Pesquisa (auto)biográfica em educação na Ásia

Autores

  • Hervé Breton Université Tours

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2019.v4.n12.p816-820

Palavras-chave:

Pesquisa (auto)biográfica, Ásia, Narrativas

Resumo

O dossiê apresentado neste novo número da Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica inclui artigos de pesquisadores (professores doutores e doutorandos) que vivem, trabalham ou desenvolvem pesquisas na Ásia. Historicamente, do ponto de vista europeu, a Ásia é um lugar extremamente longe [“ailleurs extreme”], com uma forma de exterioridade radical. No final do século XIX, a região asiática é denominada de diversas maneiras entre “Ásia Oriental” e “Extremo Oriente”. O termo “Far East” surge no Império Britânico, para se referir ao longínquo Oriente, cujas regiões exigiam longas viagens para serem alcançadas. Dois eixos serão abordados especificamente neste Dossiê: (1) o lugar dado às narrativas nas pesquisas em ciências humanas e sociais na Ásia; e (2) a função e os efeitos da narrativa do ponto de vista das dinâmicas de formação individual e coletiva. Pouco conhecidos na Europa e no Brasil, os trabalhos vindos da Ásia estão ausentes das bibliografias europeias e sul-americanas. O objetivo deste Dossiê é apresentar a vitalidade da pesquisa asiática, com trabalhos provenientes de diferentes áreas geográficas, espaços regionais, redes de pesquisa e de cooperação acadêmica. Trata-se acima de tudo de dar visibilidade à singularidade das pesquisas contemporâneas desenvolvidas por pesquisadores engajados em trabalhos com as abordagens das histórias de vida e da pesquisa biográfica no continente asiático. Diante da vastidão deste continente que, do lado de dentro, está longe de ser vivido como um todo ou uma união, o método escolhido para apreender a diversidade dos trabalhos foi proceder em duas etapas e, portanto, preparar duas edições que aparecerão em dois números distintos da Revista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Hervé Breton, Université Tours

Professor e Diretor do Departamento de Ciências da Educação e da Formação da Universidade de Tours. Seus trabalhos de pesquisa interrogam e examinam os efeitos da narrativa sobre os processos de autodesenvolvimento e a formalização do conhecimento experiencial. Acompanha a pesquisa-ação no campo da Educação de Adultos: práticas narrativas, engenharia e acompanhamento do reconhecimento dos processos de aprendizagem experiencial em situações de trabalho, situações de cuidado e contextos de saúde. É codiretor da revista Chemins de formation (www.cheminsdeformation.fr) e Presidente da Associação Internacional de Histórias de Vida em Formação (ASIHVIF).

Referências

BERQUE, A. Médiance de milieux en paysage. Paris: Berli, 2000.

BERTAUX, D. (Ed.). Biography and society. London: Sage. 1981.

BILLETER, J-F. Leçons sur Tchouang-Tseu. Paris: Allia, 2015.

DE CERTEAU, Michel. L’invention au quotidien. Arts de faire. Tome 1. Paris: Folio. 1990.

DELORY-MOMBERGER, Christine. (Dir.). Vocabulaire des histoires de vie et de la recherche biographique. Paris: Eres. 2019.

DENZIN K. Norman. Interpretative ethnography. New York: Sage Publication, 1996.

DEPRAZ, N. (Dir.). Première, deuxième, troisième personne. Bucarest: Zeta Books, 2014.

DÉTRIE, Muriel; MOURA Jean-Marc, “Introduction”. Revue de littérature comparée, Paris, Klincksiek, 2001/1, 4. 297, p. 5-11, 2001. Disponível em: <https://www.cairn.info/revue-de-litterature-comparee-2001-1-page-5.htm>. Acesso em: 13 set. 2019.

FOUCAULT, M. L’herméneutique du sujet. Cours au Collège de France. Paris: Gallimard, 1981/1982.

ILLICH, I. Une société sans école. Paris: Seuil, 1980.

JULLIEN, François. Si parler va sans dire. Paris: Grasset, 2013.

KAUFMANN, Laurence; TROM, Danny. Présentation. Qu’est-ce-qu’un collectif: du comum à pllitique. Raisons Pratiques, Lyon, Bibliothèque Sciences Po Lyon, n. 20, p. 9-24. 2010. Disponível em: <https://signal.sciencespo-lyon.fr/numero/35483/Qu-est-ce_qu-un_collectif__du_commun_a_la_politique>. Acesso em: 13 set. 2019.

MOURA, Jean-Marc. L’(Extrême)-Orient selon G. W. F. Hegel. Philosophie de l’histoire et imaginaire exotique. Revue de littérature comparée, Paris, Klincksiek, v. 4. n. 297, p. 31-42. 2001. Disponível em: <https://www.cairn.info/revue-de-litterature-comparee-2001-1.htm>. Acesso em: 13 set. 2019.

PINEAU, Gaston; LEGRAND, Jean-Louis. Les histoires de vie. Paris: PUF. 2019.

PINEAU, Gaston; MARIE-MICHELE. Produire sa vie: autoformation et autobiographie. Montréal: Éditions Saint-Martin, 1983.

SOUZA, Elizeu Clementino de. (Auto)biographie: écrits de soi et formation au Brésil. Paris: L’Harmattan, 2011.

THOMAS, William; ZNANIECKI, Florian. The Polish peasant in Europe and America. Chicago: University of Illinois Press, 1918, [1996].

Downloads

Publicado

2019-12-26

Como Citar

BRETON, H. Pesquisa (auto)biográfica em educação na Ásia. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 4, n. 12, p. 816–820, 2019. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2019.v4.n12.p816-820. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/7535. Acesso em: 29 mar. 2024.