A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE ORGANIZACIONAL INTERNO NA GESTÃO DE RISCOS

Autores

  • Leander Luiz Klein Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) https://orcid.org/0000-0001-6075-6107
  • Ana Paula Brum Zavarise Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Kelmara Mendes Vieira Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Maria Manoela Cardoso dos Santos Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.18028/rgfc.v11i3.12083

Palavras-chave:

Ambiente Organizacional Interno, Gestão de Riscos Organizacionais, Organização Pública, Administração

Resumo

Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do ambiente organizacional interno sobre a gestão de riscos organizacionais em uma instituição de ensino superior pública. O método consiste em uma pesquisa quantitativa do tipo survey, cuja coleta de dados foi realizada através do uso de um questionário. Obteve-se uma amostra válida de 684 respondentes. Como principais resultados, destaca-se a validação das variáveis latentes que constituem as dimensões ambiente organizacional interno e gestão de riscos. Além disso, obteve-se como resultado básico a confirmação da hipótese central da pesquisa de que o ambiente interno impacta positivamente na gestão de riscos. O estudo inova ao exibir elementos internos à organização que podem ser tomados como base para direcionar ações para diminuir os riscos organizacionais e otimizar os resultados. A avaliação e gerenciamento de diferentes fatores do ambiente organizacional interno são essenciais, pois impactam na realização de atividades menos usuais em instituições públicas como a gestão de riscos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kelmara Mendes Vieira, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutora em Administração

Referências

ALBUQUERQUE, M.; COUTO, M. H. G.; OLIVA, F. L. Identificação e análise dos riscos corporativos associados ao ambiente de valor do negócio de cacau da Cargill. Cadernos EBAPE. BR, v. 17, n. 1, p. 156-172, 2019.

ALI, S. B. Is all turnover intent the same? Exploring future job preference and environmental considerations. Public Management Review, v. 20, n. 12, p. 1768–1789, 2018.

BIEGELMEYER, U.; DALBERTO, M.; CRACO, T.; CAMARGO, M. E.; BERNARDI, F. C.; FERNANDES, A. M. Fatores Internos e Externos Influenciam o Clima Organizacional. Revista ESPACIOS, Vol. 36, n. 23, 2015.

BISPO, C. A. F. Um novo modelo de pesquisa de clima organizacional. Production, v. 16, n. 2, p. 258-273, 2006.

BIZARRIA, F. P. DE A.; MOREIRA, A. Z.; MOREIRA, M. Z.; LIMA, A. O Estudo do Clima Organizacional no setor Industrial. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 10, n. 4, p. 80–98, 23 dez. 2016.

BROMILEY, P.; MCSHANE, M.; NAIR, A.; RUSTAMBEKOV, E. Enterprise Risk Management: Review, Critique, and Research Directions. Long Range Planning, v. 48, n. 4, p. 265–276, 1 ago. 2015.

BYRNE, B. M. Structural equation modeling with AMOS: Basic concepts, applications, and programming (2. ed.). New York: Routledge, 2010.

BYUN, Y; PARK, C. Effects of CRM success factors on job & customer performance in banking sectors: focused on the mediating effect of internal member satisfaction. The Journal of Distribution Science, v. 15, n. 1, p. 57-70, 2017.

CASAGRANDE, B.; BRIGHENTI, J.; BORTOLUZZI, C. A. P.; DE CAMARGO, T. F. Avaliação da extensão dos processos de gestão de riscos em cooperativas de crédito do Estado de Santa Catarina. Brazilian Journal of Development, v. 4, n. 4, p. 1610-1632, 2018.

CHANDLER, N.; HEIDRICH, B.; KASA, R. Everything changes? A repeated cross-sectional study of organisational culture in the public sector. Evidence-based HRM: a Global Forum for Empirical Scholarship, v. 5, n. 3, p. 283–296, 2017.

CHEN, J; JIAO, L; HARRISON, G. Organisational culture and enterprise risk management: The Australian not‐for‐profit context. Australian Journal of Public Administration, v. 78, n. 3, p. 432-448, 2019.

COSO - Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission. Gerenciamento de Riscos Corporativos – Estrutura Integrada. 2007. Recuperado em 13 outubro, 2019, de https://www.coso.org/Documents/COSO-ERM-Executive-Summary-Portuguese.pdf.

DALMORO, M.; VIEIRA, K. M.. Dilemas na construção de escalas Tipo Likert: o número de itens e a disposição influenciam nos resultados?. Revista gestão organizacional, v. 6, n. 3, 2013.

DAVENPORT, E. W.; BRADLEY, L. M.. Enterprise risk management: A consultative perspective. Retrieved August, v. 28, p. 2005, 2001.

DICKINSON, G. Enterprise Risk Management: Its Origins and Conceptual Foundation. The Geneva Papers on Risk and Insurance. Issues and Practice, v. 26, n. 3, p. 360–366, 2001.

FAVORETO, R. L.; SERRA, F. A. R. Ambiente e estratégia: proposições para médias empresas familiares. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 11, n. 1, p. 159-178, 2017.

FERRO, D. DOS S. Gestão de riscos corporativos: um estudo multicaso sobre seus métodos e técnicas. text—[s.l.] Universidade de São Paulo, 7 out. 2015.

FIATES, G. G. S.; SERRA, F. A. R.; FERREIRA, M. A. P. Ambiente interno de inovação:

um estudo em empresas de base tecnológica de pequeno porte. XXXII Encontro da

ANPAD, Rio de Janeiro, p. 1-16, 2008.

FISCHMANN, A. A.; ALMEIDA, M. I. R. Planejamento estratégico na prática. (3rd ed.). São Paulo: Atlas, 2018.

FOGAÇA, N; COELHO JUNIOR, F. A. A hipótese" trabalhador feliz, produtivo": o que pensam os servidores públicos federais. Cadernos Ebape. br, v. 13, n. 4, p. 759-775, 2015.

FONSECA, L. M.; DOMINGUES, J. P. How to succeed in the digital age? Monitor the organizational context, identify risks and opportunities, and manage change effectively. Management & Marketing. Challenges for the Knowledge Society, v. 12, n. 3, p. 443–455, 2017.

GONÇALVES, M. S. Análise dos aspectos internos, do ambiente externo e elaboração de cenários como base para a definição das estratégias. 2011.

GONZALEZ, R. V. D.; MELO, T. M. Linkage between dynamics capability and knowledge management factors: A structural equation model. Management Decision, v. 55, n. 10, p. 2256–2276, 2017.

HAGIGI, M.; SIVAKUMAR, K. Managing diverse risks: An integrative framework. Journal of International Management, The Emerging CEO Agenda in Multinational Companies. v. 15, n. 3, p. 286–295, 1 set. 2009.

HAIR, J. F.; BLACK, W. C.; BABIN, B. J.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.. Análise multivariada de dados. 6ª ed.Porto Alegre: Bookman, 2009. 688p.

HALL, M; MIKES, A; MILLO, Yuval. How do risk managers become influential? A field study of toolmaking in two financial institutions. Management Accounting Research, v. 26, p. 3-22, 2015.

HARTMANN, A. The role of organizational culture in motivating innovative behaviour in

construction firms. Construction innovation, v. 6, n. 3, p. 159-172, 2006.

HIDAYAT, R.; AKHMAD, S.; MU’ALIM. Effects of environmental factors on corporate strategy and performance of manufacturing industries in Indonesia. Journal of Industrial Engineering and Management (JIEM), v. 8, n. 3, p. 763–782, 2015.

HILL, S.; DINSDALE, G.. Uma base para o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem para a gestão de riscos no serviço público. 2003. Disponível em: http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/692. Acesso em: 08 de out. de 2019.

HU, L.; BENTLER, P. M. Cutoff criteria for fit indexes in covariance structure analysis: Conventional criteria versus new alternatives. Structural equation modeling: a multidisciplinary journal, v. 6, n. 1, p. 1-55, 1999.

IBGC. Guia de Orientação para Gerenciamento de Riscos Corporativos. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, 2007. Disponível em: https://conhecimento.ibgc.org.br/Paginas/Publicacao.aspx?PubId=22121. Acesso em: 08 de outubro de 2019.

KIM, S. S. The role of knowledge and organizational support in explaining managers’ active risk management behavior. Journal of Enterprise Information Management, 2019.

KLEIN, L. L.; PEREIRA, B. A. D.; LEMOS, R. B. Qualidade de vida no trabalho: parâmetros e avaliação no serviço público. Revista de Administração Mackenzie, v. 20, n. 3, p. 1-35, 2019.

KLINE, R. B. Principles and Practice of Structural Equation Modeling., 3rd edn.(Guilford: New York.). 2011.

KURATKO, D. F.; HORNSBY, J. S.; COVIN, J. G. Diagnosing a firm’s internal environment for corporate entrepreneurship. Business Horizons, v. 57, n. 1, p. 37–47, 1 jan. 2014.

LAM, J. Risk Management: The ERM Guide from AFP. Maryland: Association for Financial Professionals, 2011.

LIMA, C. M. C.; COELHO, A. C. Alocação e mitigação dos riscos em parcerias público-privadas no Brasil. Revista de Administração Pública, v. 49, n. 2, p. 267-291, 2015.

LIU, B.; LU, Q. Creating a Sustainable Workplace Environment: Influence of Workplace

Safety Climate on Chinese Healthcare Employees’ Presenteeism from the Perspective of

Affect and Cognition. Sustainability, v. 12, n. 6, p. 1-17, 2020.

MASSAINI, S. A. Gestão de riscos corporativos (ERM) e sua relação com o desempenho inovador de empresas de grande porte no Brasil. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

MATHRANI, S.; MATHRANI, A.. Utilizing enterprise systems for managing enterprise risks. Computers in Industry, v. 64, n. 4, p. 476-483, 2013.

MIKES, A.; KAPLAN, R. S. When one size doesn't fit all: Evolving directions in the research and practice of enterprise risk management. Journal of Applied Corporate Finance, v. 27, n. 1, p. 37-40, 2015.

MISHRA, B. K.; ROLLAND, E.; SATPATHY, A.; MOORE, M.A. framework for enterprise risk identification and management: the resource-based view. Managerial Auditing Journal, v. 34, n. 2, p. 162–188, 1 jan. 2019.

MOTTA, P., PEREIRA, B. L. C. Introdução À Organização Burocrática. São Paulo: Brasiliense, 1980.

OLIVEIRA, D. de P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. (34a ed.). São Paulo: Atlas. 2018.

OLIVEIRA, S. J. R. de. Gestão de riscos em organizações públicas: o caso da

Superintendência de Seguros Privados. 2016. 68 p. Dissertação (Mestrado em Gestão

empresarial) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

OULASVIRTA, L.; ANTTIROIKO, A-V.. Adoption of comprehensive risk management in local government. Local Government Studies, v. 43, n. 3, p. 451-474, 2017.

PEROBELLI, F. F. C. Um modelo para gerenciamento de riscos em instituições não financeiras: aplicação ao setor de distribuição de energia elétrica no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, 18 jun. 2004.

PETRY, D. R.; ORO, I. M. NA relação entre risco e desempenho em cooperativas, faz diferença o porte da organização?. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, v. 8, n. 3, p. 20-37, 2018.

ROY, R.; KONWAR, J. Workplace Happiness: A conceptual framework. International Journal os Scientific & Tecnology Research, v. 9, n. 1, p. 4452-4459, 2020.

RUKH, H.; QADEER, F. Diagnosing Culture of Public Organization Utilizing Competing Values Framework: A Mixed Methods Approach. Rochester, NY: Social Science Research Network, ed.7, maio 2018.

SAKSVIK, P. Ø. et al. An effect evaluation of the psychosocial work environment of a university unit after a successfully implemented employeeship program. International Journal of Workplace Health Management, v. 11, n. 1, p. 31–44, 2018.

SEDREZ, C. DE S.; FERNANDES, F. C. Gestão de riscos nas universidades e centros universitários do estado de Santa Catarina. Revista Gestão Universitária na América Latina - GUAL, v. 4, n. 4, p. 70–93, 2011.

SOUZA, F. S. R. N.; BRAGA, M. V. D. A.; CUNHA, A. S. M. D.; SALES, P. D. B. D. Incorporação de modelos internacionais de gerenciamento de riscos na normativa federal. Revista de Administração Pública, v. 54, p. 59–78, 2020.

SOUZA, J. C.; SOUZA, P. A. R. Produção acadêmica com enfoque nos termos gestão e gerenciamento de riscos e a ABNT ISO 31000 no período entre 2000 e 2019: um estudo bibliométrico. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, v. 9, n. 2, 2019.

TARAN, Y.; BOER, H.; LINDGREN, P. Incorporating Enterprise Risk Management in the Business Model Innovation Process. Journal of Business Models, v. 1, n. 1, 2013.

TEKATHEN, M; DECHOW, N. Semantic narrowing in risk talk: The prevalence of communicative path dependency. Management Accounting Research, v. 48, p. 100692, 2020.

TROSHANI, I.; JERRAM, C.; RAO HILL, S. Exploring the public sector adoption of HRIS. Industrial Management & Data Systems, v. 111, n. 3, p. 470–488, 2011.

Universidade Federal de Santa Maria. (n.d.). Gestão de riscos na UFSM. Disponível em: https://www.ufsm.br/pro-reitorias/proplan/gestao-de-riscos-e-integridade- na-ufsm/. Acesso em: 24 set de 2019.

YARAGHI, N.; LANGHE, R. G. Critical success factors for risk management systems. Journal of Risk Research, v. 14, n. 5, p. 551–581, 2011.

ZAINUDIN, Z.; SAMAD, S. A.; ALTOUNJY, R. The Determinants Factors of an Effective Risk-Aware Culture of Firms in Implementing and Maintaining Risk Management Program. International Journal of Financial Research, v. 11, n. 5, p. 459–465, 2019.

Downloads

Publicado

2022-12-30

Edição

Seção

ARTIGOS