Chamada para contribuições Volume 7, nº. 2 - “Contar com as letras e não apenas números: semiologia da dívida pública do Estado, em regimes capitalista e socialista”.

2017-08-03

REVISTA PONTOS DE INTERROGAÇÃO: REVISTA DE CRÍTICA CULTURAL

REVISTA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CRÍTICA CULTURAL DA UNEB

Vol 7, n° 2, jul.-dez. 2017

ISSN 2178-8952

 

NÚMERO TEMÁTICO:

Contar com as letras e não apenas números: semiologia da dívida pública do Estado, em regimes capitalista e socialista

 

Organizadores:

Prof. Dr. Osmar Moreira, Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Brasil 

Prof. Dr. Antonio Luciano de Andrade Tosta, University of Kansas, EUA

 

A comissão editorial da revista eletrônica Pontos de Interrogação, do Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural, do Campus II, da UNEB/Alagoinhas-Ba, comunica a todos que está recebendo, até o dia 30 de setembro de 2017, contribuições acadêmicas originais (artigos, resenhas e entrevistas), em português, inglês, francês ou espanhol, a serem publicadas no volume 7, nº. 2, que será publicado em dezembro de 2017.

 

EMENTA:

Giorgio Agamben, em Infância e história (2011), e em Profanações: marxismo e literatura (2004), argumenta que para combater-se os efeitos nefastos do Deus-dinheiro é preciso interpelar a teologia, a biologia, o positivismo matemático, a economia, a mídia, o direito, e mesmo o estruturalismo linguístico, encarando-os como formas de linguagem, socialmente construídas, e como dispositivos desativáveis por uma nova, e necessária, cultura política. A figura do Estado, em países subdesenvolvidos como o Brasil, representa um dispositivo de poder através do qual se estrutura e se “eterniza” um sistema de dívida pública que não apenas representa a dominação de uma classe (a burguesa) sobre outra (a dos trabalhadores e despejados de sua língua, cultura e território), mas condiciona o sistema de interpretação, em que formas de saber apenas “engendram formas de poder” (FOUCAULT, 1990). Um contraponto diferencial, já experimentado ao longo do século XX, foi o levante ou revoluções da classe trabalhadora em que o sistema da dívida pública, envolvendo nações colonizadas, foi questionado, a dívida auditada, suspensa, ou mesmo banida, a favor da nova classe revolucionária no poder. Em que pese a tentativa sistemática de destruição do imaginário socialista, com a chamada nova ordem mundial, emergente na virada da década de 1980, e seu pós-modernismo de divulgação, nações e/ou blocos de nações de todos os continentes, grupos, tribos, minorias, coletivos, vêm se posicionando em luta permanente por maior distribuição de riqueza material e simbólica, bem como por uma ocupação efetiva do Estado como instituição de direito público e não, ao contrário, como um mero gerente do capital (LÊNIN, 2005; MARX, 1980; MÉSZÁROS, 2002, 2003, 2005) controlado por rentistas e usurpadores. Uma questão-chave que atravessa essa proposta de dossiê é: por que o sistema de ensino, em todos os níveis, não pratica um conteúdo programático que estimule estudantes, professores, pais de alunos e a classe trabalhadora, a se organizarem, pesquisarem, debaterem, localmente, as grandes fortunas, os sonegadores de impostos, os diários oficiais, a lei, suas dobras e efeitos no cotidiano? A emergê ncia dessa nova enunciação coletiva (BENVENISTE, 2008; DELEUZE; GUATTARI, 1997) não seria a condição para a democracia direta e para a cidadania cultural? Esse dossiê acolherá trabalhos de pesquisa que vão além da crítica às representações do capitalismo e do socialismo e que apontem uma virada na criação e gestão de instituições a favor dos excluídos, que, contemporaneamente, representam mais de 2/3 da humanidade.

Palavras-Chave: Dívida pública; Literatura; Enunciação; Cidadania cultural.

 

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O prazo final, para o envio de artigos para volume 7, nº. 2, é 10 de novembro de 2017

 

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