Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 7, n. 00, e023008, 2023. e-ISSN: 2177-5060
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VINCULAÇÃO E TRANSFERÊNCIA UNIVERSITÁRIA NA ARGENTINA:
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE UM PROGRAMA DE EXTENSÃO NO
DESENVOLVIMENTO LOCAL NA PERSPECTIVA DO EMPREENDEDORISMO
VINCULACIÓN Y TRANSFERENCIA UNIVERSITARIA EN ARGENTINA:
EVALUACIÓN DEL IMPACTO DE UN PROGRAMA DE EXTENSIÓN EN EL
DESARROLLO LOCAL DESDE LA PERSPECTIVA DEL EMPRENDIMIENTO
LINKING AND TRANSFER UNIVERSITY IN ARGENTINA: EVALUATION OF THE
IMPACT OF AN EXTENSION PROGRAM ON LOCAL DEVELOPMENT FROM THE
PERSPECTIVE OF ENTREPRENEURSHIP
Ricardo Costa CAGGY1
e-mail: ricardo.caggy@uap.edu.ar
Aldana Ayen KIMEL2
e-mail: aldana.kimel@uap.edu.ar
Belén LEIVA3
e-mail: belen.leiva@uap.edu.ar
María Julia Gaioli BORGERT4
e-mail: maria.gaioli@uap.edu.ar
Como referenciar este artigo:
CAGGY, R; KIMEL, A. A; LEIVA, B.; BORGERT, Maria
J. G. Vinculação e transferência universitária na Argentina:
Avaliação do impacto de um programa de extensão no
desenvolvimento local na perspectiva do
empreendedorismo. Plurais - Revista Multidisciplinar,
Salvador, v. 7, n. 00, e023008. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15398
| Apresentado em: 17/10/2022
| Revisões requeridas em: 06/06/2023
| Aprovado em: 30/07/2023
| Publicado em: 03/11/2023
Editores:
Profa. Dra. Célia Tanajura Machado
Profa. Dra. Kathia Marise Borges Sales
Profa. Dra. Rosângela da Luz Matos
Editor Executivo Adjunto:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Adventista del Plata, La Plata Argentina. Doutor em Administração (UFBA). Professor da Universidade del
Plata, Argentina.
2
Universidade Adventista del Plata, La Plata Argentina. Estudante da carreira de Contador Público (Faculdade de Economia
e Gestão - Universidade Adventista del Plata).
3
Universidade Adventista del Plata, La Plata Argentina. Estudante da carreira de Administração (Faculdade de Economia e
Gestão - Universidade Adventista del Plata).
4
Universidade Adventista del Plata, La Plata Argentina. Estudante da carreira de Administração (Faculdade de Economia e
Administração - Universidade Adventista del Plata).
Vinculação e transferência universitária na Argentina: Avaliação do impacto de um programa de extensão no desenvolvimento local na
perspectiva do empreendedorismo
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 7, n. 00, e023008, 2023. e-ISSN: 2177-5060
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RESUMO: As universidades desempenham um papel nevrálgico na formação e
desenvolvimento da sociedade através do ensino, pesquisa e extensão universitária. Este estudo
analisou o impacto de um programa de extensão em uma universidade privada e confessional
na Argentina, focado no desenvolvimento do empreendedorismo. Utilizando uma abordagem
mista, o instrumento de avaliação de programas de Mora Batista (2018) foi adaptado para a
coleta dos dados; além disso, foram realizadas entrevistas e grupos focais. Os resultados
indicam uma avaliação positiva do programa por parte dos participantes. No entanto,
identificou-se a necessidade de alinhar as expectativas de aprendizado entre alunos e
empreendedores para otimizar o impacto na comunidade. Dada a presença significativa de
mulheres no programa, é recomendado um enfoque futuro no empoderamento feminino. Esses
resultados destacam a importância da extensão universitária no fomento do empreendedorismo
e apontam para oportunidades de atividades de vinculação entre universidades e comunidade.
PALAVRAS-CHAVE: Empreendedorismo. Extensão universitária. Formação. Impacto.
Desenvolvimento local.
RESUMEN: Las universidades desempeñan un rol fundamental en la formación y desarrollo
de la sociedad a través de la enseñanza, la investigación y la extensión universitaria. Este
estudio analizó el impacto de un programa de extensión en una universidad privada y
confesional en Argentina, centrado en el desarrollo del emprendimiento. Utilizando un enfoque
mixto, se adaptó el instrumento de evaluación de programas de Mora Batista (2018) para la
recopilación de datos, además de llevar a cabo entrevistas y grupos focales. Los resultados
indican una evaluación positiva del programa por parte de los participantes. Sin embargo, se
identificó la necesidad de alinear las expectativas de aprendizaje entre estudiantes y
emprendedores para optimizar el impacto en la comunidad. Dada la presencia significativa de
mujeres en el programa, se recomienda un enfoque futuro en el empoderamiento femenino.
Estos resultados resaltan la importancia de la extensión universitaria en el fomento del
emprendimiento y señalan oportunidades para actividades de vinculación entre universidades
y la comunidad.
PALABRAS CLAVE: Emprendimiento. Extensión universitaria. Capacitación. Impacto.
Desarrollo local.
ABSTRACT: Universities play a crucial role in shaping and advancing society through
education, research, and university extension. This study examined the impact of an extension
program at a private, faith-based university in Argentina, specifically focusing on
entrepreneurship development. Employing a mixed-methods approach, the program evaluation
tool developed by Mora Batista (2018) was adapted for data collection, along with interviews
and focus groups. The results indicate an upbeat assessment of the program by the participants.
However, it was identified that there is a need to align learning expectations between students
and entrepreneurs to optimize the impact on the community. Given the significant presence of
women in the program, a future emphasis on female empowerment is recommended. These
findings underscore the importance of university extension in promoting entrepreneurship and
point to opportunities for collaborative activities between universities and the community.
KEYWORDS: Entrepreneurship. University extension. Training. Impact. Local development.
Ricardo Costa CAGGY; Aldana Ayelén KIMEL; Belén LEIVA e María Julia Gaioli BORGERT
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Introdução
As universidades sempre desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento
da sociedade, mas com o advento da tecnologia e da sociedade do conhecimento, essas funções
foram intensificadas pela necessidade de inovação, criação e produção de soluções para o
desenvolvimento sustentável da sociedade. Nesse sentido, a criação de uma relação mais
próxima entre diferentes atores sociais como universidades, governo (estado) e
empreendedores, por exemplo, tem gerado modelos bem-sucedidos de ecossistemas para o
desenvolvimento local, baseados em conhecimento, inovação e cultura empreendedora.
Mason e Brown (2014) conceituam o ecossistema empreendedor local como um
conjunto de atores interconectados, englobando organizações empresariais (empresas,
investidores, bancos), instituições (universidades, órgãos públicos, entidades empresariais) e
empreendedores, enquanto levam em consideração variáveis como a taxa de nascimento de
empresas, o número de empresas de alto crescimento, as taxas de sucesso empresarial, a
proliferação de empreendedores, a motivação para empreender e os níveis de ambição
empresarial. Essa rede de conexões permite a mediação e gestão, tanto formal quanto informal,
do desempenho no contexto do ecossistema empreendedor local.
Nesse sentido, as universidades são concebidas como articuladoras entre os diferentes
atores, com possibilidade de serem geradoras e/ou incubadoras de projetos empresariais na
região. Essas práticas se consolidaram ao longo dos anos e levaram diferentes países a adotarem
políticas públicas de apoio ao empreendedorismo e à vinculação com universidades.
A partir da observação da situação atual do mundo do trabalho e do empreendedorismo,
somada à reivindicação social direcionada às instituições de ensino, reconhece-se a necessidade
de aprofundar a análise do impacto do vínculo de uma universidade confessional privada por
meio de um programa de extensão para formação e apoio ao empreendedorismo em uma
localidade da Argentina.
Nesse sentido, o estudo objetivou identificar os fatores facilitadores e dificultadores de
um programa de extensão articulado com o município local, além de conhecer a percepção dos
envolvidos nas atividades e o nível de impacto do programa de capacitação por meio de
indicadores que reflitam o nível de sucesso do empreendimento.
Vinculação e transferência universitária na Argentina: Avaliação do impacto de um programa de extensão no desenvolvimento local na
perspectiva do empreendedorismo
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Referencial teórico
Empreendedorismo
Guillén et al. (2014) argumentam que o empreendedorismo é um fenômeno que consiste
na gestão do conhecimento para sua disseminação entre os atores políticos, econômicos e
sociais, a fim de promover o desenvolvimento sustentável das gerações futuras. Por outro lado,
Vásquez et al. (2019) propõem que o empreendedorismo é o motor da mudança, e do
crescimento econômico, relacionado às habilidades de quem se compromete a gerar inovação.
Aguilar et al. (2016), em sua pesquisa bibliográfica, afirmam que quem realiza um
empreendimento é o empreendedor, termo que vem do francês entrepreneur (pioneiro),
inicialmente utilizado para se referir àqueles que se arriscam a colocar suas ideias em ação em
um mundo de oportunidades, mesmo que desconheçam a projeção no campo de sua atuação.
Conforme apontado pelos autores, para alcançarem o sucesso, os empreendedores precisam
adquirir habilidades específicas, incluindo flexibilidade, dinamismo, criatividade e motivação,
entre outras. Essas competências são essenciais, uma vez que os empreendedores devem ser
capazes de se ajustar a um ambiente em constante evolução. Além disso, o trabalho em equipe
frequentemente se revela um fator crucial nos projetos empreendedores, uma vez que amplifica
as capacidades individuais de cada membro do grupo.
O ensino do empreendedorismo tem sido objeto de estudo em todo o mundo. Os
primeiros cursos foram baseados no relato histórico de empreendedores de sucesso, embora não
fornecessem as ferramentas necessárias para desenvolver empreendimentos. Nas últimas três
décadas, as teorias associadas ao empreendedorismo possibilitaram a criação de modelos que
podem ser adaptados a cada realidade. Nos Estados Unidos, esse ensino tem despertado um
interesse crescente por programas de gestão universitária, com a finalidade de responder ao
novo mercado de educação empreendedora (Castillo, 1999).
Desenvolvido em conjunto, Isenberg (2010) aponta que o ecossistema empreendedor
possui três fatores fundamentais: (a) uma massa crítica de empreendedores, empresas e
instituições especializadas em dados locais, (b) uma densa rede de relações entre atores e (c)
uma cultura que reúne elementos encorajadores. Como observado, o ecossistema descrito inclui
fatores que envolvem as funções de entidades que promovem relacionamentos e incentivam o
desenvolvimento da cultura.
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Transferência e Extensão Universitária
Parte da função social das universidades para com a comunidade, como impulsionadoras
do empreendedorismo, é a transferência e produção de conhecimento (Nwosu, 2012). A
transferência de conhecimento é entendida como um processo que envolve duas ações dadas
pela transmissão e absorção (uso). A transmissão é o envio ou apresentação para um potencial
destinatário, seja uma pessoa ou grupos deles (Ariza et al., 2020).
Por sua vez, Romero Alonso et al. (2020) identifica três fatores para que a aprendizagem
seja verdadeiramente aplicada no contexto: (a) os insumos da formação (pessoas e
características do processo de formação), b) resultados do processo de formação enquanto tal e
c) condições para a transferência do ambiente de desempenho.
Segundo Rodríguez-Izquierdo (2020), no ensino superior, estão sendo promovidas
metodologias ativas que envolvem a participação do aluno não apenas em sua aprendizagem,
mas também no serviço. No entanto, a falta de engajamento dos alunos é um problema
frequente. Diversos estudos fornecem evidências sobre a importância das metodologias ativas
na satisfação e no comprometimento dos alunos em relação aos seus estudos. Esses benefícios
podem ser alcançados por meio da implementação da aprendizagem em serviço, concebida
como uma abordagem educacional que integra processos de aprendizagem com o serviço à
comunidade em um único projeto. Nesse contexto, os participantes aprendem ao atender às
necessidades reais da comunidade para aprimorá-la (Gallardo, 2017). Portanto, é aconselhável
promover a aprendizagem em serviço nas instituições de ensino superior, com o objetivo de
aumentar o engajamento dos estudantes em sua formação acadêmica e em ações que beneficiem
a comunidade.
Entre as diferentes formas de transferência que são implementadas nas universidades, a
escolhida pelo programa avaliado neste trabalho tem sido a formação de empreendedores.
Capacitação
A capacitação é uma atividade educativa que contribui para o desenvolvimento das
capacidades humanas (Francia, 2018, p. 4, tradução nossa). A formação assume um papel de
grande relevância, visto que representa um processo sistemático e contínuo de desenvolvimento
que capacita o indivíduo a progredir como profissional. Esse processo envolve a aquisição e
transferência de conhecimento, bem como o desenvolvimento de habilidades e competências
que contribuem para o crescimento integral do indivíduo. Além disso, a formação é projetada
para atender às necessidades da organização.
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Segundo Castillo (1999), existem três ferramentas que têm sido bem-sucedidas em
programas de capacitação de empreendedores, entre elas: (a) a elaboração de um plano de
negócios, traduzido em um mapa do caminho a seguir desde o início até a meta estabelecida,
(b) o contato com a realidade e sua interpretação, por meio da participação dos estudantes em
projetos de pesquisa ou atividades de extensão que envolvam o trabalho com empreendedores
e seu desenvolvimento e (c) estudos de caso ou análise de situações para ilustrar uma situação
particular e a tomada de decisão.
Reyes et al. (2017) conduziu um estudo visando analisar o impacto de um programa de
apoio a empreendedores (Fonaes) no desenvolvimento de negócios e propor alternativas para
reduzir o número de empreendedores ou empresas que encerram suas atividades devido à falta
de capacidade administrativa. Os resultados revelaram que os beneficiários do apoio aplicaram
o conhecimento adquirido e reconheceram sua contribuição para o desenvolvimento e operação
de suas empresas como uma parte fundamental.
Diferentes autores destacam componentes fundamentais a serem considerados nos
treinamentos para alcançar a consolidação dos empreendimentos. Para Moreno e Escobar
Cuervo (2015), esses componentes seriam representados por conteúdos voltados para
administração e contabilidade. Aldana Tarazona (2020) destaca a gestão comercial, tendo em
vista que a escola de negócios ESAN indica que os pequenos negócios nascem e crescem
graças ao esforço e dedicação do empreendedor. No entanto, em um momento competitivo essa
força não basta, são necessárias habilidades e ferramentas de gestão empresarial para acelerar
o processo de crescimento e consolidação do negócio (Aldana Tarazona, 2020, p. 17). Diante
desse quadro, há a necessidade de adquirir novas técnicas e ferramentas que promovam o
desenvolvimento da gestão comercial dentro de uma empresa, pois ela representa a conexão
com o exterior. A gestão comercial é responsável por implementar estratégias e técnicas para
realizar o que é planejado em empresas dedicadas a oferecer serviços ou vender produtos.
Outra ferramenta essencial para um empreendimento de sucesso é a boa gestão
financeira. Cumbicus Vélez (2020), em sua análise do estado atual dos empreendimentos
atendidos pela carreira de Contabilidade e Auditoria na PUCESE, aponta que os empresários
identificaram a falta de conhecimento administrativo e contábil como a principal fragilidade,
acrescentando que tendem a confundir a economia familiar ou individual com a rentabilidade
do negócio, por isso a capacitação nesse sentido é essencial. Segundo Pizarro et al. (2020),
manter uma boa contabilidade permitirá que os empresários determinem os custos de produção
e vendas, dependendo do ramo de negócio da empresa, podendo obter melhores resultados.
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Dessa forma, eles terão informações mais precisas e adequadas para a tomada de decisão das
diferentes tarefas realizadas em seu empreendimento, conseguindo um melhor controle
administrativo.
Uma vez que as capacitações visam atingir objetivos relacionados aos benefícios
relatados pelas empresas, a avaliação dos resultados adquire uma importância fundamental para
todas as partes envolvidas.
Avaliação de impacto
Avaliar o impacto não é uma tarefa fácil, mas é extremamente necessário, pois
feedback sobre o que foi ensinado. Entende-se por impacto a mudança produzida em uma
população, em comparação com o que teria acontecido se não tivesse sido intervencionada
(García Sánchez; Cardozo Brum, 2017).
Em uma pesquisa relacionada à avaliação do impacto dos treinamentos nas organizações
(Mora Batista, 2018), os resultados demonstraram ser satisfatórios, uma vez que houve um
aumento na satisfação dos clientes, nos níveis de vendas e na produtividade, os quais foram
influenciados indiretamente pelos treinamentos. Essa transferência de conhecimento é
considerada um agente de mudança e melhoria da produtividade, e representa a abordagem das
organizações para fornecer as competências e habilidades necessárias para que indivíduos,
empresas e a sociedade possam aprimorar seus desempenhos no trabalho.
A avaliação de impacto fornece informações sobre a eficácia e a utilidade da formação
durante a sua implementação. Por essa razão, faz-se necessário definir as orientações e o
acompanhamento a serem dados aos treinamentos, a fim de melhorar a qualidade das ações
futuras. A informação de qualidade deve ser assegurada e a avaliação deve ser sustentada ao
longo do tempo, acompanhando o processo e as mudanças subsequentes decorrentes do
treinamento (Triana; Medina, 2019).
Efetividade dos programas
A avaliação dos programas não deve ser unidimensional, mas sim abordada a partir de
uma abordagem sistêmica. A eficácia dos programas de treinamento pode ser medida pelo: (a)
grau em que os conhecimentos, habilidades e atitudes ensinados respondem a uma necessidade
dos participantes e (b) a percepção da aprendizagem dos conteúdos, sua correta aplicação e
sustentabilidade ao longo do tempo (Francia, 2018). A variação da produtividade na empresa,
após o programa, também pode corroborar a efetividade dos programas de vinculação.
Vinculação e transferência universitária na Argentina: Avaliação do impacto de um programa de extensão no desenvolvimento local na
perspectiva do empreendedorismo
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O alcance da efetividade do programa depende também da percepção dos envolvidos no
programa. Ruiz de Maya e Grande Esteban (2006) argumentam que a percepção pode ser
entendida como um processo de captação e avaliação de estímulos de fora, selecionados e
organizados, e que nos permitem compreender o mundo que nos rodeia (Ruiz de Maya; Grande
Esteban, 2006, p. 25, tradução nossa), tornando-se uma forma de avaliar programas de uma
perspectiva interna.
O processo de avaliação dos programas e atividades, que visam capacitar e aprimorar a
atividade empreendedora no ambiente, é essencial para identificar os pontos fortes e saber se a
transferência de conhecimento, aportada pela universidade para a sociedade, atende às
necessidades e expectativas dos envolvidos.
Metodologia
O trabalho consistiu em um estudo de caso único como estratégia de pesquisa, onde não
se pretende alcançar a generalização dos achados, mas compreender o fenômeno investigado
em seu contexto, segundo Yin (2005).
O estudo foi tratado a partir de uma abordagem mista, onde dados quantitativos e
qualitativos desempenham um papel relevante. Como aponta Pereira Pérez (2011), a abordagem
de um desenho misto permite um enfoque de tópicos de estudo, principalmente quando a
intenção é dar voz aos participantes, ou seja, quando se busca não apenas dados numéricos, mas
também a visão do participante. A triangulação dos dados foi utilizada para melhor
compreensão do objeto de estudo. A triangulação pode ser entendida como um processo de
validação cumulativa (quantitativa + qualitativa) ou como um meio de obter um quadro mais
completo dos fenômenos investigados (quantitativos e qualitativos) (Kelle, 2001).
Instrumentos
A percepção de impacto do programa de extensão para empreendedores foi mensurada
por meio de três técnicas de coleta de dados: (a) levantamento, (b) grupos focais e (c)
entrevistas, todas aplicadas após a implantação do programa. As pesquisas foram aplicadas a
empreendedores que participaram do programa de extensão universitária. Os dois grupos focais
foram desenvolvidos com os empreendedores participantes do programa de extensão e com os
alunos que compunham a equipe de orientação do mesmo. A entrevista foi realizada com o
representante municipal do setor de empreendedorismo local.
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Inicialmente, o levantamento foi resultado da adaptação de dois instrumentos utilizados
em diferentes pesquisas relacionadas (a) à avaliação do impacto da capacitação nas
organizações (Mora Batista, 2018) e (b) à mensuração da capacidade empreendedora (Gonzales
Meza, 2018).
O processo de adaptação do instrumento considerou o contexto no qual esta pesquisa
seria aplicada, envolvendo a exclusão de dimensões e indicadores, bem como a modificação de
alguns deles. O instrumento desenvolvido por Mora Batista (2018) originalmente abrange 20
dimensões, das quais nove foram incorporadas. Por sua vez, o instrumento de González Meza
(2018) apresenta três dimensões, das quais foram selecionados indicadores que
complementaram a variável de interesse com a dimensão de produtividade, resultando na versão
proposta que compreende um total de dez dimensões.
Finalizado o processo de adaptação, a pesquisa foi encaminhada a seis especialistas da
área, a fim de obter evidências de validade de conteúdo nas dimensões selecionadas para a
pesquisa. Na primeira etapa, os avaliadores propuseram modificações e o ajuste de cada item
com os conceitos envolvidos em cada dimensão, os quais foram considerados para a elaboração
da segunda versão do instrumento, versão que foi submetida ao julgamento dos especialistas
por meio da avaliação da clareza e pertinência de cada item. Após a obtenção das avaliações
dos especialistas, utilizando uma escala de um a cinco, na qual o valor um representa o nível
mínimo do atributo e o valor cinco representa o nível máximo do atributo, em relação à clareza
e relevância de cada um dos itens das dez dimensões.
O objetivo da avaliação foi refinar os itens e eliminar os menos representativos para se
obter um instrumento validado, para o qual o grau de concordância entre os juízes foi verificado,
utilizando-se o V de Aiken (1980) como uma das técnicas que permite quantificar a clareza e a
relevância de cada item em relação a um domínio de conteúdo formulado pelos juízes. Seu valor
varia de zero a um, sendo o valor de um indicativo de concordância perfeita entre os juízes. A
interpretação do coeficiente centra-se na magnitude calculada e no nível de significância
estatística obtido. Como critério de manutenção de um item, assumiu-se que o índice não fosse
inferior a 0,80 (p<0,05).
Após a eliminação dos itens sugeridos pelos índices de Aiken, o instrumento, que utiliza
uma escala tipo Likert, de Concordo totalmente a Discordo totalmente, foi composto pelas
seguintes dimensões: (a) preparação prévia ao programa de extensão universitária com três
itens, (b) objetivos e conteúdos do programa de extensão com sete itens, (c) instrutores de
extensão com seis itens, (d) duração do programa de extensão de quatro itens, (e) intenção de
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aplicar o conteúdo do programa de extensão de três itens, (f) autoeficácia do programa de
extensão de três itens, (g) disponibilidade de fatores produtivos no empreendimento de três
itens, (h) percepção geral do programa de extensão de três itens, (i) expectativa de resultados
positivos do programa de extensão de três itens e (j) produtividade resultante com três itens.
Por outro lado, tanto os grupos focais quanto a entrevista foram conduzidos pelos
moderadores por meio de um roteiro de tópicos essenciais tendentes a abranger o espectro
enunciado pelas dimensões abordadas na pesquisa. Essas perguntas abriram o diálogo e o
enriqueceram com o surgimento de novas perguntas derivadas das respostas compartilhadas.
Procedimento
A variável estudada foi a percepção de impacto do programa de extensão para
empreendedores. Para tanto, foi realizada uma amostragem condicional não probabilística,
composta por dois grupos: o primeiro constituído pelos 12 empreendedores participantes do
programa de extensão e o segundo pelos 16 alunos que compunham a equipe orientadora que
realizou o programa, como parte do cumprimento dos requisitos da disciplina Seminários e
Prática Profissional do último ano do Bacharelado em Administração. Também foi realizada
uma entrevista com o representante do município responsável pelo setor de empreendedorismo
local, que forneceu informações relevantes para o estudo.
Em um primeiro momento, as pesquisas foram aplicadas em papel aos 12
empreendedores participantes do programa, garantindo a confidencialidade e o anonimato dos
dados coletados, após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados
obtidos foram tabulados e processados no software Sphinx IQ2. Em seguida, os empreendedores
formaram um grupo focal, onde apresentaram suas opiniões sobre o programa de capacitação.
As respostas foram gravadas com o consentimento dos participantes para posterior transcrição,
depuração e análise.
Posteriormente, formou-se o grupo focal com os 16 alunos participantes do programa
de extensão, utilizando o mesmo roteiro, construído com base nas dimensões de análise
estabelecidas. As respostas também foram gravadas com o consentimento dos alunos para
posterior transcrição e análise.
Por fim, uma entrevista foi conduzida com o representante do setor de
empreendedorismo no município local, durante a qual foram compartilhadas informações
valiosas relacionadas à sua percepção do programa de extensão universitária. Essas
informações contribuíram para a compreensão aprofundada do contexto analisado.
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Resultados
O programa de extensão “Clube de Empreendedores” foi realizado durante os meses de
agosto a novembro de 2021. O programa visa conectar estudantes de Administração da
universidade estudada com um grupo de empreendedores de sua localidade, proporcionando
capacitação e assessoria a microempresas ou pessoas interessadas em empreender.
O programa encontra-se em sua segunda edição, sendo coordenado pela Secretaria de
Desenvolvimento Social do respectivo município, que atua como intermediário governamental.
Dentro do programa, empreendedores registrados no município têm acesso a informações,
programas de capacitação e microcrédito, visando promover o desenvolvimento da economia
local.
As formações ministradas pelos alunos incluíram temas escolhidos entre
empreendedores e estudantes: liderança em microempresas; uso básico do Excel; contabilidade
básica; contabilidade de custos; estratégias de venda e promoção de produtos; uso de mídias
sociais para impulsionar vendas; organização do tempo e motivação e resposta em tempos de
crise. As oficinas tiveram duração de uma hora e meia por um período de 15 dias, nas quais os
alunos visitaram os empreendedores para orientar o uso das novas ferramentas aprendidas.
A secretaria do município mantém um cadastro aproximado de 80
microempreendedores, mas em 2021 apenas um grupo de 22 pessoas se inscreveu na chamada
para participar do programa e ter a possibilidade de acessar o microcrédito oferecido pelo
município. Dos 22 empreendedores que se inscreveram, apenas 19 preencheram a
documentação necessária para acessar um microcrédito, enquanto apenas 12 concluíram o
programa de capacitação, receberam o certificado final do programa e participaram deste
estudo.
Uma vez coletados e filtrados os dados, foram realizadas análises quantitativas e
qualitativas. O perfil dos empreendedores pesquisados foi composto por 75% de mulheres e
25% de homens, com idade média de 40 anos (Mín-Máx: 13-62). Os empreendimentos foram
classificados em cinco categorias: gastronomia (58%), artesanato (8%), infantil (8%),
jardinagem (8%) e têxtil (8%). Dos empreendimentos analisados, 42% tinham menos de sete
meses desde o início, 17% estavam no intervalo de sete a 13 meses e 41% já tinham mais de 28
meses de existência.
Conforme relatado pelo responsável do programa municipal na área de ação social, os
empreendedores são categorizados em três grupos: (a) empreendedor “changarín”, que busca o
empreendedorismo como uma fonte de renda adicional, não como sua principal subsistência,
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perspectiva do empreendedorismo
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(b) microempreendedor, cujo empreendimento é a principal fonte de sustento da família e
frequentemente solicita microcrédito, e (c) PME (Pequenas e Médias Empresas), que
geralmente não participam de treinamentos devido à percepção de que estão em um estágio
mais avançado de suas atividades.
Para avaliar a consistência interna dos itens em cada dimensão, foi calculado o
coeficiente alfa de Cronbach, e os resultados estão apresentados na Tabela 1. A maioria das
dimensões obteve valores superiores a 0,7, demonstrando uma consistência interna satisfatória.
No entanto, as dimensões (a) preparo prévio ao curso de extensão universitária, (c) docentes do
programa de extensão e (h) percepção global do programa de extensão apresentaram valores
abaixo de 0,7. Embora esses valores estejam ligeiramente abaixo do limite aceitável para esse
coeficiente, é possível supor que um aumento no tamanho da amostra poderia aumentar a
confiabilidade dessas dimensões.
A análise estatística descritiva dos dados quantitativos possibilitou a identificação das
tendências nas percepções tanto dos empresários quanto dos estudantes que participaram do
programa. Por outro lado, a análise de conteúdo dos dados qualitativos expandiu o panorama
da pesquisa, fornecendo informações relevantes sobre a realidade estudada e contribuindo para
o alcance dos objetivos da pesquisa.
Como pode ser observado na Tabela 1, na primeira dimensão verificou-se que o preparo
prévio ao curso de extensão obteve escore nimo 2. No entanto, como a média foi de 4.11,
observa-se que essa dimensão foi positivamente ponderada com desvio de 0,9.
Tabela 1 Estatística Descritiva das Dimensões de Percepção do Impacto do Programa de
Extensão para Empreendedores
Dimensões
Mínimo
Máximo
Mídia (M)
Desvio padrão
(S)
Alpha de
Cronbach α
Pré-Preparo
2,00
5,00
4,11
,90267
,657
Objetivos
3,71
5,00
4,59
,43001
,866
Instrutores
4,00
5,00
4,55
,34329
,609
Duração
3,50
5,00
4,33
,54703
,814
Intenção
3,67
5,00
4,72
,44571
,814
Eficácia
4,00
5,00
4,61
,44571
,725
Disponibilidade
3,67
5,00
4,69
,45965
,825
Percepção Global
3,67
5,00
4,52
,43712
,661
Expectativa
4,00
5,00
4,80
,38817
,939
Produtividade
3,00
5,00
4,13
,61065
,853
Fonte: Elaboração própria com o uso do Sphinx IQ2.
Por outro lado, as dimensões cuja nota nima foi igual a 4 revelaram-se (a) instrutores
do programa, (b) autoeficácia do empreendedor e (c) expectativa de resultados. As médias
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obtidas nessas dimensões foram superiores a 4.5, com desvios que não ultrapassaram 0.45,
enquanto a dimensão correspondente à expectativa de resultados apresentou a maior média de
4.8.
Como observações gerais, deve-se destacar que as avaliações dos empreendedores
foram superiores à pontuação mínima de um (Discordo totalmente) em todas as dimensões,
enquanto em todas elas foram alcançadas classificações máximas de cinco (Concordo
totalmente). A média de cada dimensão foi maior que quatro, associada a desvios menores que
um, podendo-se inferir que o impacto do programa, percebido pelos empreendedores, foi
satisfatório.
Os dados qualitativos coletados nos três grupos (empresários, estudantes e gestor) foram
analisados a partir das dez categorias preestabelecidas no instrumento quantitativamente
operado (abordagem dedutiva). O método utilizado foi a análise de conteúdo, em que as
informações dos grupos focais e da entrevista foram transcritas e codificadas por meio das
unidades de registros escolhidas: o tema (enunciado sobre um tema, uma frase ou uma frase
composta) e o caráter informante (empresários, estudantes ou gestor), a fim de compreender a
opinião, valores, crenças ou atitudes ligadas a categorias (Bardin, 2011). Na codificação dos
dados qualitativos, foram apresentadas 919 palavras (Corpus) e 428 palavras diferentes
(Léxico), sendo a mais citada empreendedora com frequência de 133, como pode ser
observado na Figura 1.
Figura 1 Nuvem de palavras com opinião geral sobre programa de extensão
Fonte: Elaboração própria com o uso do Sphinx IQ2
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perspectiva do empreendedorismo
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A codificação dos dados qualitativos permitiu identificar que, entre os três grupos
compostos por empreendedores, estudantes e o gestor, a percepção geral do programa foi
associada a quatro categorias de sentimentos (negativo, compartilhado, positivo e sem opinião).
O uso do software Le Sphinx IQ2, revelou uma distribuição de 67% de respostas positivas e
33% de respostas negativas. Esses dados contrastam com a percepção geral dos
empreendedores, que obtiveram, em uma escala de um a cinco, uma média de satisfação com o
programa de 4.52. Os resultados indicam que alguns membros dos grupos envolvidos no
programa não atenderam às suas expectativas.
Para compreender e explicar o comportamento dos dados apresentados, utilizou-se a
triangulação (Kelle, 2001), combinando as informações obtidas na pesquisa, bem como nos
grupos focais e na entrevista. Na categoria preparo prévio à extensão universitária, os dados
quantitativos da pesquisa aplicada aos empreendedores apresentaram média de 4.11.
No entanto, alguns inicialmente desconheciam os objetivos do programa, como
registrado no grupo focal Comecei a me qualificar para o microcrédito e acabei gostando. O
gestor municipal disse que o trabalho feito nos últimos seis anos com os empresários locais
estava bem articulado no programa, embora tenha visto que no início foi difícil porque os
empresários não entendiam o papel dos alunos e às vezes também não entendiam. No início
do período de estudo, havia uma discrepância na percepção do preparo prévio ao programa
entre empresários e alunos, situação que foi corrigida à medida que se criava confiança entre
ambas as partes.
Em relação à dimensão de objetivos e conteúdos do programa (M=4,59 e S=0,430), os
empreendedores afirmaram que atendeu às expectativas, foi melhor do que esperávamos,
houve atendimento personalizado. O esforço é valorizado”. Mas, para os alunos, houve falta de
conexão e interesse por parte dos empreendedores em participar do programa: os
empreendedores não responderam às mensagens, foi perceptível que eles estavam mais
interessados no microcrédito e não viram o benefício que poderiam obter com o conhecimento
dos alunos. Tivemos até que ir de casa em casa para buscar compromisso dos empreendedores”.
Por sua vez, para o município, o objetivo do programa era o acompanhamento mais
especializado dos alunos nas necessidades dos empreendedores, um acompanhamento mais
rico, onde se procura fundamentar a teoria à realidade.
Na perspectiva dos instrutores do programa de extensão, o apoio prestado pelos alunos,
na elaboração da carteira de acesso ao microcrédito, é essencial, uma vez que eles também
aprendem o procedimento. A disposição, dedicação e boa vontade dos alunos é reconhecida.
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Quanto à duração do programa de extensão, os empresários expressam a opinião de que o
tempo é curto para abordar todos os conteúdos, enquanto os alunos declaram que estão muito
ocupados no último semestre. O responsável do município observa que sempre falta tempo
para aprofundar em alguns temas ou explorar outros. As diferentes percepções apontam para
a necessidade de revisão dos conteúdos e do cronograma de atividades.
Nas dimensões relacionadas à intenção de aplicação dos conteúdos do programa de
extensão, à autoeficácia percebida a partir do programa de extensão, à disponibilidade de fatores
produtivos no empreendedorismo e à produtividade resultante, não foram identificadas
discrepâncias significativas entre os participantes, uma vez que, em geral, essas dimensões se
baseiam nas autopercepções dos empreendedores e de seus empreendimentos. No entanto, nas
dimensões de percepção global do programa de extensão (M=4,52 e S=0,437) e expectativa de
resultados positivos do programa de extensão (M=4,80 e S=0,388), os dados qualitativos
revelam percepções divergentes, conforme evidenciado nas Tabelas 2 e 3.
Tabela 2 Percepção global do programa de extensão
Entrevistado
Texto
Empresários
Temos notado uma mudança como empreendedores, mas também a nível pessoal.
Impacto: reflexão, motivação, aprendizagem, autoconfiança, orientação, organização,
positivo”.
Estudantes
Não me parece que esse projeto esteja no último semestre da graduação, pois eles
estão muito carregados com a tese e esse programa demanda tempo”.
Gestor Municipal
Para o próximo ano, o objetivo é dividir o curso em dois níveis, um básico e outro
mais avançado, já que foi a observação mais recorrente dos empreendedores. Finalizar
uma plataforma virtual para empreendedores (atualmente estamos trabalhando com
um empreendedor). Tornar o programa mais conhecido”.
Fonte: Elaboração própria com o uso do Sphinx IQ2.
Tabela 3 Expectativa de resultados positivos do programa de extensão
Entrevistado
Texto
Empresários
Ajudou a ter mais fé no que você faz, começamos a dar valor ao produto antes do preço,
a confiança pessoal variava, existe uma diferença entre o meu produto e o da
concorrência, a qualidade é melhor e vale mais por ele. Aprendi que, mesmo que seja
mais caro, não preciso comparar com os outros preços do mesmo produto, já que o meu
tem suas virtudes”.
Estudantes
No meu caso, nenhuma das expectativas foi atendida, pois quando escrevi para os
empreendedores, percebi que eles não estavam muito comprometidos e estavam
interessados apenas em obter o microcrédito. Eles também não colocaram vontade de se
reunir com os alunos e obter melhores conselhos. Aconteceu comigo e com meus
companheiros de equipe”.
Gestor Municipal
A meta foi efetivamente cumprida e as expectativas foram atendidas. Alguns
empresários se perderam porque não souberam articular.
Fonte: Elaboração própria com o uso do Sphinx IQ2.
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perspectiva do empreendedorismo
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Os resultados qualitativos são consistentes com a percepção de valor dos
empreendedores em relação ao programa, com o qual, muitas vezes, superaram suas
expectativas. Embora as percepções gerais tenham refletido uma tendência satisfatória (67%
positivas e 33% negativas), estima-se que a carga horária, a falta de tempo e outras demandas
dos alunos sobre a universidade podem ter sido parcialmente responsáveis pelo percentual de
percepções negativas sobre o programa. A estimativa do responsável pelo município coincidiu
com os fracassos do programa, embora as expectativas, e a percepção global, tenham sido
altamente satisfatórias, gerando um espaço para futuros trabalhos conjuntos entre a
universidade e o município.
Discussão e conclusões
Levando-se em consideração que a primeira dimensão Preparação prévia ao curso de
extensão universitária foi a que obteve a menor avaliação, vale ressaltar que, no grupo focal,
os empresários manifestaram desconhecimento da finalidade do programa. No início, alguns
compareceram apenas como parte de uma exigência para obter microcrédito ou simplesmente
não tinham expectativas sobre o que o programa poderia proporcionar.
Também é importante mencionar que das dimensões que obtiveram maior nota
(instrutores do programa, autoeficácia empreendedora e expectativa de resultados), o grupo
focal os empreendedores mencionaram sua satisfação com o acompanhamento recebido dos
alunos e com a capacitação e motivação oferecidas. Isso confirma a pontuação obtida nas
dimensões, uma vez que os estudantes estimularam o desenvolvimento da autoeficácia
percebida nos empreendedores, o que cria expectativas e ferramentas para seus futuros
empreendimentos.
A entrevista realizada com o representante municipal revelou que existem mais de 80
empreendimentos cadastrados no município, mas apenas cerca de 20 deles estão participando
dos diversos programas oferecidos pelo município. O setor de empreendedorismo do município
local, que está ligado ao desenvolvimento social, promove o contato com pessoas interessadas
em empreender e as convida a se juntar ao clube de empreendedores. A falta de divulgação
adequada dessa iniciativa pode ser a razão subjacente para a baixa participação no programa.
Chama a atenção o fato de que mais de 75% dos empreendedores que participam do
programa são mulheres. Ainda que se possa conjecturar que a causa dessa realidade esteja
relacionada ao fato de que, em geral, as mulheres são as principais responsáveis pelo sustento
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de seus filhos ou que podem enfrentar maiores dificuldades para se inserir no mercado de
trabalho, é considerável a importância de realizar pesquisas futuras que forneçam informações
confiáveis sobre o comportamento desse fenômeno. Tais pesquisas podem contribuir para
abordar questões que fortaleçam a experiência empreendedora das mulheres, promovendo
temas como empoderamento feminino, protagonismo comunitário e empreendedorismo
familiar.
Ao mesmo tempo, um dos maiores problemas percebidos era a falta de correspondência
e entendimento entre empresários e estudantes. Os empreendedores expressam limitações de
comunicação, causadas pelo desconhecimento de suas próprias necessidades ou pela falta de
assertividade ao fazer perguntas de ajuda. Alguns alunos, por outro lado, participam do
programa apenas para cumprir um dos requisitos do curso e não como um serviço à
comunidade. Estudos como o de Losada et al. (2019), indicam que os alunos que participam de
um projeto de aprendizagem-serviço adquirem competências e habilidades cívico-sociais e
relacionais em maior grau, o que teria impacto não apenas em sua formação profissional, mas
também em sua vida pessoal.
Portanto, existe a necessidade de incorporar a aprendizagem em serviço como parte das
atividades curriculares em todos os cursos do ensino superior. Isso visa promover o
desenvolvimento abrangente dos estudantes e atender às demandas da comunidade.
Vale ressaltar que, ao preencher o instrumento, os participantes perceberam diferentes
falhas ocorridas em seus empreendimentos. Diante desse quadro, percebe-se a necessidade de
a universidade gerar capacitação nas áreas de contabilidade e gestão comercial voltada aos
empreendedores. Essas formações podem ser pensadas por meio da opção pedagógica a
distância ou híbrida, aproveitando os recursos disponíveis nas universidades, com o intuito de
capacitar empreendedores e aumentar as possibilidades de tornar seus projetos mais eficientes.
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Vinculação e transferência universitária na Argentina: Avaliação do impacto de um programa de extensão no desenvolvimento local na
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Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 7, n. 00, e023008, 2023. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15398 20
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Agradecemos aos membros do grupo de pesquisa em
empreendedorismo e desenvolvimento local, Dra. Marisa Tumino e Dr. Juan Bournissen.
Financiamento: Este trabalho foi financiado pelo Gabinete do Vice-Presidente de Pesquisa
e Desenvolvimento da Universidade Adventista del Plata.
Conflitos de interesses: Não há conflitos de interesse.
Aprovação Ética: O trabalho respeitou os critérios e normas éticas de pesquisa durante
toda a produção.
Disponibilidade de dados e material: Os dados e materiais utilizados no trabalho estão
disponíveis para acesso na Secretaria de Investigação da Faculdade de Ciências Econômicas
e a Administração da Universidade Adventista del Plata.
Contribuição dos autores: Todos os autores desta obra participaram na construção deste
estudo em todas as fases, desde a definição até a sua conclusão. A contribuição foi:
construção do marco teórico, construção do instrumento de coletados dados, pesquisa de
campo; coleta de dados; análise e interpretação dos dados; redação do texto final e
submissão do artigo ao referido periódico.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, versão e tradução.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 7, n. 00, e023008, 2023. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15398 1
VINCULACIÓN Y TRANSFERENCIA UNIVERSITARIA EN ARGENTINA:
EVALUACIÓN DEL IMPACTO DE UN PROGRAMA DE EXTENSIÓN EN EL
DESARROLLO LOCAL DESDE LA PERSPECTIVA DEL EMPRENDIMIENTO
VINCULAÇÃO E TRANSFERÊNCIA UNIVERSITÁRIA NA ARGENTINA:
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE UM PROGRAMA DE EXTENSÃO NO
DESENVOLVIMENTO LOCAL NA PERSPECTIVA DO EMPREENDEDORISMO
LINKING AND TRANSFER UNIVERSITY IN ARGENTINA: EVALUATION OF THE
IMPACT OF AN EXTENSION PROGRAM ON LOCAL DEVELOPMENT FROM THE
PERSPECTIVE OF ENTREPRENEURSHIP
Ricardo Costa CAGGY1
e-mail: ricardo.caggy@uap.edu.ar
Aldana Ayen KIMEL2
e-mail: aldana.kimel@uap.edu.ar
Belén LEIVA3
e-mail: belen.leiva@uap.edu.ar
María Julia Gaioli BORGERT4
e-mail: maria.gaioli@uap.edu.ar
Cómo hacer referencia a este artículo:
CAGGY, R; KIMEL, A. A; LEIVA, B.; BORGERT, Maria
J. G. Vinculación y transferencia universitaria en Argentina:
Evaluación del impacto de un programa de extensión en el
desarrollo local desde la perspectiva del emprendimiento.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 7, n. 00,
e023008. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15398
| Presentado en: 17/10/2022
| Revisiones requeridas en: 06/06/2023
| Aprobado en: 30/07/2023
| Publicado en: 03/11/2023
Editores:
Profa. Dra. Célia Tanajura Machado
Profa. Dra. Kathia Marise Borges Sales
Profa. Dra. Rosângela da Luz Matos
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad Adventista del Plata, La Plata Argentina. Doutor em Administração (UFBA). Professor da Universidad del
Plata. Argentina.
2
Universidad Adventista del Plata, La Plata Argentina. Estudante da carrera de Contador Público (Facultad de Ciencias
Economicas y de la Administración - Universidad Adventista del Plata).
3
Universidad Adventista del Plata, La Plata Argentina. Estudante da carrera de Administracao (Facultad de Ciencias
Economicas y de la Administración - Universidad Adventista del Plata)
4
Universidad Adventista del Plata, La Plata Argentina. Estudante da carrera de Administracao (Facultad de Ciencias
Economicas y de la Administración - Universidad Adventista del Plata).
Vinculación y transferencia universitaria en Argentina: Evaluación del impacto de un programa de extensión en el desarrollo local desde la
perspectiva del emprendimiento
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 7, n. 00, e023008, 2023. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15398 2
RESUMEN: Las universidades desempeñan un rol fundamental en la formación y desarrollo
de la sociedad a través de la enseñanza, la investigación y la extensión universitaria. Este
estudio analizó el impacto de un programa de extensión en una universidad privada y
confesional en Argentina, centrado en el desarrollo del emprendimiento. Utilizando un enfoque
mixto, se adaptó el instrumento de evaluación de programas de Mora Batista (2018) para la
recopilación de datos, además de llevar a cabo entrevistas y grupos focales. Los resultados
indican una evaluación positiva del programa por parte de los participantes. Sin embargo, se
identificó la necesidad de alinear las expectativas de aprendizaje entre estudiantes y
emprendedores para optimizar el impacto en la comunidad. Dada la presencia significativa de
mujeres en el programa, se recomienda un enfoque futuro en el empoderamiento femenino.
Estos resultados resaltan la importancia de la extensión universitaria en el fomento del
emprendimiento y señalan oportunidades para actividades de vinculación entre universidades y
la comunidad.
PALABRAS CLAVE: Emprendimiento. Extensión universitaria. Capacitación. Impacto.
Desarrollo local.
RESUMO: As universidades desempenham um papel nevrálgico na formação e
desenvolvimento da sociedade através do ensino, pesquisa e extensão universitária. Este estudo
analisou o impacto de um programa de extensão em uma universidade privada e confessional
na Argentina, focado no desenvolvimento do empreendedorismo. Utilizando uma abordagem
mista, o instrumento de avaliação de programas de Mora Batista (2018) foi adaptado para a
coleta dos dados; além disso, foram realizadas entrevistas e grupos focais. Os resultados
indicam uma avaliação positiva do programa por parte dos participantes. No entanto,
identificou-se a necessidade de alinhar as expectativas de aprendizado entre alunos e
empreendedores para otimizar o impacto na comunidade. Dada a presença significativa de
mulheres no programa, é recomendado um enfoque futuro no empoderamento feminino. Esses
resultados destacam a importância da extensão universitária no fomento do empreendedorismo
e apontam para oportunidades de atividades de vinculação entre universidades e comunidade.
PALAVRAS-CHAVE: Empreendedorismo. Extensão universitária. Formação. Impacto.
Desenvolvimento local.
ABSTRACT: Universities play a crucial role in shaping and advancing society through
education, research, and university extension. This study examined the impact of an extension
program at a private, faith-based university in Argentina, specifically focusing on
entrepreneurship development. Employing a mixed-methods approach, the program evaluation
tool developed by Mora Batista (2018) was adapted for data collection, along with interviews
and focus groups. The results indicate an upbeat assessment of the program by the participants.
However, it was identified that there is a need to align learning expectations between students
and entrepreneurs to optimize the impact on the community. Given the significant presence of
women in the program, a future emphasis on female empowerment is recommended. These
findings underscore the importance of university extension in promoting entrepreneurship and
point to opportunities for collaborative activities between universities and the community.
KEYWORDS: Entrepreneurship. University extension. Training. Impact. Local development.
Ricardo Costa CAGGY; Aldana Ayelén KIMEL; Belén LEIVA y María Julia Gaioli BORGERT
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Introducción
Las universidades siempre tuvieron un rol fundamental en el desarrollo de la sociedad,
pero con el adviento de la tecnología y la sociedad del conocimiento, estas funciones fueron
intensificadas por la necesidad de innovación, creación y producción de soluciones para el
desarrollo sostenible de la sociedad. En este sentido, la creación de una relación más estrecha
entre diferentes actores sociales como en el caso de las universidades, gobierno (estado) y
empresarios, por ejemplo, ha generado modelos exitosos de ecosistemas para el desarrollo local,
con base en conocimiento, innovación y una cultura emprendedora.
Mason y Brown (2014) entienden el ecosistema emprendedor local como un conjunto
de actores interconectados, tanto existentes como potenciales, compuesto por organizaciones
empresariales (empresas, inversores, bancos), instituciones (universidades, organismos
públicos, organismos empresariales) y emprendedores, considerando variables como la tasa de
nacimientos de empresas, el número de empresas de alto crecimiento, las tasas de éxito
empresarial, la reproducción de emprendedores, la motivación para emprender y los niveles de
ambición empresarial. Esta conexión permite, formal e informalmente, mediar y gestionar el
rendimiento dentro del entorno emprendedor local.
En este sentido, las universidades se conciben como articuladoras entre los distintos
actores, con la posibilidad de ser generadora y/o incubadora de los proyectos emprendedores
de la región. Estas prácticas se han consolidado a lo largo de los años y han impulsado a
diferentes países a adoptar políticas públicas para apoyar el emprendimiento y la vinculación
con las universidades.
A partir de la observación de la situación presente en el mundo laboral y emprendedor,
sumado al reclamo social dirigido a las instituciones educacionales, se reconoce la necesidad
de profundizar el análisis del impacto de la vinculación de una universidad privada confesional
por medio de un programa de extensión para capacitar y apoyar el emprendimiento en una
localidad de Argentina.
En este sentido el estudio pretendió identificar los factores facilitadores y
obstaculizadores de un programa de extensión articulado con la municipalidad local, además
de conocer la percepción de los involucrados en las actividades y el nivel de impacto del
programa de capacitación mediante indicadores que reflejen el nivel de éxito del
emprendimiento.
Vinculación y transferencia universitaria en Argentina: Evaluación del impacto de un programa de extensión en el desarrollo local desde la
perspectiva del emprendimiento
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Marco teórico
Emprendedorismo
Guillén et al. (2014) sostienen que el emprendimiento es un fenómeno que consiste en
la gestión de conocimientos para su diseminación entre los actores políticos, económicos y
sociales a fin de promover el desarrollo sustentable de las generaciones futuras. Por otra parte,
Vásquez et al. (2019) proponen que el emprendimiento es el motor del cambio, y del
crecimiento económico, relacionado con las habilidades de quien emprende para generar
innovación.
Aguilar et al. (2016), en su investigación bibliográfica, plantean que quien lleva a cabo
un emprendimiento es el emprendedor, término que proviene del francés entrepreneur
(pionero), utilizado inicialmente para referirse a quienes se arriesgan a poner en marcha sus
ideas en un mundo de oportunidades, aun desconociendo la proyección en el campo de su
desempeño. Según los autores, para tener éxito es necesario que los emprendedores desarrollen
ciertas capacidades tales como flexibilidad, dinamismo, creatividad y empuje, entre otras, ya
que deben estar en condiciones de adaptarse a una realidad cambiante; siendo que el trabajo en
equipo suele ser un factor impulsor de proyectos, puesto que potencia las cualidades de cada
integrante.
La enseñanza de emprendimiento ha sido motivo de estudio en el mundo. Los primeros
cursos se basaban en el relato histórico de empresarios exitosos, aunque no brindaban las
herramientas necesarias para desarrollar emprendimientos. A lo largo de las últimas tres
décadas, las teorías asociadas al emprendedorismo han permitido crear modelos adaptables a
cada realidad. En los Estados Unidos, esta enseñanza ha despertado un creciente interés en los
programas de administración de las universidades, con el propósito de responder al nuevo
mercado de la enseñanza de emprender (Castillo, 1999).
Conjuntamente desarrollados estos conceptos, Isenberg (2010) señala que el ecosistema
emprendedor tiene tres factores clave: (a) masa crítica de emprendedores, empresas e
instituciones especializadas en datos locales, (b) una densa red de relaciones entre los actores y
(c) una cultura que reúne elementos alentadores. Como se advierte, el ecosistema descrito
incluye factores que involucran las funciones de las entidades que promueven relaciones e
incentivan el desarrollo de la cultura.
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Transferencia y Extensión Universitaria
Parte de la función social de las universidades hacia la comunidad, como impulsoras del
emprendedorismo, es la transferencia y producción de conocimiento (Nwosu, 2012). La
transferencia de conocimiento es entendida como un proceso que involucra dos acciones dadas
por la transmisión y la absorción (uso); siendo la transmisión el envío o presentación a un
receptor potencial ya sea una persona o grupos de ellas (Ariza et al., 2020).
A su vez, Romero Alonso et al. (2020) identifican tres factores para que los aprendizajes
sean realmente aplicados en el contexto: (a) los insumos de la formación (personas y
características del proceso formativo), (b) resultados del proceso formativo como tal y (c)
condiciones de transferencia del entorno de desempeño.
Según Rodríguez-Izquierdo (2020), en educación superior se están impulsando
metodologías activas que suponen una participación estudiantil no solo en su aprendizaje sino
también en el servicio; sin embargo, la falta de participación de los estudiantes es un problema
frecuente. Diversos trabajos ofrecen evidencias de la importancia de las metodologías activas
en la satisfacción y compromiso del alumnado con sus estudios, beneficios que podrían
obtenerse mediante el aprendizaje servicio, concebido como una propuesta educativa que
combina procesos de aprendizaje y de servicio a la comunidad en un único proyecto en el que
los participantes aprenden a la vez que atienden necesidades reales del entorno, con la finalidad
de mejorarlo (Gallardo, 2017). Es así como se estima recomendable impulsar el aprendizaje
servicio, en las instituciones de educación superior, con la intención de promover el
compromiso de los estudiantes con su formación académica y con la comunidad.
De las diferentes formas de transferencia que se implementan en las universidades, la
elegida por el programa evaluado en el presente trabajo ha sido la capacitación a
emprendedores.
Capacitación
“La capacitación es una actividad educativa que coadyuva al desarrollo de las
capacidades humanas” (Francia, 2018, p. 4). La capacitación adquiere gran importancia ya que
es un proceso formativo, sistemático y continuo que permite al individuo crecer como
profesional, en la medida que adquiere y transfiere conocimientos, y desarrolla habilidades y
competencias que posibilitan su crecimiento integral, mientras responda a las necesidades de la
organización.
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Según Castillo (1999), existen tres herramientas que han resultado exitosas en los
programas de capacitación para emprendedores, incluyendo (a) la elaboración de un plan de
empresas, traducido en un mapa del camino a seguir desde el inicio hasta la meta fijada, (b) el
contacto con la realidad y la interpretación de ésta, mediante la participación de los estudiantes
en proyectos de investigación o en actividades de extensión que involucren el trabajo con
emprendedores y su posterior análisis y (c) los casos o análisis de situaciones para ilustrar una
situación particular y la toma de decisiones.
Reyes et al. (2017) abordaron un estudio cuyos objetivos se centraron en el análisis del
impacto de un programa de apoyo para emprendedores (Fonaes) en desarrollos empresariales,
y en la propuesta de alternativas para disminuir los grupos o personas que cierran sus negocios
por falta de capacidad administrativa. Los resultados mostraron que los beneficiados de los
apoyos aplicaron el aprendizaje obtenido y reconocieron la contribución a su capacitación
empresarial como parte importante para el funcionamiento y operación de sus empresas.
Diferentes autores enfatizan componentes fundamentales a contemplar en las
capacitaciones con el fin de alcanzar la consolidación de los emprendimientos. Para Moreno y
Escobar Cuervo (2015), esos componentes estarían representados por contenidos orientados
hacia la administración y la contabilidad. Aldana Tarazona (2020) destaca la gestión comercial,
dado que la escuela de negocios ESAN indica que “la pequeña empresa nace y crece gracias al
esfuerzo y dedicación del emprendedor. Sin embargo, en un momento competitivo esta
fortaleza no es suficiente, se requieren habilidades y herramientas de gestión empresarial que
aceleren el proceso de crecimiento y consolidación del negocio” (Aldana Tarazona, 2020, p.
17). Ante esta situación, se advierte la necesidad de adquirir nuevas técnicas y herramientas que
promuevan el desarrollo de la gestión comercial dentro de una empresa, debido a que esta
representa la conexión con el exterior. La gestión comercial es la encargada de poner en marcha
estrategias y técnicas para llevar a cabo lo planeado en empresas dedicadas a ofrecer servicios
o vender productos.
Otra herramienta imperante para que un emprendimiento sea exitoso es un buen manejo
de las finanzas. Cumbicus Vélez (2020), en su análisis del estado actual de los emprendimientos
atendidos por la carrera de Contabilidad y Auditoría de la PUCESE, señala que los
emprendedores identificaron como principal debilidad la falta de conocimientos
administrativos y contables, añadiendo que tienden a confundir la economía familiar o
individual con la rentabilidad del negocio, por lo que la capacitación en este sentido resulta
esencial. De acuerdo con Pizarro et al. (2020), llevar una buena contabilidad les permitirá a los
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emprendedores determinar costos de producción y venta, dependiendo del giro de la empresa,
pudiendo obtener mejores resultados. De esta forma tendrán información más precisa y
adecuada para la toma de decisiones de las distintas tareas desarrolladas en su emprendimiento,
logrando un mejor control administrativo.
Dado que las capacitaciones persiguen fines asociados a beneficios reportados a los
emprendimientos, la evaluación de los resultados cobra un sentido trascendente para los
interesados.
Evaluación de impacto
Evaluar el impacto no es una tarea sencilla, pero sumamente necesaria ya que de esta
forma se obtiene una retroalimentación de lo que se ha enseñado. Se entiende como impacto, el
cambio producido en una población, comparado con lo que habría sucedido si no se hubiera
intervenido en ella (García Sánchez; Cardozo Brum, 2017).
En una investigación vinculada a la evaluación del impacto de las capacitaciones en las
organizaciones (Mora Batista, 2018), se muestra resultados satisfactorios ya que aumentaron la
satisfacción de los clientes, los niveles de ventas y de productividad, influenciado de forma
indirecta por la capacitación. Siendo que este tipo de transferencia se observa como un agente
de cambio y de productividad, resulta ser la vía que poseen las organizaciones para introducir
los conocimientos y habilidades que necesitan las personas, las organizaciones, y la sociedad,
para desarrollar su trabajo y mejorar su desempeño.
La evaluación del impacto permite conocer la efectividad y la utilidad de la capacitación
durante su ejecución. Por ello es necesario definir las orientaciones y el seguimiento que debe
darse a la capacitación para mejorar la calidad de las acciones futuras. Se debe asegurar
información de calidad y la evaluación debe ser sostenida en el tiempo, acompañando el proceso
y posteriores cambios surgidos de la capacitación (Triana; Medina, 2019).
Efectividad de los programas
La evaluación de los programas no debe ser unidimensional, sino que debe abordarse
desde un enfoque sistémico. Se puede medir la efectividad presente en los programas de
formación, o en las capacitaciones, mediante (a) el grado en que los conocimientos, habilidades
y actitudes enseñadas responden a una necesidad de los participantes y (b) la percepción del
aprendizaje de los contenidos, su correcta aplicación y la sostenibilidad en el tiempo (Francia,
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2018). La variación de productividad en el emprendimiento, luego del programa, también puede
corroborar la efectividad de los programas de vinculación.
Alcanzar la efectividad del programa también depende de la percepción de los
involucrados en el mismo. Ruiz de Maya y Grande Esteban (2006) sostienen que “la percepción
puede entenderse como un proceso de captación y evaluación de estímulos procedentes del
exterior, seleccionados y organizados, y que permiten comprender el mundo que nos rodea”
(Ruiz de Maya; Grande Esteban, 2006, p. 25), por lo que se convierte en una forma de evaluar
los programas desde una mirada interna.
El proceso de evaluación de los programas y actividades, que tienen como propósito
capacitar y mejorar la actividad emprendedora en el entorno, es fundamental para identificar
las fortalezas y conocer si la transferencia de conocimientos, aportado por la universidad a la
sociedad, atiende las necesidades y expectativas de los involucrados.
Metodología
El trabajo consistió en un estudio de caso único como estratégica de investigación,
donde no se pretende lograr la generalización de los hallazgos, pero la comprensión del
fenómeno investigado en su contexto, de acuerdo con Yin (2005).
El estudio fue abordado desde un enfoque mixto, donde tanto los datos cuantitativos
como cualitativos cobran un papel relevante. Como lo señala Pereira Pérez (2011), el
planteamiento de un diseño mixto permite una aproximación a temáticas de estudio,
especialmente cuando se tiene la intención de conceder voz a los participantes, es decir, cuando
no solo se buscan datos numéricos, sino también la visión del participante. Se utilizó la
triangulación de los datos para lograr una mayor comprensión del objeto de estudio. La
triangulación puede ser entendida como un proceso de validación acumulativa (cuantitativo +
cualitativo) o como un medio de obtener un panorama más completo de los fenómenos
investigados (cuantitativo y cualitativo) (Kelle, 2001).
Instrumentos
La percepción de impacto del programa de extensión para emprendedores fue medida
mediante tres técnicas de recolección de datos (a) encuesta, (b) grupos focales y (c) entrevista,
todas administradas posteriormente a la implementación del programa. Las encuestas fueron
aplicadas a los emprendedores que participaron en el programa de extensión universitaria. Los
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dos grupos focales se desarrollaron con los emprendedores participantes del programa de
extensión y con los estudiantes que conformaban el equipo orientador del mismo. La entrevista
se llevó a cabo con el representante municipal del sector de emprendedores locales.
En principio, la encuesta fue producto de la adaptación de dos instrumentos utilizados
en diferentes investigaciones relacionadas con (a) la evaluación del impacto de la capacitación
en las organizaciones (Mora Batista, 2018) y (b) la medición de la capacidad emprendedora
(Gonzales Meza, 2018).
El proceso de adaptación del instrumento contempló el escenario donde se desplegaría
la presente investigación, proponiendo la eliminación de dimensiones e indicadores y la
modificación de otros de ellos. El instrumento de Mora Batista (2018) se distribuye en 20
dimensiones, de las cuales se adoptaron nueve, mientras que el instrumento de González Meza
(2018) presenta tres dimensiones, de las que se adoptaron indicadores que complementaban la
variable de interés con la dimensión de productividad, por lo que la versión planteada consta de
diez dimensiones.
Terminado el proceso de adaptación, la encuesta fue enviada a seis expertos en el área,
con el fin de obtener evidencias de validez del contenido en las dimensiones seleccionadas para
la investigación. En la primera etapa, los evaluadores propusieron modificaciones y el ajuste de
cada ítem con los conceptos involucrados en cada dimensión, los que fueron considerados para
la redacción de la segunda versión del instrumento, versión que fue sometida al juicio de los
expertos mediante la valoración de la claridad y pertinencia de cada ítem. Una vez obtenidas
las valoraciones de los expertos, en una escala de uno al cinco, donde el uno indica un nivel
mínimo del atributo mientras que el cinco indica un nivel máximo del mismo respecto de la
claridad y pertinencia de cada uno de los ítems de las diez dimensiones.
El objetivo de la valoración fue depurar los ítems y eliminar los menos representativos
a fin de obtener un instrumento validado, para lo que se procedió a verificar el grado de acuerdo
entre jueces mediante la V de Aiken (1980) como una de las técnicas que permite cuantificar la
claridad y pertinencia de cada ítem respecto de un dominio de contenido formulado por jueces.
Su valor oscila desde cero a uno, siendo el valor uno el indicativo de un acuerdo perfecto entre
los jueces. La interpretación del coeficiente se centra en la magnitud calculada y en el nivel de
significación estadística obtenido. Como criterio para mantener un ítem, se asumió que el índice
no fuera inferior a 0,80 (p<0,05). Luego de eliminar los ítems sugeridos por los índices de
Aiken, el instrumento, que utiliza una escala tipo Likert, de “Muy de acuerdo” a “Muy en
desacuerdo”, quedó conformado por las siguientes dimensiones: (a) preparación previa al
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perspectiva del emprendimiento
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programa de extensión universitaria con tres ítems, (b) objetivos y contenidos del programa de
extensión con siete ítems, (c) instructores del programa de extensión con seis ítems, (d) duración
del programa de extensión con cuatro ítems, (e) intención de aplicar los contenidos del
programa de extensión con tres ítems, (f) autoeficacia a partir del programa de extensión con
tres ítems, (g) disponibilidad de factores productivos en el emprendimiento con tres ítems, (h)
percepción global del programa de extensión con tres ítems, (i) expectativa de resultados
positivos del programa de extensión con tres ítems y (j) productividad resultante con tres ítems.
Por su parte, tanto los grupos focales como la entrevista fueron realizadas por medio de
los moderadores a través de un guion de temas esenciales tendientes a cubrir el espectro
enunciado por las dimensiones abarcadas en la investigación. Dichas preguntas permitieron
abrir el diálogo y enriquecerlo con el surgimiento de nuevas preguntas derivadas de las
respuestas compartidas.
Procedimiento
La variable estudiada fue la percepción de impacto del programa de extensión para
emprendedores. Para ello se realizó un muestreo no probabilístico condicional, conformado por
dos grupos: el primero constituido con los 12 emprendedores participantes del programa de
extensión y el segundo con los 16 alumnos que integraron el equipo orientador que llevó a cabo
el programa, como parte del cumplimiento de los requisitos de la asignatura “Seminarios y
Práctica profesional” del último año de la carrera Licenciado en Administración. Asimismo, se
mantuvo una entrevista con el representante de la municipalidad encargado del sector de
emprendedores de la localidad, quien aportó información relevante para el estudio.
En una primera instancia, las encuestas fueron aplicadas en papel, a los 12
emprendedores participantes del programa, garantizando la confidencialidad y anonimato de
los datos relevados, previa firma del consentimiento informado. Los datos obtenidos se
tabularon y procesaron en el software Sphinx IQ2. Seguidamente, los emprendedores
conformaron un grupo focal, donde expusieron sus opiniones respecto al programa de
capacitación. Las respuestas fueron grabadas con el consentimiento de los participantes para su
posterior transcripción, depuración y análisis.
Posteriormente, se procedió a la conformación del grupo focal con los 16 alumnos
participantes del programa de extensión, utilizándose el mismo guion, construido en base a las
dimensiones de análisis ya establecidas. Las respuestas también fueron grabadas con el
consentimiento de los estudiantes para su posterior transcripción y análisis.
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Finalmente se mantuvo la entrevista con el representante del sector de emprendedores
en la municipalidad local, quien reportó información útil sobre su percepción del programa de
extensión universitaria, lo que permitió complementar la visualización de la realidad estudiada.
Resultados
El programa de extensión “Club de Emprendedores” fue llevado a cabo a lo largo de los
meses de agosto hasta noviembre del año 2021. El programa tiene como objetivo vincular los
estudiantes de la carrera de Administración, de la universidad estudiada, con un grupo de
emprendedores de su localidad, brindando capacitaciones y asesoramiento a
microemprendimientos o a personas que estén interesadas en emprender.
El programa se encuentra en su segunda edición y tiene como agente vinculador del
estado a la Secretaría de Desarrollo Social de la Municipalidad de dicha localidad. Los
emprendedores inscriptos en la municipalidad reciben informaciones, capacitaciones y
microcréditos como medios para impulsar el desarrollo de la economía local.
Las capacitaciones brindadas por los estudiantes contemplaron temáticas que fueron
elegidas entre emprendedores y estudiantes: liderazgo en microempresas; manejo básico de
Excel; contabilidad básica; contabilidad de costos; estrategias de venta y promoción de
productos; utilización de redes sociales para potenciar las ventas; organización del tiempo y
motivación y respuesta en tiempos de crisis. Los talleres tuvieron una duración de una hora y
media por un período de 15 días, en el que los estudiantes visitaban a los emprendedores para
brindar el asesoramiento con el uso de las nuevas herramientas aprendidas.
La secretaría del municipio mantiene un registro aproximado de 80 micro
emprendedores catastrados, pero en el año de 2021 sólo un grupo 22 personas se presentaron a
la convocatoria para participar del programa y tener la posibilidad de acceder al microcrédito
ofrecido por el municipio. De los 22 emprendedores que se han presentado, sólo 19 completaron
la documentación requerida para acceder a un microcrédito, mientras que sólo 12 finalizaron el
programa de capacitación, recibieron el certificado final del programa y participaron de este
estudio.
Una vez recolectados y depurados los datos, se procedió al análisis tanto cuantitativo
como cualitativo de los mismos. El perfil de los emprendedores encuestados estuvo compuesto
por 75% de mujeres y 25% de hombres, con un promedio de 40 años (Mín-Máx:13-62). Los
emprendimientos fueron clasificados en cinco rubros: gastronómico (58%), artesanía (8%),
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perspectiva del emprendimiento
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infantil (8%), jardinería (8%) y textil (8%). Un 42% de los emprendimientos tenían menos de
siete meses de tiempo transcurrido desde su inicio, mientras que 17% tenían entre siete y 13
meses y 41% superior a 28 meses.
De acuerdo con lo mencionado por el encargado del programa de la municipalidad,
desde el área de acción social, los emprendedores se clasifican en tres categorías: (a) el
emprendedor “changarín”, para quien el emprendimiento no es su medio de subsistencia, sino
que lo hace para obtener un ingreso adicional, (b) el micro emprendedor, quien sostiene el
emprendimiento como el único sustento de la familia y suele solicitar el microcrédito y (c) la
Pyme que en general no suele participar de las capacitaciones por suponer estar en un nivel más
avanzado de actividad.
Con la finalidad de conocer la consistencia interna de los ítems dentro de cada
dimensión, se obtuvo el coeficiente Alpha de Cronbach, cuyos valores superaron a 0.7, tal como
se muestra en la Tabla 1, exceptuando las dimensiones (a) preparación previa al programa de
extensión universitaria, (c) instructores del programa de extensión y (h) percepción global del
programa de extensión, con valores inferiores a 0.7. Si bien resultan ser valores poco inferiores
al valor mínimo aceptable para este coeficiente, puede suponerse que un mayor tamaño muestral
podría revelar su confiabilidad.
El análisis estadístico descriptivo de los datos cuantitativos permitió identificar la
tendencia de las percepciones, tanto de los emprendedores como de los estudiantes que
participaron en el programa, mientras que el análisis de contenido de los datos cualitativos
permitió ampliar el panorama, encontrar información relevante sobre la realidad estudiada y
responder a los objetivos de la investigación.
Como puede observarse en la Tabla 1, en la primera dimensión se encontró que la
preparación previa al programa de extensión obtuvo una puntuación mínima de 2. Sin embargo,
dado que la media fue de 4,11, se advierte que dicha dimensión ha sido ponderada
positivamente con una desviación de 0,9.
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Tabla 1 Estadísticos descriptivos de las dimensiones de percepción del impacto del
programa de extensión para emprendedores
Dimensiones
Mínimo
Máximo
Media
(M)
Desviación típica
(S)
Alpha de
Cronbach α
Preparación previa
2,00
5,00
4,11
,90267
,657
Objetivos
3,71
5,00
4,59
,43001
,866
Instructores
4,00
5,00
4,55
,34329
,609
Duración
3,50
5,00
4,33
,54703
,814
Intención
3,67
5,00
4,72
,44571
,814
Autoeficacia
4,00
5,00
4,61
,44571
,725
Disponibilidad
3,67
5,00
4,69
,45965
,825
Percepción global
3,67
5,00
4,52
,43712
,661
Expectativa
4,00
5,00
4,80
,38817
,939
Productividad
3,00
5,00
4,13
,61065
,853
Fuente: Elaboración propria con el uso del Sphinx IQ2
Por otro lado, las dimensiones cuyas valoraciones mínimas fueron iguales a 4 resultaron
ser (a) instructores del programa, (b) autoeficacia del emprendedor y (c) expectativa de
resultados. Las medias obtenidas as en dichas dimensiones fueron superiores a 4,5, con
desviaciones que no superaron los 0,45, mientras que la dimensión correspondiente a
expectativa de resultados mostró la mayor media de 4,8.
Como observaciones generales cabe destacar que las calificaciones de los
emprendedores fueron superiores a la mínima puntuación de uno (Muy en desacuerdo) en todas
las dimensiones, mientras que en todas ellas se alcanzaron valoraciones máximas de cinco (Muy
de acuerdo). La media de cada dimensión fue mayor de cuatro, asociada a desviaciones menores
a uno, por lo que puede inferirse que el impacto del programa, percibido por los emprendedores,
fue satisfactorio.
Los datos cualitativos recopilados de los tres grupos (emprendedores, estudiantes y
gestor) se analizaron a partir de las diez categorías preestablecidas en el instrumento operado
cuantitativamente (enfoque deductivo). El método utilizado fue el análisis de contenido, donde
las informaciones de los grupos focales y de la entrevista fueron transcriptas y codificadas por
medio de las unidades de registros elegidas: el tema (enunciado sobre un tema, una oración o
una oración compuesta) y el personaje informante (emprendedores, estudiantes o gestor), a fin
de comprender la opinión, los valores, las creencias o las actitudes vinculadas a las categorías
(Bardin, 2011). En la codificación de los datos cualitativos se presentaron 919 palabras
(Corpus), 428 palabras diferentes (Léxico), siendo la más citada “emprendedor” con una
frecuencia de 133, tal como se puede apreciar en la Figura 1.
Vinculación y transferencia universitaria en Argentina: Evaluación del impacto de un programa de extensión en el desarrollo local desde la
perspectiva del emprendimiento
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Figura 1 Nube de palabras con la opinión general en relación con programa de extensión
Fuente: Elaboración propria con el uso del Sphinx IQ2
Con la codificación de los datos cualitativos fue posible identificar que, entre los tres
grupos conformados por emprendedores, estudiantes y gestor, la percepción general del
programa, asociando las unidades de registros con cuatro categorías de sentimiento (negativa,
compartida, positivo y sin opinión) mediante el software Le Sphinx IQ2, reveló una distribución
de 67% positivo y 33% negativo. Estos datos contrastan con la percepción global de los
emprendedores que obtuvo, de una escala de uno al cinco, una media de satisfacción con el
programa de 4,52. Los resultados indican que algunos miembros de los grupos de involucrados
en el programa no alcanzaron sus expectativas.
Con la intención de comprender y explicar el comportamiento de los datos presentados,
fue utilizada la triangulación (Kelle, 2001) mediante la combinación de la información obtenida
tanto de la encuesta como de los grupos focales y entrevista. En la categoría preparación previa
al programa de extensión universitaria, los datos cuantitativos de la encuesta administrada a los
emprendedores presentaron una media de 4,11; sin embargo, algunos desconocían inicialmente
los objetivos del programa, tal como fue registrado en el grupo focal empecé para cumplir los
requisitos del microcrédito y terminó gustándome”. El encargado municipal manifestó que el
trabajo realizado en los últimos seis años con los emprendedores locales ya estaba bien
articulado en el programa, aunque veía que “al principio costó porque los emprendedores no
entendían la función de los estudiantes y a veces ellos tampoco la entendían”. Al inicio del
período de estudio se presentó una discordancia de percepción de la preparación previa al
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programa entre emprendedores y estudiantes, situación que fue enmendada a medida que se fue
creando confianza entre ambas partes.
En relación con la dimensión objetivos y contenidos del programa (M=4,59 y S=0,430)
los emprendedores manifestaron que “cumplió las expectativas, fue mejor de lo que
esperábamos, hubo ayuda personalizada. Se valora el esfuerzo.” Pero, para los estudiantes
faltaba vinculación e interés de los emprendedores en participar del programa “los
emprendedores no respondían los mensajes, se notaba que estaban más interesados en el
microcrédito y no veían el beneficio que podían obtener de los conocimientos de los alumnos.
Incluso tuvimos que ir casa por casa para buscar el compromiso de los emprendedores”. Por su
parte para la municipalidad el objetivo del programa fue el “acompañamiento más especializado
de los estudiantes en las necesidades de los emprendedores, un acompañamiento más rico,
donde se busca aterrizar la teoría a la realidad”.
Desde la perspectiva de los instructores del programa de extensión, el apoyo que brindan
los estudiantes, en la preparación de la carpeta de acceso al microcrédito, es fundamental puesto
que ellos también aprenden el procedimiento. Se reconoce la “buena disposición, dedicación y
buena voluntad de los estudiantes”. En relación con la duración del programa de extensión, los
emprendedores mencionan que “el tiempo es poco para los contenidos”, mientras que los
estudiantes declaran “estamos muy cargados en el último cuatrimestre” y para el encargado del
municipio “siempre falta tiempo para profundizar algunos temas o ver otros”. Las distintas
percepciones señalan una necesidad de revisión de los contenidos y del cronograma de
actividades.
En las dimensiones intención de aplicar los contenidos del programa de extensión,
autoeficacia percibida a partir del programa de extensión, disponibilidad de factores
productivos en el emprendimiento y productividad resultante, no hubo discordancias entre los
participantes puesto que en general son auto percepciones de los emprendedores y sus
emprendimientos. Sin embargo, en las dimensiones percepción global del programa de
extensión (M=4,52 y S=0,437) y expectativa de resultados positivos del programa de extensión
(M=4,80 y S=0,388), los datos cualitativos reflejan distintas percepciones tal como se ilustra
en la Tabla 2 y en la Tabla 3.
Vinculación y transferencia universitaria en Argentina: Evaluación del impacto de un programa de extensión en el desarrollo local desde la
perspectiva del emprendimiento
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Tabla 2 Percepción global del programa de extensión
Entrevistado
Texto
Emprendedores
“Hemos notado un cambio como emprendedores, pero también a nivel personal.
Impacto: reflexión, motivación, aprendizaje, confianza en uno mismo, orientación,
organización, positivo”.
Estudiantes
“No me parece que este proyecto se encuentre en el último cuatrimestre de la carrera
ya que se encuentran muy cargados con la tesis y este programa requiere tiempo”.
Encargado
Municipio
“Para el próximo año se busca dividir el curso en dos niveles, uno básico y otro más
avanzado ya que fue la observación más recurrente por parte de los emprendedores.
Terminar una plataforma virtual para los emprendedores (se está trabajando
actualmente con un emprendedor). Realizar una mayor difusión del programa”
Fuente: Elaboración propria con el uso del Sphinx IQ2
Tabla 3 Expectativa de resultados positivos del programa de extensión
Entrevistado
Texto
Emprendedores
“Ayudó a tener más fe en lo que uno hace, comenzamos a darle valor al producto antes
que el precio, varió la confianza personal, existe una diferencia entre mi producto y el de
la competencia, la calidad es mejor y vale más por ello. Aprendí que por más que sea más
caro no tengo que comparar con los otros precios del mismo producto, ya que el mío tiene
sus virtudes”.
Estudiantes
“En mi caso no se cumplieron ninguna de las expectativas, porque al escribirle a los
emprendedores percibía que no estaban muy comprometidos y solo estaban interesados
en obtener el microcrédito. Tampoco pusieron voluntad para juntarse con los estudiantes
y recibir un mejor asesoramiento. Me paso a mí y a mis compañeros”.
Encargado
Municipio
“El objetivo fue efectivamente cumplido, y las expectativas fueron logradas. Se perdieron
algunos emprendedores porque no se supo articular”
Fuente: Elaboración propria con el uso del Sphinx IQ2
Los resultados cualitativos coadunan con la percepción de valor de los emprendedores
respecto del programa, con el que muchas veces superaron sus expectativas. Si bien las
percepciones generales reflejaron una tendencia satisfactoria (67% positivo y 33% negativo),
se estima que la carga de actividades de los estudiantes, la falta de tiempo y otras demandas de
la universidad podrían haber sido, en parte, las responsables del porcentaje de percepción
negativa del programa. La estimación del encargado del municipio coincidió con los fallos del
programa, si bien las expectativas, y la percepción global, fue altamente satisfactoria, generando
un espacio para futuros trabajos mancomunados entre universidad y municipalidad.
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Discusión y conclusiones
Teniendo en cuenta que la primera dimensión “Preparación previa al programa de
extensión universitaria” fue la que obtuvo menor valoración, cabe mencionar que, en el grupo
focal, los emprendedores manifestaron desconocimiento del propósito del programa. Al
principio algunos asistían sólo como parte de un requisito para obtener el microcrédito o
simplemente no tenían expectativa alguna respecto de lo que el programa podría brindarles.
También es importante mencionar que de las dimensiones que tuvieron más alta
valoración (instructores del programa, autoeficacia del emprendedor y expectativa de
resultados), en el grupo focal los emprendedores mencionaron su satisfacción por el
acompañamiento recibido de parte de los estudiantes y por las capacitaciones y la motivación
que los mismos ofrecieron. Lo expresado permite confirmar la puntuación obtenida en las
dimensiones, ya que los estudiantes impulsaron en los emprendedores el desarrollo de la
autoeficacia percibida, lo que crea expectativas y herramientas para sus futuros
emprendimientos.
A partir de la entrevista mantenida con el representante municipal, se informó la
existencia de más de 80 emprendimientos inscritos en la localidad, de los cuales sólo alrededor
de 20 se encuentran participando de los diferentes programas que brinda la municipalidad. El
sector de emprendedores de la municipalidad local se encuentra a cargo del desarrollo social,
lo que propicia el contacto con los interesados en emprendimientos, quienes reciben la
invitación a participar en el club de emprendedores. Posiblemente la insuficiente difusión de
esta iniciativa sea la razón de la escasa asistencia al programa.
Llama la atención que más del 75% de los emprendedores asistentes al programa sean
mujeres. Si bien podría suponerse que la causa de esta realidad radique en que por lo general
son quienes se responsabilizan de sostener a sus hijos, o en que podrían encontrar mayores
dificultades en la inserción laboral, se estima relevante abordar futuras investigaciones que
ofrezcan información fidedigna relacionada con el comportamiento del fenómeno y que
contribuyan al abordaje de temáticas que refuercen la experiencia emprendedora de las mujeres,
tales como empoderamiento femenino, protagonismo comunitario y emprender en familia.
A su vez uno de los mayores problemas percibidos fue la falta de correspondencia y
entendimiento entre los emprendedores y los estudiantes. Los emprendedores expresan
limitaciones de comunicación, provocadas ya sea por el desconocimiento respecto de sus
propias necesidades o por la falta de asertividad al formular preguntas para recibir ayuda.
Algunos estudiantes, por su parte, participan en el programa solo por cumplir con uno de los
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requisitos de la asignatura y no como un servicio a la comunidad. Estudios como el de Losada
et al. (2019), indican que los alumnos que participan en un proyecto de aprendizaje-servicio,
adquieren en mayor medida competencias y habilidades cívico-sociales, y relacionales, que
supondrían un impacto no sólo en su formación profesional, sino también en su vida personal.
Es por ello por lo que se advierte la necesidad de incluir el aprendizaje servicio como
actividad curricular en todas las carreras de Educación Superior, a fin de promover el desarrollo
integral del estudiantado y atender a las necesidades de la comunidad.
Cabe mencionar que, al completar el instrumento, los asistentes advirtieron diferentes
fallos que se daban en sus emprendimientos. Dada esta situación se percibe la necesidad de que
desde la universidad se generen capacitaciones en los rubros de contabilidad y gestión
comercial dirigido a los emprendedores. Estas capacitaciones pueden diseñarse mediante la
opción pedagógica a distancia o híbrida, aprovechando los recursos disponibles en las
universidades, con la intención de formar a los emprendedores e incrementar las posibilidades
de eficientizar sus proyectos.
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CRediT Author Statement
Reconocimientos: Queremos agradecer a los miembros del grupo de investigación sobre
emprendimiento y desarrollo local. Dra. Marisa Tumino y Dr. Juan Bournissen
Financiación: Este trabajo ha sido financiado por el Vicerrectorado de Investigación y
Desarrollo de la Universidad Adventista del Plata.
Conflictos de intereses: Sin conflictos de intereses;
Aprobación ética: El trabajo cumplió con los criterios y estándares éticos de la
investigación a lo largo de toda la producción.
Disponibilidad de datos y material: Los datos y materiales utilizados en el estudio están
disponibles para su acceso en la Secretaría de Investigación de la Facultad de Ciencias
Económicas y de Administración de la Universidad Adventista del Plata.
Contribuciones de los autores: Todos los autores de este trabajo participaron en la
construcción de este estudio en todas las fases, desde la definición hasta su finalización. La
contribución fue: construcción del marco teórico, construcción del instrumento de
recolección de datos, investigación de campo; recogida de datos; análisis e interpretación
de datos; Redacción del texto final y envío del artículo a la citada revista.
Procesamiento y edición: Editora Ibero-Americana de Educación.
Corrección y traducción.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 7, n. 00, e023008, 2023. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15398 1
LINKING AND TRANSFER UNIVERSITY IN ARGENTINA: EVALUATION OF
THE IMPACT OF AN EXTENSION PROGRAM ON LOCAL DEVELOPMENT
FROM THE PERSPECTIVE OF ENTREPRENEURSHIP
VINCULAÇÃO E TRANSFERÊNCIA UNIVERSITÁRIA NA ARGENTINA:
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE UM PROGRAMA DE EXTENSÃO NO
DESENVOLVIMENTO LOCAL NA PERSPECTIVA DO EMPREENDEDORISMO
VINCULACIÓN Y TRANSFERENCIA UNIVERSITARIA EN ARGENTINA:
EVALUACIÓN DEL IMPACTO DE UN PROGRAMA DE EXTENSIÓN EN EL
DESARROLLO LOCAL DESDE LA PERSPECTIVA DEL EMPRENDIMIENTO
Ricardo Costa CAGGY1
e-mail: ricardo.caggy@uap.edu.ar
Aldana Ayen KIMEL2
e-mail: aldana.kimel@uap.edu.ar
Belén LEIVA3
e-mail: belen.leiva@uap.edu.ar
María Julia Gaioli BORGERT4
e-mail: maria.gaioli@uap.edu.ar
How to reference this paper:
CAGGY, R; KIMEL, A. A; LEIVA, B.; BORGERT, Maria
J. G. Linking and transfer university in Argentina:
Evaluation of the impact of an extension program on local
development from the perspective of entrepreneurship.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 7, n. 00,
e023008. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15398
| Submitted: 17/10/2022
| Revisions required: 06/06/2023
| Approved: 30/07/2023
| Published: 03/11/2023
Editors:
Prof. Dr. Célia Tanajura Machado
Prof. Dr. Kathia Marise Borges Sales
Prof. Dr. Rosângela da Luz Matos
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Adventist University of the Plata, La Plata Argentina. Doctoral degree in Administration (UFBA). Professor at University
Adventista del Plata, Argentina.
2
Adventist University of the Plata, La Plata Argentina. Student pursuing a degree in Public Accounting (Faculty of Economics
and Management - Adventist University of the Plata).
3
Adventist University of the Plata, La Plata Argentina. Student pursuing a degree in Business Administration (Faculty of
Economics and Management - Adventist University of the Plata).
4
Adventist University of the Plata, La Plata Argentina. A student pursuing a degree in Business Administration (Faculty of
Economics and Administration - Adventist University of the Plata).
Linking and transfer university in Argentina: Evaluation of the impact of an extension program on local development from the perspective of
entrepreneurship
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 7, n. 00, e023008, 2023. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15398 2
ABSTRACT: Universities play a crucial role in shaping and advancing society through
education, research, and university extension. This study examined the impact of an extension
program at a private, faith-based university in Argentina, specifically focusing on
entrepreneurship development. Employing a mixed-methods approach, the program evaluation
tool developed by Mora Batista (2018) was adapted for data collection, along with interviews
and focus groups. The results indicate an upbeat assessment of the program by the participants.
However, it was identified that there is a need to align learning expectations between students
and entrepreneurs to optimize the impact on the community. Given the significant presence of
women in the program, a future emphasis on female empowerment is recommended. These
findings underscore the importance of university extension in promoting entrepreneurship and
point to opportunities for collaborative activities between universities and the community.
KEYWORDS: Entrepreneurship. University extension. Training. Impact. Local development.
RESUMO: As universidades desempenham um papel nevrálgico na formação e
desenvolvimento da sociedade através do ensino, pesquisa e extensão universitária. Este estudo
analisou o impacto de um programa de extensão em uma universidade privada e confessional
na Argentina, focado no desenvolvimento do empreendedorismo. Utilizando uma abordagem
mista, o instrumento de avaliação de programas de Mora Batista (2018) foi adaptado para a
coleta dos dados; além disso, foram realizadas entrevistas e grupos focais. Os resultados
indicam uma avaliação positiva do programa por parte dos participantes. No entanto,
identificou-se a necessidade de alinhar as expectativas de aprendizado entre alunos e
empreendedores para otimizar o impacto na comunidade. Dada a presença significativa de
mulheres no programa, é recomendado um enfoque futuro no empoderamento feminino. Esses
resultados destacam a importância da extensão universitária no fomento do empreendedorismo
e apontam para oportunidades de atividades de vinculação entre universidades e comunidade.
PALAVRAS-CHAVE: Empreendedorismo. Extensão universitária. Formação. Impacto.
Desenvolvimento local.
RESUMEN: Las universidades desempeñan un rol fundamental en la formación y desarrollo
de la sociedad a través de la enseñanza, la investigación y la extensión universitaria. Este
estudio analizó el impacto de un programa de extensión en una universidad privada y
confesional en Argentina, centrado en el desarrollo del emprendimiento. Utilizando un enfoque
mixto, se adaptó el instrumento de evaluación de programas de Mora Batista (2018) para la
recopilación de datos, además de llevar a cabo entrevistas y grupos focales. Los resultados
indican una evaluación positiva del programa por parte de los participantes. Sin embargo, se
identificó la necesidad de alinear las expectativas de aprendizaje entre estudiantes y
emprendedores para optimizar el impacto en la comunidad. Dada la presencia significativa de
mujeres en el programa, se recomienda un enfoque futuro en el empoderamiento femenino.
Estos resultados resaltan la importancia de la extensión universitaria en el fomento del
emprendimiento y señalan oportunidades para actividades de vinculación entre universidades
y la comunidad.
PALABRAS CLAVE: Emprendimiento. Extensión universitaria. Capacitación. Impacto.
Desarrollo local.
Ricardo Costa CAGGY; Aldana Ayelén KIMEL; Belén LEIVA and María Julia Gaioli BORGERT
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Introduction
Universities have always played a fundamental role in the development of society, but
with the advent of technology and the knowledge-based society, these functions have been
intensified by the need for innovation, creation, and the production of solutions for sustainable
societal development. In this regard, establishing a closer relationship between various social
actors such as universities, government (state), and entrepreneurs, for example, has given rise
to successful models of ecosystems for local development grounded in knowledge, innovation,
and entrepreneurial culture.
Mason and Brown (2014) conceptualize the local entrepreneurial ecosystem as a set of
interconnected actors, encompassing business organizations (companies, investors, banks),
institutions (universities, public bodies, business entities), and entrepreneurs while taking into
account variables such as the birth rate of companies, the number of high-growth companies,
business success rates, the proliferation of entrepreneurs, motivation for entrepreneurship, and
levels of entrepreneurial ambition. This network of connections enables the formal and informal
mediation and management of performance within the context of the local entrepreneurial
ecosystem.
In this sense, universities are conceived as facilitators between the different actors, with
the potential to generate and incubate business projects in the region. These practices have
solidified over the years and have led other countries to adopt public policies supporting
entrepreneurship and university collaboration.
Considering the current state of the world of work and entrepreneurship, coupled with
the social demand directed at educational institutions, there is a recognized need to deepen the
analysis of the impact of the connection between a private, faith-based university and a local
community in Argentina through an extension program focused on entrepreneurship training
and support.
In this context, the study aimed to identify the facilitators and barriers of an extension
program coordinated with the local municipality, as well as to understand the perceptions of
those involved in the activities and the level of impact of the training program through
indicators reflecting the level of entrepreneurial success.
Linking and transfer university in Argentina: Evaluation of the impact of an extension program on local development from the perspective of
entrepreneurship
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Theoretical Framework
Entrepreneurship
Guillén et al. (2014) argue that entrepreneurship is a phenomenon that involves the
management of knowledge for its dissemination among political, economic, and social actors,
intending to promote sustainable development for future generations. On the other hand,
Vásquez et al. (2019) propose that entrepreneurship is the engine of change and economic
growth, closely linked to the skills of those who commit to generating innovation.
Aguilar et al. (2016), in their literature review, state that the individual who undertakes
an entrepreneurial endeavor is the entrepreneur, a term derived from the French entrepreneur
(pioneer). Initially, it was used to refer to those who took risks to put their ideas into action in
a world of opportunities, even if they were unsure of the prospects in their field of operation.
As indicated by the authors, to achieve success, entrepreneurs need to acquire specific skills,
including flexibility, dynamism, creativity, and motivation, among others. These competencies
are crucial as entrepreneurs must be able to adapt to a constantly evolving environment.
Furthermore, teamwork often proves to be a critical factor in entrepreneurial projects, as it
amplifies the individual capacities of each group member.
The teaching of entrepreneurship has been the subject of study worldwide. Early courses
were based on the historical accounts of successful entrepreneurs, although they did not provide
the necessary tools to develop ventures. Over the past three decades, theories associated with
entrepreneurship have enabled the creation of models that can be adapted to each reality. In the
United States, there has been a growing interest in university management programs to meet
the demands of the new entrepreneurial education market (Castillo, 1999).
Developed collaboratively, Isenberg (2010) points out that the entrepreneurial
ecosystem comprises three fundamental factors: (a) a critical mass of entrepreneurs, businesses,
and specialized local institutions, (b) a dense network of relationships among actors, and (c) a
culture that encompasses encouraging elements. As observed, the described ecosystem includes
factors that involve the functions of entities that foster relationships and promote the
development of the culture.
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University Transfer and Extension
Part of the social role of universities concerning the community, as promoters of
entrepreneurship involves the transfer and production of knowledge (Nwosu, 2012).
Knowledge transfer is understood as a process that encompasses two actions: transmission and
absorption (utilization). Transmission is the sending or presentation to a potential recipient,
individual, or group (Ariza et al., 2020).
In turn, Romero Alonso et al. (2020) identifies three factors for genuine application of
learning in the context: (a) the inputs of training (individuals and characteristics of the training
process), (b) outcomes of the training process itself, and (c) conditions for the transfer to the
performance environment.
According to Rodríguez-Izquierdo (2020), in higher education, active methodologies
that involve student engagement not only in their learning but also in service are being
promoted. However, lack of student engagement is a common issue. Various studies provide
evidence of the importance of active methodologies in student satisfaction and commitment to
their studies. These benefits can be achieved by implementing service learning, conceived as
an educational approach that integrates learning processes with community service in a single
project. In this context, participants learn by addressing the real needs of the community to
enhance it (Gallardo, 2017). Therefore, it is advisable to promote service learning in higher
education institutions to increase student engagement in their academic education and actions
that benefit the community.
Among the various forms of knowledge transfer implemented in universities, the one
chosen by the program evaluated in this work has been entrepreneurship training.
Training
"Training is an educational activity that contributes to developing human capabilities"
(Francia, 2018, p. 4, our translation). Training plays a highly relevant role as it represents a
systematic and ongoing process of development that empowers individuals to progress as
professionals. This process involves the acquisition and transfer of knowledge, as well as the
result of skills and competencies that contribute to the holistic growth of the individual.
Furthermore, training is designed to meet the organization's needs.
According to Castillo (1999), three tools have been successful in entrepreneur training
programs, including (a) the creation of a business plan, translated into a roadmap from the
beginning to the established goal, (b) exposure to reality and its interpretation, through students'
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participation in research projects or extension activities involving working with entrepreneurs
and their development, and (c) case studies or the analysis of situations to illustrate a particular
scenario and decision-making.
Reyes et al. (2017) conducted a study to analyze the impact of an entrepreneur support
program (Fonaes) on business development and propose alternatives to reduce the number of
entrepreneurs or companies that cease their activities due to a lack of administrative capacity.
The results revealed that the program beneficiaries applied the knowledge acquired and
recognized its contribution to the development and operation of their businesses as a
fundamental part.
Various authors emphasize fundamental components to be considered in training
programs to achieve the consolidation of enterprises. According to Moreno and Escobar Cuervo
(2015), these components are represented by contents related to administration and accounting.
Aldana Tarazona (2020) emphasizes commercial management, as the ESAN Business School
indicates that "small businesses are born and grow thanks to the effort and dedication of the
entrepreneur. However, in a competitive environment, this strength is not enough; management
skills and tools are needed to accelerate the growth and consolidation of the business" (Aldana
Tarazona, 2020, p. 17, our translation). Given this context, there is a need to acquire new
techniques and tools that promote the development of commercial management within a
company, as it represents the connection with the outside world. Commercial management is
responsible for implementing strategies and techniques to execute what is planned in companies
dedicated to providing services or selling products.
Another essential tool for a successful enterprise is effective financial management.
Cumbicus Vélez (2020), in their analysis of the current state of enterprises served by the
Accounting and Auditing career at PUCESE, points out that entrepreneurs have identified the
lack of administrative and accounting knowledge as the main weakness. They tend to confuse
family or individual finances with the business's profitability, which is why training is essential.
According to Pizarro et al. (2020), maintaining proper accounting will enable entrepreneurs to
determine the production and sales costs, depending on the business sector. This, in turn, can
lead to better results. In this way, they will have more accurate and suitable information for
decision-making in various tasks within their enterprise, achieving better administrative
control.
Since training programs aim to achieve objectives related to the reported benefits for
companies, evaluating results becomes critically important for all parties involved.
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Impact Assessment
Assessing impact is not an easy task but is extremely necessary, as it provides feedback
on what has been taught. The effect is understood as the change produced in a population
compared to what would have happened if no intervention had occurred (García Sánchez;
Cardozo Brum, 2017).
In a study related to evaluating the impact of training in organizations (Mora Batista,
2018), the results proved to be satisfactory since there was an increase in customer satisfaction,
sales levels, and productivity, which were indirectly influenced by the training. This knowledge
transfer is considered an agent of change and improvement in productivity and represents
organizations' approach to providing the skills and abilities necessary for individuals,
businesses, and society to enhance their performance at work.
Impact assessment provides information about the effectiveness and utility of training
during its implementation. For this reason, it is necessary to define guidelines and follow-up to
be delivered to training programs to improve the quality of future actions. Quality information
must be ensured, and the evaluation should be sustained over time, monitoring the process and
subsequent changes resulting from the training (Triana; Medina, 2019).
Program Effectiveness
Program evaluation should not be one-dimensional but should be approached from a
systemic perspective. The effectiveness of training programs can be measured by (a) the extent
to which the knowledge, skills, and attitudes are taught to address the participants' needs and
(b) the perception of learning the content, its correct application, and sustainability over time
(Francia, 2018). The variation in productivity within the company after the program can also
corroborate the effectiveness of engagement programs.
The program's effectiveness also depends on the perception of those involved in the
program. Ruiz de Maya and Grande Esteban (2006) argue that "perception can be understood
as a process of capturing and evaluating stimuli from the outside, selected and organized,
allowing us to understand the world around us" (Ruiz de Maya; Grande Esteban, 2006, p. 25,
our translation), becoming a way to assess programs from an internal perspective.
The evaluation process of programs and activities aimed at empowering and enhancing
entrepreneurial activity in the environment is essential to identify strengths and determine if the
transfer of knowledge provided by the university to society meets the needs and expectations
of those involved.
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Methodology
The study consisted of a single-case study as a research strategy, where the intention is
not to achieve generalization of findings but to understand the investigated phenomenon within
its context, as per Yin (2005).
The study used a mixed-method approach, where quantitative and qualitative data play
a significant role. As Pereira Pérez (2011), points out, a mixed-method design allows for a focus
on study topics, especially when the aim is to give voice to participants, meaning not only
seeking numerical data but also the participant's perspective. Data triangulation was used to
gain a better understanding of the research object. Triangulation can be understood as a process
of cumulative validation (quantitative + qualitative) or as a means to obtain a more
comprehensive view of the investigated phenomena (quantitative and qualitative) (Kelle, 2001).
Instruments
The perception of the impact of the extension program for entrepreneurs was measured
through three data collection techniques: (a) surveys, (b) focus groups, and (c) interviews, all
administered after the implementation of the program. The surveys were conducted with
entrepreneurs who participated in the university extension program. The two focus groups were
worked with the entrepreneurs who participated in the extension program and the students who
comprised the program's mentoring team. The interview was conducted with the municipal
representative of the local entrepreneurship sector.
Initially, the survey resulted from the adaptation of two instruments used in different
related research: (a) the assessment of the impact of training in organizations (Mora Batista,
2018) and (b) the measurement of entrepreneurial capacity (Gonzales Meza, 2018).
The process of adapting the instrument took into account the context in which this
research would be applied, involving the exclusion of dimensions and indicators, as well as the
modification of some of them. The instrument developed by Mora Batista (2018) initially
covers 20 dimensions, of which nine were incorporated. In turn, the mechanism by González
Meza (2018) presents three sizes, from which indicators were selected to complement the
variable of interest with the dimension of productivity, resulting in the proposed version
comprising a total of ten dimensions.
After completing the adaptation process, the research was submitted to six experts in
the field to obtain evidence of content validity for the selected dimensions of the study. In the
first stage, the evaluators proposed modifications and adjustments for each item to align them
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with the concepts associated with each measurement. These modifications were considered in
creating the second version of the instrument, which was subjected to expert judgment
regarding the clarity and relevance of each item. Following the experts' evaluations, using a
scale from one to five, where one represents the minimum attribute level and five represents
the maximum attribute level, about the clarity and relevance of each item within the ten
dimensions.
The evaluation aimed to refine the items and eliminate the less representative ones to
obtain a validated instrument. The degree of agreement among the judges was verified using
Aiken's V (1980) as one of the techniques that allow for quantifying the clarity and relevance
of each item concerning a content domain formulated by the judges. Its value ranges from zero
to one, with a value of one indicating perfect agreement among the judges. The coefficient
interpretation focuses on the calculated magnitude and the level of statistical significance
obtained. As a criterion for retaining an item, it was assumed that the index should not be less
than 0.80 (p < 0.05).
After the elimination of items suggested by the Aiken indices, the instrument, which
uses a Likert-type scale ranging from "Strongly Agree" to "Strongly Disagree," was composed
of the following dimensions: (a) pre-training for the university extension program with three
items, (b) goals and program content for the extension program with seven items, (c) extension
instructors with six items, (d) duration of the extension program with four items, (e) intention
to apply the content of the extension program with three items, (f) self-efficacy regarding the
extension program with three items, (g) availability of productive factors in the enterprise with
three items, (h) overall perception of the extension program with three items, (i) expectations
of positive outcomes from the extension program with three items, and (j) resulting productivity
with three items.
On the other hand, both the focus groups and the interviews were conducted by
moderators using a script of essential topics designed to cover the spectrum outlined by the
dimensions addressed in the research. These questions opened the dialogue and enriched it with
the emergence of new questions derived from the shared responses.
Procedure
The variable studied was the perception of the impact of the extension program on
entrepreneurs. To do so, a non-probabilistic conditional sampling was conducted, consisting of
two groups: the first comprised the 12 entrepreneurs who participated in the extension program,
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and the second included the 16 students who made up the mentoring team that conducted the
program as part of the requirements for the "Seminars and Professional Practice" course in the
final year of the Bachelor of Administration. An interview was also conducted with the
municipal representative responsible for the local entrepreneurship sector, who provided
relevant information for the study.
Initially, the surveys were administered on paper to the 12 entrepreneurs participating
in the program, ensuring the confidentiality and anonymity of the collected data after obtaining
their informed and voluntary consent. The collected data were tabulated and processed using
Sphinx IQ2 software. Subsequently, the entrepreneurs formed a focus group in which they
shared their opinions about the training program. The responses were recorded with the
participant's consent for later transcription, refinement, and analysis.
Later, a focus group was formed with the 16 students who participated in the extension
program, using the same script constructed based on the established dimensions of analysis.
The students' responses were also recorded with consent for subsequent transcription and
analysis.
Finally, an interview was conducted with the representative of the local
entrepreneurship sector, during which valuable information related to their perception of the
university extension program was shared. This information contributed to a deeper
understanding of the analyzed context.
Results
The "Entrepreneurs Club" extension program was conducted from August to November
2021. The program aims to connect students of Administration at the university with a group
of entrepreneurs in their locality, providing training and guidance to micro-enterprises or
individuals interested in entrepreneurship.
The program is in its second edition and is coordinated by the Department of Social
Development of the respective municipality, acting as a government intermediary. Within the
program, entrepreneurs registered in the city have access to information, training programs, and
microcredit to promote the development of the local economy.
The training sessions delivered by the students covered topics chosen in collaboration
between entrepreneurs and students, including leadership in micro-enterprises, primary Excel
usage, basic accounting, cost accounting, sales strategies, product promotion, using social
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media to boost sales, time management, and responding to crises. The workshops lasted for one
and a half hours over a period of 15 days, during which the students visited the entrepreneurs
to guide the use of the new tools they had learned.
The municipality's office maintains an approximate registry of 80 micro-entrepreneurs,
but in 2021, only a group of 22 individuals applied to participate in the program and have the
opportunity to access the microcredit offered by the municipality. Out of the 22 entrepreneurs
who used, only 19 completed the necessary documentation to access microcredit, while only
12 successfully finished the training program, received the program's final certificate, and
participated in this study.
Once the data were collected and filtered, quantitative and qualitative analyses were
conducted. The profile of the surveyed entrepreneurs comprised 75% women and 25% men,
with an average age of 40 years (Min-Max: 13-62). The businesses were categorized into five
sectors: gastronomy (58%), crafts (8%), childcare (8%), gardening (8%), and textile (8%).
Among the analyzed enterprises, 42% had been in operation for less than seven months, 17%
were in the range of seven to 13 months, and 41% had been in existence for over 28 months.
As reported by the responsible party in the municipal program for social action, the
entrepreneurs are categorized into three groups: (a) changarín entrepreneur, who views
entrepreneurship as an additional source of income, not their primary livelihood; (b) micro-
entrepreneurs, whose business is the primary source of family sustenance and frequently seeks
microcredit; and (c) SMEs (Small and Medium-sized Enterprises), who generally do not
participate in training due to the perception that they are in a more advanced stage of their
activities.
To assess the internal consistency of items within each dimension, Cronbach's alpha
coefficient was calculated, and the results are presented in Table 1. Most dimensions obtained
values exceeding 0.7, indicating satisfactory internal consistency. However, measurements (a)
preparation before the university extension course, (c) program extension instructors, and (h)
overall perception of the extension program showed values below 0.7. While these values are
slightly below the acceptable threshold for this coefficient, it is possible to assume that an
increase in the sample size could enhance the reliability of these dimensions.
The descriptive statistical analysis of quantitative data allowed for the identification of
trends in the perceptions of both entrepreneurs and students who participated in the program.
On the other hand, the content analysis of qualitative data expanded the research landscape,
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providing relevant information about the studied reality and contributing to achieving the
research objectives.
As can be observed in Table 1, in the first dimension, it was found that the preparation
before the extension course had a minimum score of 2. However, with an average of 4.11, it is
evident that this dimension was positively weighted with a standard deviation of 0.9.
Table 1 Descriptive Statistics of Perception Dimensions for the Impact of the
Entrepreneurial Extension Program
Dimensions
Minimum
Maximum
Mean (M)
Standard
Deviation (S)
Cronbach's
Alpha α
Preparation
2,00
5,00
4,11
,90267
,657
Objectives
3,71
5,00
4,59
,43001
,866
Instructors
4,00
5,00
4,55
,34329
,609
Duration
3,50
5,00
4,33
,54703
,814
Intent
3,67
5,00
4,72
,44571
,814
Effectiveness
4,00
5,00
4,61
,44571
,725
Availability
3,67
5,00
4,69
,45965
,825
Global Perception
3,67
5,00
4,52
,43712
,661
Expectation
4,00
5,00
4,80
,38817
,939
Productivity
3,00
5,00
4,13
,61065
,853
Source: Author's elaboration using Sphinx IQ2
On the other hand, the dimensions with a minimum score equal to 4 were revealed to be
(a) program instructors, (b) entrepreneur's self-efficacy, and (c) outcome expectations. The
means obtained in these dimensions were above 4.5, with standard deviations not exceeding
0.45, while the measurement corresponding to outcome expectations had the highest mean of
4.8.
As general observations, the evaluations by the entrepreneurs exceeded the minimum
score of one (Strongly Disagree) in all dimensions, while they all achieved the maximum score
of five (Strongly Agree). The mean for each dimension was more significant than four, with
deviations less than one, suggesting that the impact of the program, as perceived by the
entrepreneurs, was satisfactory.
The qualitative data collected from the three groups (entrepreneurs, students, and the
manager) were analyzed based on the ten predefined categories in the quantitatively operated
instrument (deductive approach). The method used was content analysis, where the information
from the focus groups and interviews was transcribed and coded using selected recording units:
the theme (statement about an article, a sentence, or a compound sentence) and the informant
character (entrepreneurs, students, or the manager), to understand opinions, values, beliefs, or
attitudes related to categories (Bardin, 2011). In the coding of qualitative data, 919 words
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(Corpus) were presented, with 428 different words (Lexicon), with the most frequently
mentioned word being "entrepreneur," with a frequency of 133, as can be seen in Figure 1.
Figure 1 - Word Cloud with General Opinion about the Extension Program
Source: Author's elaboration using Sphinx IQ2
The qualitative data coding allowed for the identification that, among the three groups
of entrepreneurs, students, and the manager, the overall perception of the program was
associated with four categories of feelings (negative, shared, positive, and no opinion). The use
of the Le Sphinx IQ2 software revealed a distribution of 67% positive responses and 33%
negative responses. These data contrast with the overall perception of the entrepreneurs, who,
on a scale of one to five, obtained an average satisfaction rating of 4.52 with the program. The
results indicate that some members of the groups involved in the program did not meet their
expectations.
To comprehend and explain the behavior of the presented data, triangulation (Kelle,
2001), was employed, combining the information obtained in the research as well as in the focus
groups and the interview. In the preparation category before the university extension, the
quantitative data from the analysis applied to the entrepreneurs had an average of 4.11.
However, some initially were unaware of the program's objectives, as recorded in the
focus group, "I started to qualify for microcredit and ended up liking it." The municipal manager
mentioned that the work done with local entrepreneurs over the past six years was already well
integrated into the program, although he noted, "In the beginning, it was difficult because the
entrepreneurs didn't understand the role of the students and sometimes didn't understand." At
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the start of the study period, there was a discrepancy in the perception of preparation before the
program between entrepreneurs and students, a situation was corrected as trust was built
between both parties.
Regarding the dimension of program objectives and content (M=4.59 and S=0.430),
entrepreneurs stated that it "met expectations, was better than we expected, there was
personalized service. Effort is valued." However, for the students, there was a lack of
connection and interest on the part of the entrepreneurs in participating in the program:
"Entrepreneurs did not respond to messages; it was evident that they were more interested in
microcredit and did not see the benefit they could obtain from the student's knowledge. We
even had to go from house to house to secure commitments from the entrepreneurs." On the
other hand, for the municipality, the program's objective was "more specialized support for
students in meeting the needs of entrepreneurs, a richer support where theory is applied to
reality."
From the perspective of the extension program instructors, the support provided by the
students in creating access to microcredit portfolios is essential, as they also learn the process.
The "willingness, dedication, and goodwill of the students" is acknowledged. Regarding the
duration of the extension program, entrepreneurs express the opinion that "time is too short to
cover all the content," while students state that they are "swamped in the last semester." The
municipal manager notes that "there is always a shortage of time to delve into certain topics or
explore others." The different perceptions indicate the need to review the content and activity
schedule.
In the dimensions related to the intention to apply the content of the extension program,
perceived self-efficacy resulting from the extension program, the availability of productive
factors in entrepreneurship, and the resulting productivity, no significant discrepancies were
identified among the participants since these dimensions are generally based on the self-
perceptions of entrepreneurs and their businesses. However, in the dimensions of the overall
perception of the extension program (M=4.52 and S=0.437) and positive outcome expectations
from the extension program (M=4.80 and S=0.388), qualitative data reveal divergent
perceptions, as evidenced in Tables 2 and 3.
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Table 2 Overall Perception of the Extension Program
Interviewee
Text
Entrepreneurs
"We have noticed a change as entrepreneurs, but also on a personal level. Impact:
reflection, motivation, learning, self-confidence, guidance, organization, positive."
Students
"It doesn't seem to me that this project is in the final semester of the undergraduate
program because they are very loaded with the thesis, and this program demands
time."
Municipal Manager
"For the next year, the goal is to split the course into two levels, a basic one and a
more advanced one, as it was the most recurrent observation from the entrepreneurs.
To finalize a virtual platform for entrepreneurs (currently, we are working with one
entrepreneur). To make the program more widely known."
Source: Author's elaboration using Sphinx IQ2
Table 3 Expectation of Positive Program Extension Results
Interviewee
Text
Entrepreneurs
"It helped to have more faith in what you do; we began to value the product before the
price. Personal confidence varied; there is a difference between my product and the
competition's. The quality is better, and it's worth more. I learned that even if it's more
expensive, I don't need to compare it to the other prices for the same product since mine
has its virtues."
Students
"In my case, none of the expectations were met because when I wrote to the
entrepreneurs, I realized that they weren't very committed and were only interested in
getting microcredit. They also didn't put in the effort to meet with the students and get
better advice. It happened to me and my teammates."
Municipal Manager
"The goal was effectively achieved, and expectations were met. Some entrepreneurs got
lost because they didn't know how to articulate."
Source: Author's elaboration using Sphinx IQ2
The qualitative results are consistent with the entrepreneurs' perception of value
regarding the program, with which they often exceeded their expectations. Although the overall
perceptions have reflected a satisfactory trend (67% positive and 33% negative), it is estimated
that the workload, lack of time, and other demands on the university students may have been
partially responsible for the percentage of negative perceptions about the program. The
municipal manager's assessment coincided with the program's shortcomings, although the
expectations and overall perception were highly satisfactory, creating an opportunity for future
collaborative efforts between the university and the municipality.
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Discussion and Conclusions
Considering that the first dimension, "Preparation before university extension course,"
received the lowest evaluation, it's worth noting that in the focus group, entrepreneurs expressed
their lack of understanding about the program's purpose. Initially, some attended only as a
requirement to obtain microcredit, or they had no expectations about what the program could
provide.
It's also important to mention that among the dimensions that received higher scores
(program instructors, entrepreneurial self-efficacy, and outcome expectations), entrepreneurs
in the focus group expressed satisfaction with the support they received from the students, as
well as the training and motivation offered. This aligns with the scores obtained in those
dimensions, as students have encouraged the development of perceived self-efficacy in
entrepreneurs, creating expectations and tools for their future ventures.
The interview with the municipal representative revealed that there are more than 80
registered businesses in the municipality, but only around 20 are participating in the various
programs the municipality offers. The municipality's entrepreneurship sector, linked to social
development, reaches out to individuals interested in entrepreneurship and invites them to join
the entrepreneurs' club. The lack of proper promotion of this initiative may be the underlying
reason for the low program participation.
It is noteworthy that over 75% of the entrepreneurs participating in the program are
women. While one might speculate that the cause of this reality is related to the fact that, in
general, women are the primary breadwinners for their families or may face more significant
difficulties in entering the job market, there is a substantial need for future research to provide
reliable information about this phenomenon. Such analysis can contribute to addressing issues
that strengthen women's entrepreneurial experience, promoting topics such as women's
empowerment, community leadership, and family entrepreneurship.
At the same time, one of the major issues perceived was the lack of correspondence and
understanding between entrepreneurs and students. Entrepreneurs express communication
limitations caused by their lack of knowledge of their needs or the lack of assertiveness in
seeking help. Some students, on the other hand, participate in the program only to fulfill a
course requirement and not as a community service. Studies like Losada et al. (2019), indicate
that students participating in a service-learning project acquire civic-social and relational skills
to a greater extent, which would have an impact not only on their professional development but
also on their personal lives.
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Therefore, there is a need to incorporate service learning as part of the curricular
activities in all higher education courses. This aims to promote the comprehensive development
of students and meet community demands.
It is worth noting that, when filling out the survey, participants realized different
shortcomings in their businesses. Given this scenario, there is a need for the university to
provide training in accounting and commercial management for entrepreneurs. These training
programs can be designed through distance or hybrid pedagogical options, using the university
resources to empower entrepreneurs and increase the potential for making their projects more
efficient.
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DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.15398 20
CRediT Author Statement
Acknowledgements: We would like to express our gratitude to the members of the research
group in entrepreneurship and local development, Dra. Marisa Tumino and Dr. Juan
Bournissen.
Funding: his work was funded by the Office of the Vice President for Research and
Development at the University Adventista del Plata.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: O trabalho respeitou os critérios e normas éticas de pesquisa durante
toda a produção.
Data and material availability: The data and materials used in the study are available for
access at the Research Department of the Faculty of Economic Sciences and the
Administration of the University of Adventista del Plata.
Authors' contributions: All authors of this work participated in constructing this study in
all phases, from its definition to its conclusion. The contributions included: creating the
theoretical framework, constructing the data collection instrument, field research, data
collection, data analysis and interpretation, writing the final text, and submitting the article
to the respective journal.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading and translation.