Desvelando o diário Lo Íntimo de Juana Manuela Gorriti

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30620/pdi.v11n2.p43

Palavras-chave:

Juana Manuela Gorriti, Lo íntimo, Memória

Resumo

O artigo apresenta Lo íntimo, da argentina Juana Manuela Gorriti (1816-1892), identificando características autoficcionais na obra classificada como diário: o jogo entre realidade e ficção, a tripla e una identidade (narrador, protagonista, autora), a busca pelo autoconhecimento, o caráter terapêutico da escrita, a desordem cronológica. A análise abarca o estudo das memórias individual, coletiva e histórica, verificando como se entrecruzam na obra, reafirmando o caráter inovador da escrita de Gorriti que pode ser considerada uma precursora na escrita autoficcional hispano-americana.

[Recebido em: 29 jul. 2021 – Aceito em: 30 out. 2021]

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Joselma Maria Noal, Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Doutora em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande (2017), Mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1995), graduada em Letras Licenciatura Plena Espanhol e Português pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1992), escritora e tradutora pública juramentada em Língua Espanhola. Atua na área de Letras, com ênfase em Língua Espanhola, Literaturas de Língua Espanhola, Tradução e Escrita Criativa.

Referências

ALBERCA, Manuel. ¡Éste (no) soy yo? Identidad y autoficción. In: Pasajes: Revista de pensamiento contemporáneo, n. 25 Ejemplar dedicado a: Libertad de expresión: límites y amenazas, Universitat de València, p. 89-100, 2008.

AMO, Álvaro Luque. El diario personal en la literatura: teoria del diario literario. In: Castilla. Estudios de Literatura, n. 7, p. 273-306, 2016.

ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico – dilemas da subjetividade contemporânea. Trad. Paloma Vidal. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2010.

BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

BATTICUORE, Graciela. Historias cosidas, el oficio de escribir. In: FLETCHER, Lea (Org.). Mujeres y cultura en la Argentina del siglo XIX. Buenos Aires: Editora Feminaria, 1994. p. 30-37.

BERGSON, Henri. Matéria e memória – Ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

BERGSON, Henri. Memória e vida. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

BOLAÑOS, Aimée. Pensar la narrativa. Rio Grande: FURG, 2002.

DUARTE, Kelley Baptista. A escrita autoficcional de Régine Robin: mobilidades e desvios no registro da memória. 255f. Tese (Doutorado em Literaturas francesa e francófonas). Faculdade de Letras, UFRGS, Porto Alegre, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp155283.pdf. Acesso em: 18 set. 2012.

DUVIGNAUD, Jean. Prefácio In: HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. trad. Laurent Léon Schaffter. São Paulo: Revistas dos Tribunais, p. 9-17, 1990.

FAEDRICH, Anna Martins. O conceito de autoficção: de demarcações a partir da literatura brasileira contemporânea. Itinerários-Revista de Literatura, Araraquara, SP, n. 40, p. 45-60, 2015.

FIBLA, Nuria Girona. Ser de escritora, ser de escritura: memorias de Juana Manuela Gorriti. In: Fernández, Pura y Ortega, Marie-Linda, La mujer de letras o la letraherida. Discursos y representaciones sobre la mujer escritora en el siglo XIX. CSIC. Servicio de Publicaciones. Madrid, p. 309-324, 2008. Disponível em: https://www.academia.edu/8533697/_Ser_de_escritora_ser_de_escritura_memorias_de%20Juana_Manuela_Gorriti. Acesso em: 10 set 2016.

GORRITI, Juana Manuela. Lo íntimo. Córdoba: Buena Vista Editores, 2012.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. trad. Laurent Léon Schaffter. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 1990.

IGLESIA, Cristina. El autoretrato de la escritora. A propósito de Lo íntimo de Juana Manuela Gorriti. In: FLETCHER, Lea (Org.) Mujeres y cultura en la Argentina del siglo XIX. Buenos Aires: Editora Feminaria, p. 13-19, 1994.

LEDESMA PEDRAZ, Manuela. Cuestiones preliminares sobre el género autobiográfico y presentación. In: Escritura autobiográfica y géneros literarios, Jaén: Universidad de Jaén, p. 35-52, 1999.

MIZRAJE, María Gabriela. La escritura velada (historia y biografía en Juana Manuela Gorriti) Buenos Aires: Universidad Nacional de Buenos Aires, 1995.

MOLLOY, Sylvia. Memoria, linaje y representación. In: Actos de presencia. México: Fondo de Cultura Económica, p. 185-211, 1996.

PICARD, Hans Rudolf. El diario como género entre lo íntimo y lo público. In: 1616: Anuario de la Sociedad Española de Literatura General y Comparada, n. 4, Madrid: Sociedad Española de Literatura General y Comparada, p. 115-122, 1981.

RENARD, Camille. Névroses de L'individu contemporain et écriture autofictionnelle: le “cas” Fils. VALASTRO, Maria Orazio (Org.) In: Écritures de soi en souffrance, v.8, n. 1, 2010. Disponível em: http://www.analisiqualitativa.com/magma/0801/article_10.htm. Acesso em: 3 maio 2015.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Ed. UNICAMP, 2007.

ROYO, Amelia. Juanamanuela, mucho papel: Algunas lecturas críticas de textos de Juana Manuela Gorriti. Salta: Ediciones del Robledal, 1999.

TEIXEIRA, Nuno Miguel de Brito e Souza. Exílio e identidade a reconstrução dos símbolos nacionais em Almeida Garrett. In: Nau Literária: crítica e teoria de literaturas. Porto Alegre: PPG-LET-UFRGS, v. 10, n. 2, p. 67-75, 2014.

Publicado

2021-12-28

Como Citar

NOAL, J. M. Desvelando o diário Lo Íntimo de Juana Manuela Gorriti. Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Laboratório de Edição Fábrica de Letras - UNEB, v. 11, n. 2, p. 43–66, 2021. DOI: 10.30620/pdi.v11n2.p43. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/view/14383. Acesso em: 19 abr. 2024.