A ANCESTRALIDADE NOS RITUAIS DE CURA: as narrativas dos ebós

Autores

  • Cátia Santos Oliveira Universidade Federal do Sul da Bahia

Palavras-chave:

Ancestralidade, rituais de cura, Ebó, Religiões afro-brasileiras.

Resumo

Este relato tem como objetivo fomentar reflexões que podem contribuir no processo de desconstrução de preconceitos e a construção de debates para desmistificar as falsas narrativas disseminadas sobre as práticas religiosas afro-brasileiras, e visa, também, proporcionar a compreensão sobre o funcionamento das macumbas, ebós, feitiços, suas práticas ritualísticas e sua relação com a medicina tradicional, bem como, a transmissão desses conhecimentos ao longo dos séculos, explicitando como a religião tem realizado o ofício de manter vivo esses conhecimentos ancestrais através da manutenção dos mais velhos no santo para a transmissão dos jovens iniciados nos terreiros.

Irei relatar dois casos, o primeiro será a trajetória percorrida pelo Babalorixá Wanderson George Oliveira do terreiro de candomblé Ilé Axé Oía Maré, localizado em Belmonte-Bahia, explicarei como se deu sua iniciação na religião e a experiência vivida em seu percurso como babalorixá, além de apresentar suas relações de parentesco sanguíneo e religioso ao longo do tempo. O segundo caso de Nilda Leal que sofreu com um feitiço de pemba, que resultando em problemas físicos e espirituais, e como a religião possui duas abordagens sendo ela a responsável pelo feitiço e também a detentora dos processos de cura.

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Biografia do Autor

Cátia Santos Oliveira, Universidade Federal do Sul da Bahia

Cursando bacharelado em Antropologia,graduada em Licenciatura Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais e Suas Tecnologias da Universidade Federal do Sul da Bahia. Integra o grupo de Pesquisas e Extensão em Dinâmicas Territoriais, Etnicidades e ruralidades Contemporâneas . Áreas de interesse: Educação e Relações Étnico-Raciais, Movimentos Sociais, Antropologia Social, com ênfase nos estudos de gênero e educação não-formal em terreiros de candomblé na Bahia.

Referências

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MALINOWSKI, Bronislaw. Magia, ciência e religião, 1948.

MARIANO, Ricardo. “Os neopentecostais e a teologia da prosperidade”. Em: Novos Estudos, n. 44.1996.

Santos, Maria Stella de Azevedo. Meu Tempo é Agora. 1993.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federal do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

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Publicado

2020-06-19

Como Citar

OLIVEIRA, C. S. A ANCESTRALIDADE NOS RITUAIS DE CURA: as narrativas dos ebós. Revista Encantar, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 216–222, 2020. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/encantar/article/view/8549. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

II Seminário Regional de Ensino e Relações Étnico-Raciais