Estágio supervisionado, via para a pesquisa: rodas de conversas e narrativas de experiências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n15.p1421-1434

Resumo

O presente artigo tem como objetivo apresentar e analisar experiências vividas no cotidiano de estágio supervisionado realizado na Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI), vinculada à Faculdade de Formação de Professores (UFP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A proposta teórico-metodológica do estudo é de natureza qualitativa com destaque à narrativa de experiências educativas como modalidade de formação de professores e como instrumento de coleta de informações, possibilitando entrecruzar formação e pesquisa a partir do estágio supervisionado, meta da proposta curricular. A seguir, faremos mensão aos temas apresentados à luz de alguns autores tomados como referência para darmos sentido às narrativas no contexto educativo: 1) contextualização do lócus de estágio; 2) o exercício de rememorar: uma oportunidade de educar o olhar; 3) roda de conversas: uma proposta de aprendizagem coletiva, que consistia da imersão na rotina da Educação Infantil; paralelamente, um encontro diário com a supervisão com as rodas de conversas, nas quais refletiamos sobre as memórias de vida por meio de fragmentos de memórias, elementos estruturantes das narrativas e instrumentos de pesquisa. As produções descritas dos diários de campo, fontes para as atividades de discussão, análise e pesquisa, contribuíram para compreender e atribuir significados à experiência humana no processo de formação docente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Luisa Furlin Bampi, Faculdade SENAIUERJ-FFP

Graduada em Psicologia- Mestre PUCCAMP em Psicologia Escolar/Educacional- Doutora em Psicologia da Aprendizagem e desenvolvimento Humano -USP Atua na UERJ- Departamento de Educação da FFP.

Mairce da Silva Araujo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora Associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Formação de Professores, telefone (21) 984402115, mairce@hotmail.com; Doutorado em Educação; Líder do Grupo de pesquisa: Vozes da Educação: memórias, histórias e formação docente.  Coordenadora dos Projetos de Pesquisa: Alfabetização, memória, formação de professores e relações etinicorraciais (ALMEFRE) e Rede de docentes que estudam e narram sobre infância, alfabetização, leitura e escrita” (REDEALE)

Referências

ARAUJO, Mairce da Silva, MORAIS, Jacqueline de Fátima dos Santos, FARIA, Danusa Tederiche Borges. Formación entre pares y la escrita de maestros: accion entre colectivos docentes de Brasil y Perú. Comunicação submetida ao V Encuentro Nacional de Colectivos y Redes de Maestros y Maestras que hacen investigación y innovación desde la escuela y comunidad, Cusco, Peru, 2018.

BARROS, Manoel de in: Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record, 1996.

BELEM, Valéria. Cabelo de Lelê. Ilustrações Adriana Mendonça. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. 7ª. Ed. São Paulo: Brasiliense. 1994.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002b.

KRAMER, S.; NUNES M. F. R.’; CORSINO, P. Infância e crianças de 6 anos: desafios das transições na educação infantil e no ensino fundamental. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.37, n.1, 220p. 69-85, jan./abr. 2011.

LARROSSA, Jorge.Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

LIMA, Maria Emília Caixeta de Castro; GERALDI, Corinta Maria Grisolia e GERALDI, João Wanderley. O trabalho com narrativas na investigação em educação. Educação em revista. vol.31, n.1, p.17-44, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/edur/v31n1/0102-4698-edur-31-01-00017.pdf> , Acesso em: 30 set. 2019.

NÒVOA, A.; FINGER, M. O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa, MS/DRHS/CFAP, 1988.

PRADO, Guilherme Val Toledo e SOLIGO, Rosaura. Memorial de formação: quando as memórias narram a história de Formação. In: PRADO, Guilherme Val Toledo e SOLIGO, Rosaura (Org.). Porque escrever é fazer história: revelações subversões e superações. 2.ed. Campinas: Alínea, v.1. p.45-60, 2007.

PRADO, Guilherme do Val Toledo; SERODIO, Lena Arrais; PROENÇA Heloisa Helena Dias Martins; RODRIGUES, Nara Caetano. (Organizadores) Metodologia Narrativa de pesquisa em educação: uma perspectiva bakhtiniana. São Carlos: Pedro e João Editores, 2015.

PROUST, Marcel. A sombra das raparigas em flor. São Paulo: Globo, Vol. 2. 15ª ed.,2005.

ROSA, Maria Inês Petrucci; RAMOS, Tacita Ansanello; CORRÊA, Bianca Rodrigues; JUNIOR, Admir Soares de Almeida. Narrativas e mônadas: potencialidades para uma outra compreensão de currículo. Currículo sem Fronteiras, v. 11, n. 1, p. 198-217, 2011. Disponível em:< http://www.curriculosemfronteiras.org/vol11iss1articles/rosa-ramos-correa-junior.pdf >, Acesso em: 05 jun. 2019.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. Porto: Edições Afrontamento, 1987.

SILVA, Lilian Lopes Martin da. Entre estágios, diários de campo, leituras. In: Vários autores. Culturas infantis em creches e pré-escolas: estágio e pesquisa. Campinas: Autores Associados, 2011.

SOUZA, Elizeu Clementino de. O conhecimento de SI: narrativas do itinerário escolar e formação de professores. Tese de Doutorado, UFBA, 2004. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/10267/1/Tese_Elizeu%20Souza.pdf. Acesso em: 05 abr. 2019.

Downloads

Publicado

2020-10-11

Como Citar

FURLIN BAMPI, M. L.; ARAUJO, M. da S. Estágio supervisionado, via para a pesquisa: rodas de conversas e narrativas de experiências. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 5, n. 15, p. 1421–1434, 2020. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n15.p1421-1434. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/7503. Acesso em: 28 mar. 2024.