Rev Rede Enf Nord. 2012;13(1):178-86.

Rocha JS, Casarotto RA, Schmitt ACS. Saúde e trabalho de residentes multiprofissionais. Rev Cienc Salud. 2018;16(3):447-62.

Silvestre R, Baracho P, Castanheira P. Fisiologia da inatividade, um novo paradigma para entender os efeitos benéficos da prática regular de exercício físico em doenças metabólicas. Rev Port Endocrinol Diabetes Metab. 2012;7(2):36

Kang M, Joo M, Hong H, Kang H. Eating speed, physical activity, and cardiorespiratory fitness are independent predictors of metabolic syndrome in Korean university students. Nutrients. 2021;13(7):2420.

Assunção JIC, Assunção JR. A importância do exercício físico no tratamento de transtornos mentais. Práticas e Cuidado: Revista de Saúde Coletiva, 2020;1(e9992): 1-11.

Neto JMS, Brito GEG, Loch MR, Silva SS, Costa FF. Aconselhamento para atividade física na atenção primária à saúde: uma revisão integrativa. Movimento. 2020;26:e26075.

Sousa PT, Sousa AR, Pacheco ES, Sousa TM. Comportamento sedentário entre profissionais de estratégia de saúde de família. Rev Enferm UFPI. 2017;6(3):9-24.

Saad HA, Low PK, Jamaluddin R, Chee HP. Level of Physical Activity and Its Associated Factors among Primary HealthcareWorkers in Perak, Malaysia. Int J Environ Res Public Health. 2020;17(16):5947.

Teixeira CFS. et al. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de COVID-19. Ciência Saúde Col. 2020;25(9):3465-74.

Organização Pan-Americana de Saúde. A COVID-19 e o papel dos sistemas de informação e das tecnologias na atenção primária. Disponível em <https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52206/COVID-%2019FactsheetPNA_por.pdf?sequence=15>. Acesso em 20 set. 2021.

Feig EH. et al. Association of work-related and leisuretime physical activity with workplace food purchases, dietary quality, and health of hospital employees. BMC Plublic Health. 2019;19(1):1583.

Rocha SV. et al. Leisure-time physical inactivity among healthcare workers. Int J Occup Med Environ Health. 2018;31(3):251-260.

Brasil. Mistério da saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n.287, de 8 de outubro de 1998. Define as categorias de profissionais da saúde para atuação no conselho. Distrito Federal (DF), 1998. Disponível em: <http://www.crefrs.org.br/legislacao/pdf/resol_cns_287_1998.pdf>. Acesso em 05 de março de 2021.

Cahú RAG, Santos ACO, Pereira RC, Vieiera CJL, Gomes AS. Estresse e qualidade de vida em residência multiprofissional em saúde. Rev Bras Terap Cog. 2014;10(2):76-83.

Mendes TMC, Oliveira RFS, Mendonça JMN, Junior AM, Castro JL. Planos de carreira, carreiras e salários: perspectiva de profissionais de saúde do Centro-Oeste do Brasil. Saúde Deb. 2018;42(119):849-61.

Soratto J. et al. Insatisfação no trabalho de profissionais da saúde na estratégia de saúde na família. Texto Contexto-Enferm. 2017;26(3):e2500016.

Ulguim FO, Renner JDP, Pohl HH, Oliveira CF, Bragança GCM. Health workers: cardiovascular risk and occupational stress. Rev Bras Med Trab. 2019;17(1):61-8.

Omblellaro KJ. et al. Socioeconomic Correlates and Determinants of Cardiorespiratory Fitness in the General Adult Population: a Systematic Review and Meta-Analysis. Sports Med. 2018;4(1):25.

Bordignon M, Monteiro MI. Problemas de saúde entre profissionais de enfermagem e fatores relacionados. Enf Global. 2018;51:447-58.

Pretto ADB, Pastora CA, Assunção MCF. Comportamentos relacionados à saúde entre profissionais de ambulatórios do sistema único de saúde no município de Pelotas-RS. Epidemiol Serv Saúde. 2014;23(4):635-44.

Downloads

Publicado

2021-11-16

Como Citar

Squarcini, C. F. R., Macêdo, D. de A. ., Pinto, H. L. G. ., Silva, A. F. de J. ., Ohara, D. ., & Anjos, S. D. S. dos . (2021). NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO EM RESIDENTES DE UM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19. Práticas E Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 2, e13014. Recuperado de https://www.revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/13014

Edição

Seção

Dossiê Temático PESQUISA EM SERVIÇO: PRODUÇÕES NOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA EM SA

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)