ES(INS)CRITAS DO CORPO DANÇANTE: NARRATIVAS SINGULARES E PLURAIS

Autores

  • Neila Cristina Baldi UFBA/Doutoranda

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2017.v2.n4.p41-56

Palavras-chave:

narrativa, dança, autobiografia, educação somática

Resumo

O presente texto discute a relação da dança com a narrativa. Primeiramente o artigo mostra que a narrativa pode ser enredo da dança e a dança pode ser uma narrativa. Posteriormente, discorre sobre a narrativa a partir do campo da Autobiografia e como pode potencializar a dança ao mesmo tempo em que da dança pode emergir narrativas autobiográficas. A partir da perspectiva de que criamos corpografias, o texto mostra como o trabalho com essas narrativas dançantes, com o aporte da Autobiografia e da Educação Somática, pode ser autoformativo, de importância tanto para artistas quanto para professores(as). 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Neila Cristina Baldi, UFBA/Doutoranda

Artista da dança. Mestra em Artes Cênicas pela UFBA. Doutoranda pelo mesmo programa. Foi professora do Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) até maio de 2016.

Referências

ACASO, María. Reduvolution: hacer la revolución en la educación. Barcelona: Paidós, 2013.

BASTOS, Marcus. Práticas e políticas para criação de memoras culturais em ambientes programáveis. In: SILVA, Monica Toledo. Performances da memória. Belo Horizonte: Impressões de Minas, 2013. p. 179-216.

BÉZIERS, Marie-Madeleine.PIRET, Suzzane. A coordenação motora: aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. 3ª Ed. São Paulo: Summus Editorial. 1992.

BOLÍVAR, Antonio. Dimensiones epistemológicas y metodológicas de la investigación (auto) biográfica. In: PASSEGI, Maria da Conceição. ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (org). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica: Tomo I. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2012. p. 27-70.

BOURCIER, Paul. História da dança no ocidente. São Paulo: Martins Fontes 2001.

CONTRERAS, José. PÉREZ DE LARA, Núria. La experiencia y la investigación educativa In: CONTRERAS, José. PÉREZ DE LARA, Núria (comps). Investigar la experiencia educativa. Madrid: 2010, Ediciones Morata. p.21-86.

CONTRERAS, José. A autonomía de profesores. São Paulo: Cortez, 2002.

CUNHA, Jorge Luiz da. Pesquisas com (auto)biografias: interfaces em tempos de individuação. In: PASSEGI, Maria da Conceição. ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (org). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica: Tomo I. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2012. p. 95-114.

DELORY-MOMBERGER, Christine. A pesquisa biográfica: projeto epistemológico e perspectivas metodológicas. In: PASSEGI, Maria da Conceição. ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (org). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica: Tomo I. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2012. p. 71-94.

DOMINICÉ, Pierre. O processo de formação e alguns dos seus componentes relacionais. In: FINGER, Mathias. NÓVOA, Antonio. O método (auto) biográfico e a formação. São Paulo e Natal: Paulus e EDUFRN, 2010a. p.81-96.

______. O que a vida lhes ensinou. In: FINGER, Mathias. NÓVOA, Antonio. O método (auto) biográfico e a formação. São Paulo e Natal: Paulus e EDUFRN, 2010b. p.189-222.

FERNANDES, Ciane.Pina Bausch e o Wuppertal Dança-teatro: Repetição e Transformação. São Paulo: Editora Hucitec, 2007.

FERRAROTTI, Franco. Sobre a autonomia do método biográfico. In: FINGER, Mathias. NÓVOA, Antonio. O método (auto) biográfico e a formação. São Paulo e Natal: Paulus e EDUFRN, 2010. p.21-58.

FIGUEIREDO, Ricardo Carvalho de; PEREIRA, Ana Cristina (org). Formação, experiência e criação: curso educação infantil, infâncias e arte. 1. ed. Belo Horizonte: UFMG/FaE, 2014.

FORTIN, Sylvie. Quando a ciência da dança e a educação somática entram na aula técnica de dança. Pro-posições, Campinas, Unicamp, v. 9, n. 2 (26), p. 79-95, junho de 1998.

FORTUNA, Tânia Ramos. Ludobiografia: uma invenção metodológica em pesquisa (auto)biográfica em educação. In: PASSEGI, Maria da Conceição. ABRAHÃO, Maria helena Menna Barreto (org). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica: Tomo II. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2012. p.165-202,

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GIORDANO, Davi. Teatro documentário brasileiro e argentino: o biodrama como a busca pela teatralidade do comum. Porto Alegre: Armazém Digital, 2014.

______. O Homem Vermelho: Dança, autobiografia e doença na cena contemporânea. In: Semana Acadêmica, Semana Japonesa, 1, 2015, São João Del Rei. ASCAT, São João Del Rei, UFSJ, n. 1, p. 83-93.

GREBLER, Betti. Pina Bausch e Maguy Marin: teatralidade e corporeidade contemporânea. In: XAVIER, Jussara; MEYER, Sandra; TORRES, Vera. Coleção Dança Cênica: Pesquisas em dança, vol. 1. Joinville: Letradágua, 2008.p. 101-107.

GREEN, Jill. Somatic knowledge: the body as content and methodology in dance education. Journal of Dance Education. Volume 2, Number 4, p. 114-118, 2002.

JOSSO, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004.

KOFES, Suely. E sobre o corpo, não é o próprio corpo que fala? Ou, o discurso desse corpo sobre o qual se fala. In: BRUHNS, Heloisa T. (org). Conversando sobre o corpo.Campinas: Papirus, 1985. p. 44-60.

LANI-BAYLE, Martine. Narrativas de vida: motivos, limites e perspectivas. In: PASSEGI, Maria da Conceição. ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (org). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica: Tomo II. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2012. p. 59-78

LARROSA, Jorge.Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Rev. Bras. Educ. [online]. 2002, n.19, p.20-28.

LEAL, Maria Lucia. Maquina da memória. In: TAVARES, Joana Ribeiro da Silva; KEISERMAN, Nara (org). O corpo cênico: entre a dança e o teatro. São Paulo: Annablume; Rio de Janeiro: Unirio; Capes, 2013. p.277-289.

MACHADO, Suely. A importância da memória e do olhar na construção de uma linguagem artística. In: INSTITUTO FESTIVAL DE DANÇA DE JOINVILLE, Seminários de Dança - Criação, ética, pa..ra..rá pa..ra..rá, modos de criação, processos que deságuam em uma reflexão ética. Instituto Festival de Dança de Joinville: Joinville, 2012. p.70-74.

MUNDIM, Ana Carolina. Danças brasileiras contemporâneas: um caledoscópio. São Paulo: Annablume, 2013.

OLIVEIRA, Valeska Fortes. A escrita como dispositivo na formação de professores. In: PERES, Lúcia Maria Vaz; ZANELLA, Andrissa Kemel (org). Escritas de autobiografias educativas: o que dizemos e o que elas nos dizem? Curitiba: CRV, 2011. p.123-135.

PERES, Bruna Bellinazzi. Desvelando memórias: afetos e autobiografia cênica. Rascunhos Uberlândia, v. 1 n. 1 p. 76-88, jan.jun. 2014

PERES, Lúcia Maria Vaz. No vai e vem da vida a escrita como um processo de (auto) formação. IN: PERES, Lúcia Maria Vaz; ZANELLA, Andrissa Kemel (org). Escritas de autobiografias educativas: o que dizemos e o que elas nos dizem? Curitiba: CRV, 2011.p.65-78.

RAMALHO, Betânia Leite. NUNEZ, Isauro Beltrán. GAUTHIER, Clermont. Formar o professor, profissionalizar o ensino: perspectivas e desafios. Porto Alegre: Sulina, 2004.

RIBEIRO, António Pinto. Por exemplo a cadeira: ensaio sobre as artes do corpo. Lisboa: Cotovia, 1997.

_____. Glória, glória ao corpo. In: RIBEIRO, António Pinto. Dança temporariamente contemporânea. Lisboa: Passagens, 1994. p. 9-21.

RIBEIRO, Mônica. Memórias na dança-improvisação: acontecimento do corpo. In: SILVA, Monica Toledo. Performances da memória. Belo Horizonte: Impressões de Minas, 2013. p. 46-59

SALOMÃO, Waly. O mel do melhor. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.

SANTANA, Eduardo Augusto Rosa. Dança autobiográfica: multivocalidade do self encenado a partir e além da carne negra. 2010. 109 f. Dissertação (Mestrado em Dança) – Programa de Pós-Graduação em Dança, Universidade Federal da Bahia, Salvador-BA, 2010.

SHAPIRO, Sherry B. Em direção a professores transformadores: perspectivas feminista e crítica no ensino de dança. Pro-Posições, Campinas, Vol. 9, N° 2 (26), p. 35-53, Jun.1998.

SOUZA, Elizeu Clementino de. A arte de contar e trocar experiências: reflexões teórico-metodológicas sobre história de vida em formação. Revista Educação em Questão, Natal, EDUFRN, v. 25, n. 11, p.22-39, jan/abr. 2006.

STINSON, Susan. Uma pedagogia feminista para a dança da criança. Pro-posições, Campinas, Vol. 6, N. 3, p.77-89 , Nov-1995.

TIBURI, Marcia. ROCHA, Thereza. Diálogo dança. São Paulo: Editora SENAC, 2012.

TOLEDO, Monica. Memórias possíveis: eu em algum lugar. In: SILVA, Monica Toledo. Performances da memória. Belo Horizonte: Impressões de Minas, 2013. p. 60-79

TRAVI, Maria Tereza Furtado. Dançar-se: processos de criação em dança contemporânea. Cena em movimento, Porto Alegre, n. 3, s.n., 2013.

VIANNA, Angel. CASTILHO, Jacyan Percebendo o corpo. In: GARCIA, Regina Leite. O corpo que fala dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p. 17-34.

VIEIRA, Marcílio de Souza. A memória gruda na pele ou a dança madura do corpo. Art Research Brasil, V. 3, n. 2, p. 160 – 177, jul. / dez. 2016

WEGNER, Bárbara Pires. Reelaboração de uma trajetória através da escrita de um diário. In: PERES, Lúcia Maria Vaz; ZANELLA, Andrissa Kemel (org). Escritas de autobiografias educativas: o que dizemos e o que elas nos dizem? Curitiba: CRV, 2011.p.27-35.

WOODRUFF, Dianne. Treinamento na dança: visões mecanicistas e holísticas. Cadernos do GIPE-CIT, Salvador, n. 2, p. 17-30, fev. 1999.

ZANELLA, Andrisa Kemel. Onde está a biografia do meu corpo? IN: PERES, Lúcia Maria Vaz; ZANELLA, Andrissa Kemel (org). Escritas de autobiografias educativas: o que dizemos e o que elas nos dizem? Curitiba: CRV, 2011.p. 9-26.

Downloads

Publicado

2017-04-29

Como Citar

BALDI, N. C. ES(INS)CRITAS DO CORPO DANÇANTE: NARRATIVAS SINGULARES E PLURAIS. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 2, n. 4, p. 41–56, 2017. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2017.v2.n4.p41-56. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/3128. Acesso em: 19 abr. 2024.