Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 8, n. 00, e023018, 2023. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15484 1
TIC E TS NA EDUCAÇÃO: RUMO ÀS NOVAS ESCOLAS NAS CIDADES
INTELIGENTES
TIC Y TS EN EDUCACIÓN: HACIA NUEVAS ESCUELAS EN CIUDADES
INTELIGENTES
ICT AND ST IN EDUCATION: TOWARDS NEW SCHOOLS IN SMART CITIES
Matheus Alexandre da Silva CAMARGO1
e-mail: matheus_scamargo@hotmail.com
Paula Magda da Silva ROMA2
e-mail: paula.roma@ifsuldeminas.edu.br
Como referenciar este artigo:
CAMARGO, M. A. S.; ROMA, P. M. S. TIC e TS na
educação: Rumo às novas escolas nas cidades inteligentes.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 8, n. 00,
e023018. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15484
| Submetido em: 30/10/2022
| Revisões requeridas em: 03/10/2023
| Aprovado em: 15/11/2023
| Publicado em: 30/12/2023
Editoras:
Profa. Dra. Célia Tanajura Machado
Profa. Dra. Kathia Marise Borges Sales
Profa. Dra. Rosângela da Luz Matos
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULMINAS), Três Corações MG Brasil. Mestrado em Cidades
Inteligentes e Sustentáveis (UNINOVE).
2
Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULMINAS), Três Corações MG Brasil. Doutorado em Física (UFMG).
Servidora do IFSULDEMINAS. Orientadora do Pós-graduação em Gestão Educacional do IFSULDEMINAS -
Campus Avançado Três Corações.
TIC e TS na educação: Rumo às novas escolas nas cidades inteligentes
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 8, n. 00, e023018, 2023. e-ISSN: 2177-5060
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RESUMO: O estudo visa identificar de que maneira as Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs) e a Tecnologia Social (TS) contribuem para a educação em escolas e
cidades inteligentes. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica abordando temas como
TICs, TS, escolas inteligentes e cidades inteligentes. Considerando que a tecnologia é
frequentemente apresentada como uma solução para problemas sociais, esse princípio também
se aplica ao contexto educacional. No entanto, a TS questiona esses conceitos, levantando a
discussão sobre até que ponto as TICs são inclusivas e não seletivas. A contribuição para o
desenvolvimento de cidades e escolas inteligentes está alinhada aos Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU),
especificamente os ODS 4, 9, 10 e 11. A pesquisa adotou uma abordagem bibliográfica e
documental, caracterizando-se como exploratória, com foco qualitativo e natureza básica.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia social. Tecnologia da Informação e Comunicação. Escolas
inteligentes. Tecnologias na educação.
RESUMEN: El estudio tiene como objetivo identificar de qué manera las Tecnologías de la
Información y Comunicación (TIC) y la Tecnología Social (TS) contribuyen a la educación en
escuelas y ciudades inteligentes. Para ello, se realizó una investigación bibliográfica que
aborda temas como TIC, TS, escuelas inteligentes y ciudades inteligentes. Considerando que
la tecnología se presenta con frecuencia como una solución para problemas sociales, este
principio también se aplica al contexto educativo. Sin embargo, la TS cuestiona estos
conceptos, generando debate sobre hasta qué punto las TIC son inclusivas y no selectivas. La
contribución al desarrollo de ciudades y escuelas inteligentes está alineada con los Objetivos
de Desarrollo Sostenible (ODS) de las Naciones Unidas (ONU), específicamente los ODS 4, 9,
10 y 11. La investigación adoptó un enfoque bibliográfico y documental, caracterizándose
como exploratoria, con enfoque cualitativo y naturaleza básica.
PALABRAS CLAVE: Tecnología social. Tecnologías de la Información y Comunicación.
Escuelas inteligentes. Tecnologías en la educación.
ABSTRACT: The study aims to identify how Information and Communication Technologies
(ICTs) and Social Technology (ST) contribute to education in intelligent schools and cities. For
this purpose, a literature review was conducted covering topics such as ICTs, ST, innovative
schools, and smart cities. Considering that technology is often presented as a solution to social
problems, this principle also applies to the educational context. However, ST questions these
concepts, raising the discussion about the extent to which ICTs are inclusive and non-selective.
The contribution to the development of smart cities and schools aligns with the United Nations
Sustainable Development Goals (SDGs), specifically SDGs 4, 9, 10, and 11. The research
adopted a bibliographic and documentary approach, characterized as exploratory, with a
qualitative focus and essential nature.
KEYWORDS: Social technology. Information and Communication Technology. Smart schools.
Technologies in education.
Matheus Alexandre da Silva CAMARGO e Paula Magda da Silva ROMA
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Introdução
A utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no Brasil teve início
em 1970, período em que surgiu o interesse pela aplicação de computadores na educação, da
mesma forma como ocorria na América do Norte e Europa (Valente; Almeida, 1997). Poucos
anos depois, no início da década de 1980, por intermédio de políticas públicas do Governo
Federal, Ministério da Educação (MEC), as TICs passaram a ganhar relevância, inicialmente
de forma tímida, isto é, através de projetos na educação superior cujo objetivo era criar a Política
Nacional de Informatização da Educação (Moraes, 2012; Valente; Almeida, 2020).
Neste contexto, a partir dos anos 1980, houve um movimento de grande fomento para
inclusão digital da sociedade, sendo exercida por meio de capacitação profissional e programas
de inserção, além da formação continuada de professores, tudo em prol da inclusão digital da
população. Ainda assim, mesmo com esforços governamentais, a eficiência das TICs ainda é
emblemática.
Por um lado, nas atividades de meio, as Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs) estão amplamente inseridas e definidas, abrangendo ofícios administrativos, logística,
gestão escolar, entre outros. Entretanto, no âmbito das atividades-fim, ocorrem divergências no
campo educacional, especialmente nos processos de ensino e aprendizagem.
A literatura não é unânime quanto à utilização das TICs na educação. Alguns estudos
apresentam resultados significativos sobre o assunto (Valente; Almeida, 2017), enquanto outros
destacam as dificuldades e desafios, que podem ser semelhantes aos contextos de outros países
(Costa, 2004; Liu; Huang, 2005; Vanderlinde; Aesaert; Van Braak, 2015). Sob uma nova
perspectiva, a Tecnologia Social (TS) questiona alguns fundamentos das TICs na educação. O
uso da tecnologia, dependendo da forma como é empregada, pode resultar em inclusão ou
exclusão social (Batista; Freitas, 2018).
Neste contexto, as Smart Schools e Smart Cities desempenham um papel fundamental
no processo de utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), sem
desconsiderar o viés social abordado pela Tecnologia Social (TS). Os novos modelos de cidades
e escolas, agora denominados inteligentes devido às tecnologias emergentes da Revolução
Industrial, buscam promover constantemente a inclusão social, sem, no entanto, frear o avanço
tecnológico da sociedade (Hoel; Mason, 2018; Means, 2018; Moore; Ellsworth, 2014).
Considerando que a questão educacional e tecnológica possui fundamentos políticos,
econômicos, sociais e ideológicos, foi conduzida uma pesquisa bibliográfica e documental,
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composta por livros, legislações, teses e artigos científicos de relevância acadêmica, com o
intuito de analisar tais questões.
Existe o paradigma de que o uso de tecnologia no âmbito educacional é tratado de forma
salvacionista (Silveira; Bazzo, 2009). Contudo, qualquer evolução pode ser considerada
benéfica quando alinhada à inclusão social e sem desigualdades sociais. Nesse sentido, a escola
tem o compromisso com a “(…) formação não para a ciência como coisa em si, neutra e
independente, mas como uma atividade social, com origem e fim social e por coerência,
também política, econômica e culturalmente comprometida e referenciada” (Von Linsingen,
2007, p. 17).
Diante dos conflitos presentes na literatura relacionados à utilização das TICs na
educação em comparação com a TS, a questão de pesquisa que deu origem a este estudo é: de
que maneira as TICs e a TS podem contribuir para a educação em escolas e cidades inteligentes?
Para atingir o objetivo geral, são abordados os seguintes objetivos específicos:
Definir os conceitos de TICs e TS;
Definir os conceitos de Cidades e Escolas Inteligentes conforme literatura;
Analisar o conflito TICs versus TS;
Identificar o papel das TICs e TS no contexto das escolas e cidades inteligentes.
Na história, o desenvolvimento do homem está diretamente vinculado à fabricação e
aperfeiçoamento de suas ferramentas, técnicas e tecnologias. A área educacional, assim como
as demais contempladas pelo desenvolvimento tecnológico, também é capaz de criar a
desigualdade social, razão pela qual é estudada pela Tecnologia Social. Não obstante, a
educação é assegurada pela Carta Magna (Brasil, 1988, art. 205), que estabelece que “A
educação […] será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para
o trabalho”.
Nesse sentido, nas palavras de Batista e Freitas (2018, p. 124): “(...) é importante que
os educadores reflitam sobre o papel que a tecnologia desempenha na sociedade e na prática
pedagógica, visto que a mesma está permeada por conflitos de interesses sociais, políticos e
econômicos específicos”.
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Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)
Resultado da revolução tecnológica das últimas décadas, a sociedade como um todo,
passou por diversas transformações. Na área da educação, não foi diferente, à medida que
assumiu a responsabilidade de formar indivíduos para viverem e conviverem na realidade das
inovações tecnológicas (Huberman, 1973; Libâneo, 2015).
Dentre tantos significados atrelados à palavra tecnologia (Blanco; Silva, 1993; Castells,
1999; Oliveira, 2001; Subtil; Belloni, 2002; Kenski, 2018), pode-se dizer que são produtos do
trabalho do homem utilizados em prol da sociedade. Na última década, Bévort e Belloni (2009)
já afirmavam que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) estariam integradas no
ambiente escolar, resultando da pressão do mercado de tecnologia e da sociedade para se
adaptar aos novos padrões e mudanças.
A utilização de tecnologia na educação está delineada nos âmbitos administrativo e
pedagógico, sendo uma determinação legal na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB 9394/96):
Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório
e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão,
mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
Art. 36º. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste
Capítulo e as seguintes diretrizes:
I destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da
ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da
sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de
comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania.
Não obstante, as TICs, além de serem utilizadas como ferramentas educacionais,
também são amplamente adotadas na gestão escolar, visando aprimorar e contribuir para a
prática administrativa e pedagógica das escolas (Masetto, 2015). Inicialmente, elas foram
empregadas como meio para efetivação de matrículas online, emissão de documentos, ou
mesmo na elaboração de aulas pelos docentes. No contexto atual, dada a ampla utilização das
TICs, a equipe gestora visa desenvolver projetos que estimulem os diferentes setores
educacionais, incluindo projetos de aprendizagem por meio digital, softwares educacionais,
sites institucionais educativos, pesquisas e avaliação educacional (Oliveira; Lima, 2016).
Segundo Kenski (2018, p. 93), a evolução tecnológica redesenha a sala de aula em um novo
ambiente virtual de aprendizagem.
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As TICs e o ciberespaço, considerados novos espaços pedagógicos, proporcionam
amplas possibilidades e desafios para a atividade cognitiva, afetiva e social tanto dos alunos
quanto dos professores, abrangendo todos os níveis de ensino, desde o jardim de infância até a
universidade. Para que essas possibilidades se concretizem, é crucial adotar uma nova
perspectiva [...] Mais do que o caráter instrumental e restrito do uso das tecnologias para a
realização de tarefas em sala de aula, é chegada a hora de alargar os horizontes da escola e de
seus participantes, ou seja, de todos (Kenski, 2018, p. 66).
É importante salientar que, para a implementação dessas mudanças nas estruturas
escolares, é necessário capacitar alunos, monitores e gestores para a utilização pedagógica dos
equipamentos, especialmente os docentes, que podem não estar familiarizados com essas
tecnologias. Isso demanda investimento em pessoal e material (Oliveira; Lima, 2016).
Ao incorporar as TICs, o docente deve ter em mente que não se busca substituir as
técnicas convencionais de ensino, mas sim integrar a tecnologia ao processo educacional
existente (Oliveira; Lima, 2016). Cada ferramenta e sistema utilizados no processo de ensino e
aprendizagem apresentam características únicas que podem ser empregadas de acordo com os
objetivos educacionais da disciplina, permitindo que o conteúdo a ser desenvolvido em aula
seja complementado pela tecnologia (Tedesco, 2004).
Tecnologia Social (TS)
Conforme a definição apresentada anteriormente, a tecnologia pode ser considerada
como tudo o que foi produzido e aperfeiçoado pelo ser humano com o objetivo de satisfazer
suas necessidades, desde as mais básicas até as vitais, na busca pela evolução e qualidade de
vida (Batista; Freitas, 2018). Em virtude da evolução constante, o processo tecnológico passou
por transformações e adaptações. Inicialmente, buscava dar suporte às atividades da sociedade,
enquanto atualmente adquiriu outras dimensões, como a geração de lucros e a acumulação de
riquezas, o que consequentemente tem gerado desigualdades sociais (Batista; Freitas, 2018).
Uma definição de tecnologia social proposta pelo Instituto de Tecnologia Social (ITS,
2005) é a seguinte: “um conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas
e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções
para a inclusão social e melhoria das condições de vida”. Outro conceito também aceito, e em
voga, é que a tecnologia social “compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis,
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desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de
transformação social.” (Correio, 2011, p. 1).
Dagnino (2004) e Novaes e Dias (2010) afirmam que a TS surgiu como uma oposição
à Tecnologia Convencional (TC) e que a evolução desse movimento tem adicionado à TS
características e elementos mais complexos, com maior potencial para transformar a realidade
de sociedades marginalizadas. Segundo Roso (2017, p. 19), os fundamentos da TS confrontam
o modelo hegemônico de educação da sociedade atual:
Diferente da TC, a TS objetiva o desenvolvimento local de tecnologia de
acordo com necessidades, objetivos e interesses de grupos sociais que, em
geral, estão à margem da lógica de mercado. TS configura-se, portanto, como
uma forma não tradicional de compreender as relações CTS, deslocando,
sobretudo, a origem da demanda por soluções técnicas, da lógica de mercado
para a sociedade, para populações que passam a ser consideradas grupos
sociais relevantes.
Batista e Freitas (2018) afirmam que a tecnologia deve estar a serviço da sociedade,
capaz de suprir as necessidades humanas e reduzir as diferenças sociais, especialmente no
campo educacional, ao proporcionar condições aos mais necessitados e romper limites e
paradigmas impostos pela pobreza. Em resumo, o foco da tecnologia social está voltado para a
emancipação dos atores envolvidos, sendo os usuários os mais importantes. Isso significa que
a tecnologia é desenvolvida e praticada na interação com a população e integrada por ela
(Barbieri; Rodrigues, 2008).
As tecnologias são consideradas sociais quando, a partir de seu potencial, apresentam
condições para melhorar a qualidade de vida na sociedade, gerando mudanças em diversos
setores, inclusive na educação. Além disso, devem atender aos aspectos de simplicidade, baixo
custo, fácil aplicabilidade e geração de impacto social (Medeiros et al., 2015).
Cidades Inteligentes
O conceito de Cidade Inteligente não possui uma definição específica, sendo resultado
da interdisciplinaridade e conceituação. Embora não exista uma definição única e consolidada
na literatura, o conceito de Smarts Cities muitas vezes é constantemente associado aos ramos
de tecnologia e inovação, que serviriam como instrumentos para solucionar os mais diversos
problemas urbanos (Trindade et al., 2017).
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As cidades inteligentes seriam capazes de realizar o uso intensivo do conhecimento e da
criatividade (Kourtit; Nijkamp, 2012), promovendo maior participação social na tomada de
decisões (Giovannella, 2012; Dameri, 2017) e aumentando a transparência no processo
democrático da administração pública.
Embora relativamente novo, o conceito de cidades inteligentes ainda estaria vinculado
às raízes do tripé da sustentabilidade de Elkington (1994), alinhando o desenvolvimento da
população com os vieses sociais, econômicos e ambientais. Dentro deste conceito, uma
maior participação e atração do capital humano diante dos problemas sociais (Meijer; Bolívar,
2016; Giovannella, 2012; Dameri, 2017) e uma gestão inteligente dos recursos naturais
(Caragliu; Bo; Nijkamp, 2011).
Komninos (2008; 2018) define as cidades inteligentes como “territórios com alta
capacidade para aprender e inovar, baseando-se na criatividade da população, em suas
instituições de criação de conhecimento, em sua estrutura digital e de comunicação […]
Percebe-se uma grande integração aos conceitos do Triple Bottom Line e a relação das Smarts
Cities com as perspectivas humana, social e ambiental.
Não obstante, a própria Agenda da Organização das Nações Unidas (ONU, 2015), inclui
a figura das cidades inteligentes como instrumento impulsionador para o crescimento
econômico sustentável, de modo a possibilitar a melhoria da prestação de serviços em várias
áreas (digitalização, uso de energias renováveis, etc.).
Escolas Inteligentes
As escolas inteligentes devem ser dotadas de sistemas de gestão abrangentes, inclusivos
e sustentáveis, adotando novas metodologias de aprendizagem e avanços da Indústria 4.0 de
forma eficiente (Lorenzo et al., 2021). A presença das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) nas escolas está aumentando continuamente (Hassan; Geys, 2016).
Muitos países ao redor do mundo, incluindo países em desenvolvimento, estão investindo na
implementação de equipamentos e recursos de TICs nas escolas, mesmo aquelas com recursos
financeiros limitados (Kozma; Vota, 2014).
A tecnologia deve ser utilizada como ferramenta para aprimorar a educação, pois os
fundamentos para a mudança são pedagógicos e não meramente tecnológicos (Mogas et al.,
2020). Seria inútil, distrativo ou mesmo contraproducente se a mudança levasse a situações
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indesejadas, como o isolamento social, caso a personalização promovesse o individualismo
descontrolado. A personalização da aprendizagem não é inerentemente favorável.
As dinâmicas dos desenvolvimentos tecnológicos na educação exigem que as pessoas
adquiram novas habilidades digitais e se adaptem a novas situações (Zulkarnaen et al., 2019).
A mudança de paradigma nas organizações de aprendizagem inevitavelmente demanda uma
revisão da visão sobre educação e seu papel. O ensino é considerado um processo para iniciar,
facilitar e sustentar a autoaprendizagem, a autoexploração e a autorrealização dos alunos,
portanto, os professores devem desempenhar um papel fundamental como facilitadores ou
mentores capazes de apoiar a aprendizagem dos alunos com a tecnologia (Ibrahim; Razak;
Kenayathulla, 2013).
Dentro desse novo paradigma, a ideia de ambientes de aprendizagem inteligente vem
ganhando destaque na literatura científica. Para ser considerado inteligente e fornecer soluções
eficazes, um ambiente de aprendizagem deve permitir a identificação das características dos
alunos, disponibilizar os recursos e ferramentas necessários, automatizar os processos de
aprendizagem e avaliar seus resultados (Huang et al., 2013).
Os ambientes de aprendizagem inteligente utilizam dispositivos digitais, adaptativos e
sensíveis ao ambiente para promover uma aprendizagem mais ágil (Koper, 2014), além de
oferecer percepções para melhorar as condições de trabalho docente. Para tanto, o histórico
apresentado neste artigo aprofunda o entendimento de como as tecnologias da quarta Revolução
Industrial impactam esses ambientes e a educação inteligente. As tecnologias 4.0 compreendem
a Internet das Coisas, computação em nuvem, inteligência artificial e outras.
As Smart Schools incorporam essas inovações tecnológicas nas escolas, sendo
complementadas por inovação pedagógica, melhores processos de comunicação e gestão,
projetos e decisões inclusivas em direção à sustentabilidade. A escola inteligente lida
diretamente com quatro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) (Nações Unidas,
2018), educação de alta qualidade (ODS 4), indústria, inovação e infraestrutura (ODS 9),
redução das desigualdades (ODS 10) e cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11).
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Procedimentos Metodológicos
O objetivo do presente estudo é identificar de que forma as Tecnologias da Informação
e Comunicação (TICs) e Tecnologia Social (TS) podem contribuir para a educação em escolas
e cidades inteligentes. Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa e
natureza básica, utilizando como procedimento metodológico a revisão bibliográfica e pesquisa
documental.
Conforme Denzin e Lincoln (2006), a pesquisa qualitativa envolve uma abordagem
interpretativa do mundo, o que significa que seus pesquisadores estudam as coisas em seus
cenários naturais, buscando compreender os fenômenos em termos dos significados que as
pessoas atribuem a eles. De acordo com Gil (2008), o objetivo de uma pesquisa exploratória é
familiarizar-se com um tema ainda pouco conhecido ou explorado.
Considerando que tanto a tecnologia quanto a educação incorporam questões políticas,
econômicas, sociais e ideológicas que se refletem na problemática do uso destas no processo
educacional, realizou-se uma pesquisa bibliográfica nas bases Google Acadêmico, Scopus e
Scielo, além da consulta a livros e artigos científicos, e busca documental por legislações
nacionais (Constituição Federal do Brasil, 1988; Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, 1996) e internacionais (ONU).
No que concerne ao uso da tecnologia na educação e suas contribuições, foram
destacadas as seguintes referências: Huberman (1973); Blanco e Silva (1993); Castells (1999);
Oliveira (2001); Subtil e Belloni (2002); Bévort e Belloni (2009); Libâneo (2015); Oliveira e
Lima (2016) e Kenski (2018).
Quanto à Tecnologia Social, foram privilegiadas as seguintes obras: Dagnino (2004);
Barbieri e Rodrigues (2008); Novaes e Dias (2010); Roso (2017); Medeiros et al. (2015);
Batista e Freitas (2018). Para os conceitos de Cidades Inteligentes, adotou-se: Komninos
(2006); Caragliu, Bo e Nijkamp, (2011); Kourtit e Nijkamp (2012); Giovannella (2012); Tomor
et al. (2019); Dameri (2017); Trindade et al., (2017). Por fim, em Escolas Inteligentes os autores
trabalhados foram: Ibrahim, Razak e Kenayathulla (2013); Kozma e Vota (2014); Huang et al.,
(2013); Koper, (2014); Hassan e Geys (2016); Means (2018); Zulkarnaen et al. (2019); Mogas
et al. (2020).
A revisão da literatura sobre os temas TICs e TS abrangeu um período de 30 anos,
considerando o início e a inserção das novas tecnologias na Educação Brasileira. para
Cidades Inteligentes e Escolas Inteligentes, o período abordado foi de 20 anos.
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Resultados e Discussões
Diante das numerosas ferramentas tecnológicas, especialmente empregadas no processo
de ensino e aprendizagem, as Tecnologias de Informação e Comunicação, conhecidas como
TICs, surgem como meio de transformação do trabalho pedagógico dos professores em sala de
aula, contribuindo para ampliar as competências e metodologias do ensino moderno. Sobre a
inserção dessas novas tecnologias no ambiente escolar, Santos (2005, p. 4) identifica duas
vertentes “[…] as que resistem e até agem com indiferença sobre a entrada destas na área
educacional e as incentivadas por propostas mirabolantes da sociedade de consumo” (p. 4).
uma crença de que altos investimentos em recursos tecnológicos na educação seriam
a solução de todos os problemas educacionais (Kahlau; Schneider; Souza-Lima, 2019). Nesse
sentido, Silveira e Bazzo (2009) afirmam que, à medida que a população tem acesso às novas
tecnologias, a esperança de que elas possam solucionar diversos desafios sociais.
Especificamente na educação, espera-se que as tecnologias resolvam problemas relacionados à
indisciplina, desinteresse dos alunos, evasão, reprovação, abandono e baixos índices em
avaliações externas, com base nos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB).
Dentre as vantagens consideráveis da utilização das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs), destaca-se a ausência de limites geográficos e políticos. Pessoas em locais
distintos podem participar de aulas e interagir simultaneamente com o professor durante o
ensino. Além disso, existe a possibilidade de autoavaliação por parte dos alunos, por meio de
plataformas de estudo. Nessa perspectiva, a introdução das “[…] tecnologias para o ambiente
educativo pode tornar o processo de ensino e aprendizagem mais prazeroso, mais chamativo e
significativo para aquele que aprende e mais dinâmico para aquele que educa” (Silva; Correa,
2014, p. 5).
O acesso à informação por meio de diferentes canais de comunicação se estendeu a
várias camadas e níveis sociais. Contudo, é crucial que a informação seja transformada em
conhecimento, uma vez que ainda não alcançamos a universalização do ensino, apesar do
desenvolvimento de tecnologias modernas. Moran et al. (2000, p. 12) argumenta que “[…] se
ensinar dependesse só de tecnologias, teríamos achado as melhores soluções muito tempo.
Elas são importantes, mas não resolvem as questões de fundo”.
Silva e Correa (2014, p. 26) colocam que: “pensar no processo de ensino e aprendizagem
em pleno século XXI sem o uso constante dos diversos instrumentos tecnológicos é deixar de
TIC e TS na educação: Rumo às novas escolas nas cidades inteligentes
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acompanhar a evolução que está na essência da humanidade”. É imperativo que as tecnologias
sejam utilizadas para promover a inclusão social e não para atender a interesses específicos de
grupos privilegiados dentro da sociedade. A evolução da tecnologia é benéfica apenas quando
acompanhada da promoção da inclusão social e não do agravamento das desigualdades sociais
(Batista; Freitas, 2018).
Neste contexto, a Tecnologia Social não emerge para restringir o desenvolvimento, mas
para apresentar condições de melhoria da qualidade de vida na sociedade, gerando
transformações em diversos setores, inclusive na educação (ITS, 2004; Dagnino, 2006). Além
disso, deve atender aos aspectos de simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e geração de
impacto social (Medeiros et al., 2015). Investir recursos em Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) desenfreadamente não assegura o bem-estar social de todos os usuários e
nem mesmo resolve todos os problemas, mas garante apenas “[…] a manutenção das relações
sociais e materiais que, no plano da infraestrutura técnico-econômico, garantem a exploração
capitalista” (Dagnino, 2006, p. 46).
A educação desempenha um papel essencial na modificação da sociedade, assim como
a tecnologia como meio de obtê-la. Juntas, compreendem uma “dimensão fundamental de
mudança social, que a evolução e a transformação das sociedades são construídas por meio
da interação complexa de fatores culturais, econômicos, políticos e tecnológicos” (Soffner,
2014, p. 58). Assim como a tecnologia deve estar a serviço da sociedade no intuito de atender
às necessidades humanas e reduzir as diferenças sociais, seu uso na educação deve ter o mesmo
propósito, especialmente proporcionando condições aos mais necessitados de romper os limites
impostos pela pobreza (Dagnino, 2004; 2006; 2014).
Ao comparar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e a Tecnologia
Social (TS), é possível perceber que ambas buscam atender às demandas da sociedade. Os
recursos da TIC, embora intrinsecamente voltados ao consumismo e interesse econômico, nas
últimas décadas, foram capazes de elevar a sociedade a outros patamares, especificamente na
era da globalização (Kahlau; Schneider; Souza-lima, 2019). A TS, por sua vez, estabelece o
fator social como seu objeto principal, utilizando-se da TIC, mas sem causar exclusões, pelo
contrário, agregando a população para a solução dos mais diversos problemas (Dagnino, 2014;
Batista; Freitas, 2018).
Fica evidente que tanto as TICS quanto a TS estão interligadas, e cabe à
sociedade/usuário (educadores, gestores, alunos, responsáveis) a correta utilização em prol de
determinado objetivo. São incontáveis as possibilidades na área educacional do que é possível
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ser realizado, seja com o uso da Gestão escolar democrática (professores, alunos, pais, direção,
equipe pedagógica e demais funcionários) à frente da TS e tecnologias educacionais (TICs).
Não como discutir o uso de TIC na educação sem mencionar a inclusão digital, um
conceito amplamente abordado nas cidades inteligentes que propõe a utilização da tecnologia
em prol da solução de problemas, ao mesmo tempo que incitam o desenvolvimento urbano,
inserindo as TICs como meio indispensável para o desenvolvimento (Dutta, 2011). Com o
advento das Smart Cities, surgem novos problemas, como a gentrificação [digital], que é a
exclusão da população que não possui habilidades para utilizar tecnologia; tal fenômeno é
combatido pela TS (Hollands, 2008; Dagnino, 2014; Batista; Freitas, 2018).
Neste contexto, é fundamental que as cidades inteligentes assegurem a inclusão digital.
Nesta perspectiva, Mori (2012, p. 11) ressalta que ainclusão digital começou a ser vista como
um direito em si e também como ferramenta necessária à garantia de direitos civis, políticos,
sociais e difusos”. Vale lembrar que o simples acesso às tecnologias não é suficiente, mas parte
da solução, onde as pessoas precisam ainda compreender a forma como as tecnologias poderiam
melhorar suas condições de vida e como facilitaria seu dia a dia (Ladeira; Moia, 2009).
Sob a implementação dos conceitos e possibilidades das Smart Cities, é relevante
destacar a inclusão das pessoas junto às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), não
apenas como usuários finais, mas também desde o planejamento, incorporando o conceito de
governança participativa. Este princípio também está presente na Tecnologia Social (TS),
conforme apontado por Dagnino (2002a) e outros, que defendem a participação da população,
capaz de conhecer suas próprias demandas e propor soluções para elas.
As escolas e cidades inteligentes incorporaram os conceitos do Triple Bottom Line,
também conhecido como o tripé da sustentabilidade (Elkington, 1994), que estabelece o
desenvolvimento baseado em três áreas: econômica, social e ambiental, sem que uma área
comprometa a outra. Assim, embora haja a impressão de que as Smart Schools e Smart Cities
sejam apenas centros de tecnologia e inovação, sabe-se que aspectos ambientais e sociais foram
considerados. A TS está intrinsecamente presente, incluindo todos os usuários nos novos
contextos de cidades e escolas.
As escolas inteligentes são compostas por três elementos que reforçam a ideia do Triple
Bottom Line apresentado anteriormente: tecnologia (econômico), inclusão (social) e
ambiental (meio ambiente). O primeiro elemento das escolas inteligentes é a tecnologia. Para
coletar dados, as Smart Schools normalmente fornecem ao prédio redes de sensores que abrigam
a educação de forma ubíqua (De Freitas; Rousell; Jäger, 2019) com o uso de Internet of Things
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(IoT) e computação em nuvem. A Indústria 4.0 é uma chave estratégica a favor da mudança
pedagógica (Lorenzo; Gallon, 2019; Lorenzo et al., 2021), facilitando a comunicação e gestão
de todos os tipos de processos de aprendizagem (Salimi; Ghonoodi, 2012).
O segundo componente das escolas inteligentes é a inclusão. A educação inclusiva
implica em medidas de suporte específicas para atender às necessidades individuais,
proporcionando oportunidades de aprendizagem e participação para os indivíduos por meio de
métodos de ensino diferenciados em formatos acessíveis, dispositivos assistidos e serviços de
apoio necessários. Este enfoque visa capacitar todos os estudantes, especialmente aqueles de
grupos vulneráveis, incluindo pessoas com deficiências de aprendizagem, desenvolvimento ou
intelectuais (Brenes et al., 2018).
O terceiro elemento das escolas inteligentes é a sustentabilidade. A sustentabilidade para
escolas inteligentes abrange eficiência energética, métodos de regulação ambiental e qualquer
aspecto necessário para alcançar edifícios sustentáveis e ecologicamente corretos. Os edifícios
escolares podem utilizar infraestruturas de Internet das Coisas (IoT) para fornecer
monitoramento e gerenciamento em tempo real, abordando questões de eficiência energética e
educacionais (Pocero et al., 2017).
A presente pesquisa não apresentou casos concretos de aplicação de Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC), Tecnologia Social (TS), cidades inteligentes (Smart Cities)
e escolas inteligentes (Smart Schools). Ela oferece definições que podem ser utilizadas
futuramente em outras pesquisas, como estudos de caso, para refutar ou reforçar os conceitos
aqui debatidos.
Considerações finais
Com o propósito de identificar como as Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC) e Tecnologias Sociais (TS) podem contribuir para a educação em escolas e cidades
inteligentes, realizou-se uma breve introdução abordando a evolução da tecnologia no contexto
educacional. Na fundamentação teórica, exploraram-se os conceitos de TIC, TS, Smart Cities
e Smart Schools. Posteriormente, na discussão, analisou-se como cada um desses elementos se
relaciona e como podem contribuir e integrar-se nas escolas e cidades inteligentes.
No que diz respeito às TIC e TS, torna-se evidente sua necessidade e presença crescente
na sociedade. A discussão não deve se centrar em sua aceitação, mas sim em como podem
contribuir para o processo de aprendizagem sem excluir os menos favorecidos socialmente.
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Após a análise, vislumbra-se que o futuro da sociedade será concretizado por meio das
cidades e escolas inteligentes, ambientes impregnados pela inovação, mas que mantêm os
princípios da sustentabilidade, conhecidos como Triple Bottom Line, promovendo o
desenvolvimento com base na tecnologia sem ameaçar aspectos sociais e ambientais.
Quanto às perspectivas futuras de pesquisa a partir deste trabalho, destacam-se as
possibilidades de (1) aprofundar os conceitos e ramificações das TICs e TS por meio de estudos
de casos em instituições de ensino infantil, médio e superior, exemplificando e mensurando os
conceitos apresentados neste referencial teórico; (2) realizar pesquisas sobre cidades e escolas
inteligentes, considerando a escassez de material produzido nacionalmente sobre o tema em
comparação com a produção internacional; e (3) investigar a gestão escolar democrática
relacionada à TS, com a participação de todos os elementos da comunidade escolar
(professores, alunos, pais, direção, equipe pedagógica e demais funcionários) envolvidos em
prol de objetivos educacionais e sociais.
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Matheus Alexandre da Silva CAMARGO e Paula Magda da Silva ROMA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 8, n. 00, e023018, 2023. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15484 21
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Gostaria de agradecer à disponibilidade e dedicação de minha
orientadora Prof. Dra. Paula Magda da Silva Roma pelo suporte contínuo desde
planejamento do projeto até sua publicação.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: O trabalho não precisou passar por comitê de ética.
Disponibilidade de dados e material: Não aplicável.
Contribuições dos autores: Autor 1: Realizou a pesquisa exploratória através de revisão
bibliográfica e pesquisa documental. Autor 2: Coube orientar, ler e corrigir o artigo final.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 8, n. 00, e023018, 2023. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15484 1
ICT AND ST IN EDUCATION: TOWARDS NEW SCHOOLS IN SMART CITIES
TIC E TS NA EDUCAÇÃO: RUMO ÀS NOVAS ESCOLAS NAS CIDADES
INTELIGENTES
TIC Y TS EN EDUCACIÓN: HACIA NUEVAS ESCUELAS EN CIUDADES
INTELIGENTES
Matheus Alexandre da Silva CAMARGO1
e-mail: matheus_scamargo@hotmail.com
Paula Magda da Silva ROMA2
e-mail: paula.roma@ifsuldeminas.edu.br
How to reference this paper:
CAMARGO, M. A. S.; ROMA, P. M. S. ICT and ST in
education: Towards new schools in smart cities. Plurais -
Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 8, n. 00, e023018.
e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15484
| Submitted: 30/10/2022
| Revisions required: 03/10/2023
| Approved: 15/11/2023
| Published: 30/12/2023
Editors:
Prof. Dr. Célia Tanajura Machado
Prof. Dr. Kathia Marise Borges Sales
Prof. Dr. Rosângela da Luz Matos
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Federal Institute of Southern Minas (IFSULMINAS), Três Corações MG Brazil. Master's degree in Smart
and Sustainable Cities (UNINOVE).
2
Federal Institute of Southern Minas (IFSULMINAS), Três Corações MG Brazil. Doctoral degree in Physics
(UFMG). IFSULDEMINAS employee. Supervisor of the Postgraduate Program in Educational Management at
IFSULDEMINAS - Advanced Campus Três Corações.
ICT and ST in education: Towards new schools in smart cities
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 8, n. 00, e023018, 2023. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15484 2
ABSTRACT: The study aims to identify how Information and Communication Technologies
(ICTs) and Social Technology (ST) contribute to education in intelligent schools and cities. For
this purpose, a literature review was conducted covering topics such as ICTs, ST, innovative
schools, and smart cities. Considering that technology is often presented as a solution to social
problems, this principle also applies to the educational context. However, ST questions these
concepts, raising the discussion about the extent to which ICTs are inclusive and non-selective.
The contribution to the development of smart cities and schools aligns with the United Nations
Sustainable Development Goals (SDGs), specifically SDGs 4, 9, 10, and 11. The research
adopted a bibliographic and documentary approach, characterized as exploratory, with a
qualitative focus and essential nature.
KEYWORDS: Social technology. Information and Communication Technology. Smart
schools. Technologies in education.
RESUMO: O estudo visa identificar de que maneira as Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs) e a Tecnologia Social (TS) contribuem para a educação em escolas e
cidades inteligentes. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica abordando temas
como TICs, TS, escolas inteligentes e cidades inteligentes. Considerando que a tecnologia é
frequentemente apresentada como uma solução para problemas sociais, esse princípio também
se aplica ao contexto educacional. No entanto, a TS questiona esses conceitos, levantando a
discussão sobre até que ponto as TICs são inclusivas e não seletivas. A contribuição para o
desenvolvimento de cidades e escolas inteligentes está alinhada aos Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU),
especificamente os ODS 4, 9, 10 e 11. A pesquisa adotou uma abordagem bibliográfica e
documental, caracterizando-se como exploratória, com foco qualitativo e natureza básica.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia social. Tecnologia da Informação e Comunicação. Escolas
inteligentes. Tecnologias na educação.
RESUMEN: El estudio tiene como objetivo identificar de qué manera las Tecnologías de la
Información y Comunicación (TIC) y la Tecnología Social (TS) contribuyen a la educación en
escuelas y ciudades inteligentes. Para ello, se realizó una investigación bibliográfica que
aborda temas como TIC, TS, escuelas inteligentes y ciudades inteligentes. Considerando que
la tecnología se presenta con frecuencia como una solución para problemas sociales, este
principio también se aplica al contexto educativo. Sin embargo, la TS cuestiona estos
conceptos, generando debate sobre hasta qué punto las TIC son inclusivas y no selectivas. La
contribución al desarrollo de ciudades y escuelas inteligentes está alineada con los Objetivos
de Desarrollo Sostenible (ODS) de las Naciones Unidas (ONU), específicamente los ODS 4, 9,
10 y 11. La investigación adoptó un enfoque bibliográfico y documental, caracterizándose
como exploratoria, con enfoque cualitativo y naturaleza básica.
PALABRAS CLAVE: Tecnología social. Tecnologías de la Información y Comunicación.
Escuelas inteligentes. Tecnologías en la educación.
Matheus Alexandre da Silva CAMARGO and Paula Magda da Silva ROMA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 8, n. 00, e023018, 2023. e-ISSN: 2177-5060
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Introduction
The use of Information and Communication Technologies (ICTs) in Brazil began in the
1970s, a period marked by growing interest in the application of computers in education, similar
to developments in North America and Europe (Valente; Almeida, 1997). few years later, in
the early 1980s, through public policies implemented by the Federal Government and the
Ministry of Education (MEC), ICTs began to gain significance, initially in a modest manner,
through projects in higher education aimed at creating the National Policy for Informatization
of Education (Moraes, 2012; Valente; Almeida, 2020).
In this context, from the 1980s onwards, there was a significant push towards digital
inclusion in society, facilitated through professional training programs and insertion initiatives,
along with the continuous education of teachers, all geared towards the digital inclusion of the
population. However, despite governmental efforts, the efficiency of ICTs remains emblematic.
On one hand, in administrative and logistical activities, Information and
Communication Technologies (ICTs) are widely integrated and defined, encompassing
administrative tasks, logistics, and school management, among others. However, in the realm
of core educational activities, divergences occur, especially in teaching and learning processes.
The literature is not unanimous regarding the use of ICTs in education. Some studies
present significant results on the subject (Valente; Almeida, 2017), while others highlight
difficulties and challenges, which may be similar to contexts in other countries (Costa, 2004;
Liu; Huang, 2005; Vanderlinde; Aesaert; Van Braak, 2015). From a new perspective, Social
Technology (TS) questions some foundations of ICTs in education. The use of technology,
depending on how it is employed, can result in social inclusion or exclusion (Batista; Freitas,
2018).
In this context, Smart Schools and Smart Cities play a fundamental role in the utilization
of Information and Communication Technologies (ICTs), without disregarding the social aspect
addressed by Social Technology (TS). The new models of cities and schools, now labeled as
bright due to emerging technologies of the 4th Industrial Revolution, continuously seek to
promote social inclusion without impeding the technological advancement of society (Hoel;
Mason, 2018; Means, 2018; Moore; Ellsworth, 2014).
Considering that the educational and technological issue has political, economic, social,
and ideological foundations, bibliographic and documentary research was conducted,
composed of books, legislations, theses, and scientifically relevant articles, with the aim of
analyzing such issues.
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There is a paradigm that the use of technology in the educational sphere is treated in a
salvational manner (Silveira; Bazzo, 2009). However, any evolution can only be considered
beneficial when aligned with social inclusion and without social inequalities. In this sense, the
school is committed to the "(...) formation not for science as a thing in itself, neutral and
independent, but as a social activity, with a social origin and end, and therefore politically,
economically, and culturally committed and referenced" (Von Linsingen, 2007, p. 17, our
translation).
Given the conflicts present in the literature related to the use of ICTs in education
compared to TS, the research question that gave rise to this study is: how can ICTs and TS
contribute to education in intelligent schools and cities? To achieve the general objective, the
following specific objectives are addressed:
Define the concepts of ICTs and TS;
Define the concepts of Smart Cities and Smart Schools according to the literature;
Analyze the conflict between ICTs and TS;
Identify the role of ICTs and TS in the context of smart schools and cities.
Historically, human development is directly linked to manufacturing and improving
tools, techniques, and technologies. Like other areas affected by technological development,
the educational sector is also capable of creating social inequality, which is why Social
Technology studies it. Nevertheless, education is guaranteed by the Carta Magna (Brasil, 1988,
art. 205, our translation), which establishes that "Education [...] shall be promoted and
encouraged with the collaboration of society, aiming at the full development of the individual,
their preparation for the exercise of citizenship, and their qualification for work."
In this sense, in the words of Batista and Freitas (2018, p. 124, our translation): "(...) it
is important for educators to reflect on the role that technology plays in society and pedagogical
practice, as it is permeated by conflicts of specific social, political, and economic interests".
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Information and Communication Technology (ICT)
As a result of the technological revolution of recent decades, society as a whole has
undergone various transformations. The field of education was no different, as it assumed the
responsibility of preparing individuals to live and interact in the reality of technological
innovations (Huberman, 1973; Libâneo, 2015).
Among the many meanings associated with the word "technology" (Blanco; Silva, 1993;
Castells, 1999; Oliveira, 2001; Subtil; Belloni, 2002; Kenski, 2018), it can be said that they are
products of human labor used for the benefit of society. In the last decade, Bévort and Belloni
(2009) already asserted that Information and Communication Technologies (ICTs) would be
integrated into the school environment, resulting from the pressure of the technology market
and society to adapt to new standards and changes.
The use of technology in education is outlined in both administrative and pedagogical
aspects, as mandated by the National Education Guidelines and Bases Law (LDB 9394/96, our
translation):
Article 32. Elementary education, with a minimum duration of eight years,
mandatory and free in public schools, aims at the basic formation of the
citizen, through:
I - the development of the capacity to learn, with the fundamental means being
the full mastery of reading, writing, and arithmetic.
Article 36. The curriculum of high school will observe the provisions of
Section I of this Chapter and the following guidelines:
I it will highlight basic technological education, the understanding of the
meaning of science, literature, and arts; the historical process of societal and
cultural transformation; the Portuguese language as a tool for communication,
access to knowledge, and the exercise of citizenship.
Nevertheless, ICTs, in addition to being used as educational tools, are also widely
adopted in school management, aiming to improve and contribute to schools' administrative
and pedagogical practices (Masetto, 2015). Initially, they were employed as a means for online
enrollment, document issuance, or even teacher lesson preparation. In the current context, given
the extensive use of ICTs, the school management team aims to develop projects that stimulate
different educational sectors, including digital learning projects, educational software,
institutional, educational websites, research, and educational assessment (Oliveira; Lima,
2016). According to Kenski (2018, p. 93), technological evolution redesigns the classroom into
a new virtual learning environment.
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ICTs and cyberspace, considered new pedagogical spaces, offer broad possibilities and
challenges for cognitive, affective, and social activities for both students and teachers, spanning
all levels of education, from kindergarten to university. For these possibilities to materialize, it
is crucial to adopt a new perspective: "[...] More than the instrumental and restricted nature of
using technologies for tasks in the classroom, it is time to broaden the horizons of the school
and its participants, that is, everyone" (Kenski, 2018, p. 66, our translation).
It is important to emphasize that, for the implementation of these changes in school
structures, it is necessary to train students, monitors, and administrators in the pedagogical use
of equipment, especially teachers who may not be familiar with these technologies. This
requires investment in personnel and materials (Oliveira; Lima, 2016).
When incorporating ICTs, the teacher must remember that the aim is not to replace
conventional teaching techniques but to integrate technology into the existing educational
process (Oliveira; Lima, 2016). Each tool and system used in the teaching and learning process
has unique characteristics that can be employed according to the educational objectives of the
discipline, allowing the content to be developed in class to be complemented by technology
(Tedesco, 2004).
Social Technology (TS)
As per the definition presented earlier, technology can be considered everything
produced and perfected by humans with the aim of satisfying their needs, from the most basic
to vital, in the pursuit of evolution and quality of life (Batista; Freitas, 2018). Due to constant
evolution, the technological process has undergone transformations and adaptations. Initially,
it sought to support societal activities, whereas currently, it has acquired other dimensions, such
as profit generation and wealth accumulation, which consequently has led to social inequalities
(Batista; Freitas, 2018).
A definition of social technology proposed by the Institute of Social Technology (ITS,
2005) is as follows: "a set of techniques, transformative methodologies, developed and applied
in interaction with the population and appropriated by them, representing solutions for social
inclusion and improvement of living conditions." Another accepted and current concept is that
social technology "comprises products, techniques, or reusable methodologies developed in
interaction with the community that represent effective solutions for social transformation"
(Correio, 2011, p. 1, our translation).
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Dagnino (2004) and Novaes and Dias (2010) assert that Social Technology (TS)
emerged as an opposition to Conventional Technology (CT), and the evolution of this
movement has added more complex characteristics and elements to TS, with greater potential
to transform the reality of marginalized societies. According to Roso (2017, p. 19, our
translation), the foundations of TS confront the hegemonic model of education in today's
society:
Unlike CT, TS aims at the local development of technology according to the
needs, objectives, and interests of social groups that generally are on the
margins of market logic. Therefore, TS is configured as a non-traditional way
of understanding Science, Technology, and Society (STS) relations, shifting
the origin of the demand for technical solutions, primarily from market logic
to society, to populations that become considered relevant social groups.
Batista and Freitas (2018) affirm that technology should serve society, capable of
meeting human needs and reducing social differences, especially in the educational field, by
providing conditions to the most needy and breaking limits and paradigms imposed by poverty.
In summary, social technology focuses on the emancipation of the involved actors, with users
being the most important. This means that technology is developed and practiced in interaction
with the population and integrated by it (Barbieri; Rodrigues, 2008).
Technologies are considered social when, based on their potential, they provide
conditions to improve the quality of life in society, generating changes in various sectors,
including education. Additionally, they must meet aspects of simplicity, low cost, easy
applicability, and the generation of social impact (Medeiros et al., 2015).
Smart Cities
The concept of Smart Cities does not have a specific definition, resulting from
interdisciplinarity and conceptualization. Although there is no single and consolidated
definition in the literature, the concept of Smart Cities is often associated with the fields of
technology and innovation, which would serve as instruments to solve various urban problems
(Trindade et al., 2017).
Smart cities would be capable of making intensive use of knowledge and creativity
(Kourtit; Nijkamp, 2012), promoting greater social participation in decision-making
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(Giovannella, 2012; Dameri, 2017) and increasing transparency in the democratic process of
public administration.
Although relatively new, the concept of smart cities would still be linked to the roots of
Elkington's sustainability tripod (1994), aligning the development of the population with social,
economic, and environmental biases. Within this concept, there is increased participation and
attraction of human capital in addressing social problems (Meijer; Bolívar, 2016; Giovannella,
2012; Dameri, 2017) and intelligent management of natural resources (Caragliu; Bo; Nijkamp,
2011).
Komninos (2008; 2018, our translation) defines smart cities as "territories with a high
capacity for learning and innovating, based on the population's creativity, knowledge creation
institutions, and digital and communication structure". There is significant integration with the
concepts of the Triple Bottom Line, and the relationship of Smart Cities with human, social,
and environmental perspectives is evident.
Nevertheless, the United Nations Agenda (ONU, 2015) itself includes the concept of
smart cities as a driving force for sustainable economic growth, enabling the improvement of
service delivery in various areas (digitalization, use of renewable energy, etc.).
Smart Schools
Innovative schools should be equipped with comprehensive, inclusive, and sustainable
management systems, adopting new learning methodologies and Industry 4.0 advancements
efficiently (Lorenzo et al., 2021). The presence of Information and Communication
Technologies (ICTs) in schools is continually increasing (Hassan; Geys, 2016). Many countries
worldwide, including developing countries, are investing in implementing ICT equipment and
resources in schools, even those with limited financial resources (Kozma; Vota, 2014).
Technology should be used as a tool to enhance education, as the foundations for change
are pedagogical and not merely technological (Mogas et al., 2020). It would be futile,
distracting, or even counterproductive if the change led to undesirable situations, such as social
isolation, in case personalization promotes uncontrolled individualism. Personalized learning
is not inherently favorable.
The dynamics of technological developments in education require people to acquire new
digital skills and adapt to new situations (Zulkarnaen et al., 2019). The paradigm shift in
learning organizations inevitably demands a revision of the vision of education and its role.
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Teaching is considered a process to initiate, facilitate, and sustain self-learning, self-
exploration, and self-realization of students, so teachers must play a fundamental role as
facilitators or mentors capable of supporting students' learning with technology (Ibrahim;
Razak; Kenayathulla, 2013).
Within this new paradigm, intelligent learning environments have been gaining
prominence in scientific literature. To be considered intelligent and provide effective solutions,
a learning environment must allow the identification of student characteristics, provide
necessary resources and tools, automate learning processes, and assess their outcomes (Huang
et al., 2013).
Intelligent learning environments use digital, adaptive, and environmentally sensitive
devices to promote more agile learning (Koper, 2014), providing insights to enhance teaching
conditions. Therefore, the historical context presented in this article deepens the understanding
of how Fourth Industrial Revolution technologies impact these environments and smart
education. Industry 4.0 technologies encompass the Internet of Things, cloud computing,
artificial intelligence, and others.
Innovative Schools incorporate these technological innovations into schools,
complemented by pedagogical innovation, improved communication and management
processes, and inclusive projects and decisions toward sustainability. The smart school directly
addresses four of the Sustainable Development Goals (SDGs) (Nações Unidas, 2018), quality
education (SDG 4), industry, innovation, and infrastructure (SDG 9), reduced inequalities (SDG
10), and sustainable cities and communities (SDG 11).
Methodological Procedures
This study aims to identify how Information and Communication Technologies (ICTs)
and Social Technology (TS) can contribute to education in intelligent schools and cities. It is
exploratory research with a qualitative approach and essential nature, using literature review
and documentary research as methodological procedures.
According to Denzin and Lincoln (2006), qualitative research involves an interpretative
approach to the world, meaning that its researchers study things in their natural settings, seeking
to understand phenomena in terms of the meanings people attribute to them. According to Gil
(2008), exploratory research aims to familiarize oneself with a topic that is still little known or
explored.
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Considering that both technology and education incorporate political, economic, social,
and ideological issues that are reflected in the challenges of using them in the educational
process, a literature review was conducted using Google Scholar, Scopus, and Scielo databases,
in addition to consulting books and scientific articles, and a documentary search for national
(Federal Constitution of Brazil, 1988; National Education Guidelines and Bases Law, 1996)
and international legislations (ONU).
Regarding the use of technology in education and its contributions, the following
references were highlighted: Huberman (1973); Blanco and Silva (1993); Castells (1999);
Oliveira (2001); Subtil and Belloni (2002); Bévort and Belloni (2009); Libâneo (2015); Oliveira
and Lima (2016) and Kenski (2018).
Concerning Social Technology, the following works were privileged: Dagnino (2004);
Barbieri and Rodrigues (2008); Novaes and Dias (2010); Roso (2017); Medeiros et al. (2015);
Batista and Freitas (2018). For the concepts of Smart Cities, the following were adopted:
Komninos (2006); Caragliu, Bo and Nijkamp, (2011); Kourtit and Nijkamp (2012);
Giovannella (2012); Tomor et al. (2019); Dameri (2017); Trindade et al., (2017). Finally, for
Smart Schools, the authors worked were: Ibrahim, Razak and Kenayathulla (2013); Kozma and
Vota (2014); Huang et al., (2013); Koper, (2014); Hassan and Geys (2016); Means (2018);
Zulkarnaen et al. (2019); Mogas et al. (2020).
The literature review on the themes of ICTs (Information and Communication
Technologies) and ST (Social Technology) covered a period of 30 years, considering the
initiation and integration of new technologies into Brazilian Education. For Smart Cities and
Smart Schools, the period covered was 20 years.
Results and Discussions
Given the numerous technological tools, especially employed in the teaching and
learning process, Information and Communication Technologies (ICTs) emerge as a means to
transform the pedagogical work of teachers in the classroom, contributing to expanding the
competencies and methodologies of modern Education. Regarding the integration of these new
technologies into the school environment, Santos (2005, p. 4) identifies two perspectives "[...]
those that resist and even act with indifference to their entry into the educational area and those
encouraged by fanciful proposals from consumer society" (p. 4, our translation).
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There is a belief that high investments in technological resources in Education would be
the solution to all educational problems (Kahlau; Schneider; Souza-Lima, 2019). In this sense,
Silveira and Bazzo (2009) assert that, as the population gains access to new technologies, there
is hope that they can solve various social challenges. Specifically in Education, it is expected
that technologies address issues related to discipline problems, student disinterest, dropout
rates, failure, abandonment, and low scores in external assessments, based on the Basic
Education Development Index (IDEB) data.
Among the considerable advantages of using Information and Communication
Technologies (ICTs) is the absence of geographical and political limits. People in different
locations can participate in classes and interact simultaneously with the teacher during
instruction. Additionally, there is the possibility of self-assessment by students through study
platforms. In this perspective, the introduction of "[…] technologies into the educational
environment can make the teaching and learning process more enjoyable, more engaging, and
more meaningful for the learner and more dynamic for the educator" (Silva; Correa, 2014, p. 5,
our translation).
Access to information through different communication channels has extended to
various social strata and levels. However, it is crucial that information be transformed into
knowledge, as we have not yet achieved the universalization of education despite the
development of modern technologies. Moran et al. (2000, p. 12, our translation) argue that "[…]
if teaching depended only on technologies, we would have found the best solutions a long time
ago. They are important, but they do not solve the fundamental issues".
Silva and Correa (2014, p. 26, our translation) state that: "thinking about the teaching
and learning process in the 21st century without the constant use of various technological tools
is to fail to keep up with the evolution at the essence of humanity". It is imperative that
technologies be used to promote social inclusion and not to serve the specific interests of
privileged groups within society. Technological evolution is beneficial only when accompanied
by promoting social inclusion and not exacerbating social inequalities (Batista; Freitas, 2018).
In this context, Social Technology does not emerge to restrict development but to
present conditions for improving the quality of life in society, generating transformations in
various sectors, including education (ITS, 2004; Dagnino, 2006). Moreover, it must meet
aspects of simplicity, low cost, easy applicability, and social impact generation (Medeiros et
al., 2015). Investing resources in Information and Communication Technologies (ICTs)
recklessly does not ensure the social well-being of all users and does not solve all problems but
ICT and ST in education: Towards new schools in smart cities
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guarantees only "[…] the maintenance of the social and material relations that, in the technical-
economic infrastructure, ensure capitalist exploitation" (Dagnino, 2006, p. 46, our translation).
Education plays an essential role in societal modification, and technology serves as a
means to achieve it. Together, they constitute a "fundamental dimension of social change, as
the evolution and transformation of societies are constructed through the complex interaction
of cultural, economic, political, and technological factors" (Soffner, 2014, p. 58, our
translation). Just as technology should be at the service of society to meet human needs and
reduce social disparities, its use in education should have the same purpose, especially
providing conditions for the most in need to break the limits imposed by poverty (Dagnino,
2004; 2006; 2014).
When comparing Information and Communication Technologies (ICTs) and Social
Technology (ST), it is possible to perceive that both seek to meet the demands of society. The
resources of ICTs, although intrinsically geared towards consumerism and economic interest,
have been able to elevate society to new levels in recent decades, specifically in the era of
globalization (Kahlau; Schneider; Souza-lima, 2019). On the other hand, ST establishes the
social factor as its primary object, using ICT but without causing exclusions. On the contrary,
it involves the population in solving various problems (Dagnino, 2014; Batista; Freitas, 2018).
It is evident that both ICTs and ST are interconnected, and it is up to society/users
(educators, administrators, students, parents) to use them correctly for a specific goal. There are
countless possibilities in the educational field for what can be achieved, whether through the
use of democratic school management (teachers, students, parents, administration, pedagogical
team, and other staff) leading ST and educational technologies (ICTs).
Discussing the use of ICT in education inevitably involves addressing digital inclusion,
a concept widely discussed in intelligent cities that advocates the use of technology for problem-
solving while promoting urban development, positioning ICTs as an indispensable means for
progress (Dutta, 2011). With the advent of Smart Cities, new issues emerge, such as [digital]
gentrification, which entails the exclusion of individuals lacking the skills to use technology.
This phenomenon is addressed by ST (Hollands, 2008; Dagnino, 2014; Batista; Freitas, 2018).
In this context, it is crucial for smart cities to ensure digital inclusion. In this perspective,
Mori (2012, p. 11, our translation) emphasizes that "digital inclusion has come to be seen as a
right in itself and also as a necessary tool to guarantee civil, political, social, and diffuse rights."
It is worth noting that mere access to technology is not sufficient but is part of the solution,
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where people still need to understand how technologies could improve their living conditions
and facilitate their daily lives (Ladeira; Moia, 2009).
Under the implementation of the concepts and possibilities of Smart Cities, it is relevant
to emphasize the inclusion of people in Information and Communication Technologies (ICTs),
not only as end-users but also in the planning, incorporating the concept of participatory
governance. This principle is also present in Social Technology (ST), as pointed out by Dagnino
(2002a) and others, advocating for the participation of the population capable of understanding
its demands and proposing solutions to them.
Innovative schools and smart cities have incorporated the concepts of the Triple Bottom
Line, also known as the sustainability tripod (Elkington, 1994), which establishes development
based on three areas: economic, social, and environmental, without one area compromising the
others. Thus, although there is the impression that Smart Schools and Smart Cities are merely
centers of technology and innovation, it is known that environmental and social aspects have
been considered. ST is intrinsically present, including all users in the new contexts of cities and
schools.
Innovative schools are composed of three elements that reinforce the Triple Bottom Line
concept presented earlier: technology (economic), inclusion (social), and environmental
(environment). The first element of smart schools is technology. To collect data, Smart Schools
typically provide the building with sensor networks that house education ubiquitously (De
Freitas; Rousell; Jäger, 2019) using the Internet of Things (IoT) and cloud computing. Industry
4.0 is a strategic key in favor of pedagogical change (Lorenzo; Gallon, 2019; Lorenzo et al.,
2021), facilitating communication and management of all types of learning processes (Salimi;
Ghonoodi, 2012).
The second component of smart schools is inclusion. Inclusive education involves
specific support measures to meet individual needs, providing learning opportunities and
participation for individuals through differentiated teaching methods in accessible formats,
assisted devices, and necessary support services. This approach aims to empower all students,
especially those from vulnerable groups, including individuals with learning, developmental,
or intellectual disabilities (Brenes et al., 2018).
The third element of smart schools is sustainability. Sustainability for smart schools
encompasses energy efficiency, methods of environmental regulation, and any aspect necessary
to achieve sustainable and environmentally friendly buildings. School buildings can use
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Internet of Things (IoT) infrastructures to provide real-time monitoring and management,
addressing issues of energy efficiency and education (Pocero et al., 2017).
The present research did not provide concrete cases of the application of Information
and Communication Technologies (ICT), Social Technology (ST), smart cities (Smart Cities),
and smart schools (Smart Schools). It offers definitions that can be used in future research, such
as case studies, to refute or reinforce the concepts discussed here.
Final considerations
With the purpose of identifying how Information and Communication Technologies
(ICT) and Social Technologies (ST) can contribute to education in smart schools and smart
cities, a brief introduction addressing the evolution of technology in the educational context
was conducted. The concepts of ICT, ST, Smart Cities, and Smart Schools were explored in the
theoretical foundation. Subsequently, in the discussion, an analysis was made of how each of
these elements relates to and can contribute to and integrate into smart schools and smart cities.
Regarding ICT and ST, their need and growing presence in society become evident. The
discussion should not focus on their acceptance but instead on how they can contribute to the
learning process without excluding the socially less privileged.
After the analysis, it is envisioned that the future of society will be realized through
smart cities and schools, environments imbued with innovation but maintaining the principles
of sustainability, known as the Triple Bottom Line, promoting development based on
technology without threatening social and environmental aspects.
As for future research perspectives stemming from this work, possibilities include (1)
delving into the concepts and ramifications of ICT and ST through case studies in childcare,
primary, and higher education institutions, exemplifying and measuring the concepts presented
in this theoretical framework; (2) conducting research on smart cities and smart schools,
considering the scarcity of nationally produced material on the subject compared to
international production; and (3) investigating democratic school management related to ST,
with the participation of all elements of the school community (teachers, students, parents,
management, pedagogical team, and other staff) involved in educational and social goals.
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CRediT Author Statement
Acknowledgements: I would like to express my gratitude for the availability and dedication
of my advisor, Prof. Dr. Paula Magda da Silva Roma, for the continuous support from the
project planning phase to its publication.
Funding: Not applicable.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: The work did not require ethical committee approval.
Data and material availability: Not applicable.
Authors' contributions: Author 1 conducted exploratory research through a literature
review and document analysis. Author 2 provided guidance and read and corrected the final
article.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.