A morte moderna ou não permita Deus que eu morra sem confissão

Autores

Palavras-chave:

memórias; velório; olhar exotópico.

Resumo

RESUMO: O artigo “A morte moderna ou não permita Deus que eu morra sem confissão” é um recorte de uma pesquisa de doutorado. O objetivo do texto é refletir sobre as mudanças ocorridas no evento morte,  reflexão essa  feita por meio de memórias pessoais e exercício exotópico de voltar à cena com um olhar adulto e em uma perspectiva de pesquisa e de análise de dois episódios de morte em família, separados por um intervalo de tempo de três décadas, o qual envolve, dentre outras coisas, transformações tecnológicas e de comportamentos sociais. Ao longo do texto, fatos, aparentemente, pessoais e regionais, convivem em consonância com aspectos universais, que isoladamente não transparecem fazer parte de um sistema maior que veio se modificando com o passar do tempo. Somadas à visão de autores como Philippe Ariès, Georges Duby e Mikhail Bakhtin, estão observações populares acerca da proximidade da morte, da morte em si, e de costumes que estavam presentes ou que ainda estão nesse entorno. O texto, por sua natureza memorialística, não apresenta os resultados nos moldes tradicionais de pesquisa, mas ajuda a compreender o processo de desaparecimento ou de transmutação dessas práticas, ao mesmo tempo revela um comportamento distinto em relação ao velório e ao pós-morte na atualidade.

 

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Biografia do Autor

ANA MARIA DE AMORIM VIANA, IF SERTÃO PERNAMBUCANO

Professora do Instituto Federal Sertão Pernambucano - IF SERTÃO-PE - Campus Petrolina .Graduação em LETRAS HABILITAÇÃO PORTUGUÊS/ INGLÊS pela Universidade de Pernambuco, Especialização em Programação do Ensino de Português - UPE, Especialização em Informática na Educação. UFPE, Mestrado em Letras. UFPE e Doutoranda no DINTER em Letras, parceria Universidade Estadual do Rio Grande do Norte e Instituto Federal Sertão Pernambucano.

Referências

REFERÊNCIAS

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Publicado

2024-03-10

Como Citar

VIANA, A. M. D. A. A morte moderna ou não permita Deus que eu morra sem confissão. Revista Ouricuri, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 53–70, 2024. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/ouricuri/article/view/18477. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Rememoração e contação da história ‘de si’ pela geografia afetiva do campo-roça na lembrança ancestral dos familiares mortos e vivos.