Paulo Freire: a favor ou contra, pequeno inventário de críticas, confrontos e contribuições

Autores

  • Germana Alves de Menezes
  • Luiz Gonzaga Gonçalves

Resumo

Este trabalho aborda críticas e objeções às propostas político-educacionais de Paulo Freire e de suas equipes de trabalho, desde quando dirigia o Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife. Apresenta aspectos de como Paulo Freire reagiu às críticas, esclareceu seus pontos de vista e compreensão de mundo e de sociedade, sendo rejeitado ou reverenciado até os dias de hoje. Metodologicamente, a investigação foi designada conforme Maffesoli: de “tipo Sul”. Caminha rente aos fenômenos em foco, confere documentos, procura desvendar elementos indiciários dos jogos de força e conflitos. Neste estudo, Paulo Freire e equipes de trabalho criaram uma compreensão de educação e uma proposta de educação de adultos desde a década de 1960, que se mantém atual como convite à superação de uma educação autoritária, repressora e, sub-repticiamente, neutra. Em visão equivocada de história, os que miram suas armas em Paulo Freire concebem os movimentos da sociedade como produzidos por grandes nomes, como se o ideário freireano não estivesse sendo reinventado e atualizado por milhares, senão milhões de educadores brasileiros e de outros países e continentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barbosa, R. (1947) Reforma do ensino primário e várias instituições complementares da instrução pública. Obras completas. Vol. X, tomo I. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e saúde.

Bomfim, M. (2008) América Latina: males de origem. [on line] Rio de Janeiro, Centro Edelstein de Pesquisas Sociais. http://books.scielo.org.br. Acesso em agosto de 2018.

Freire, P. (1983) Conscientização e Alfabetização, uma nova visão do processo. In Fávero, O. Cultura popular e educação popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro, Graal.

Freire, P. (1993) Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra.

Frigotto, G. (Org.) (2017) Escola sem partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade. Rio de Janeiro. UERJ, LPP.

Gadotti, M. (1987) Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo, Ática.

Gonzaga Júnior, H. (1982) os arquivos de Carlos Lacerda. São Paulo. Folha de São Paulo.

Souza, H; Rodrigues, C. (1994). Ética e cidadania. São Paulo, Moderna.

Leite, S. U. (1983) Cultura popular: esboço de uma resenha crítica. In Fávero, O. Cultura popular e educação popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro, Graal.

Lima, L. de O. (1965) Tecnologia, Educação e Democracia. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira.

Lyra, C. (1996). As quarenta horas de Angicos: uma experiência pioneira de educação. São Paulo, Cortez.

Maffesoli, M. (1998) elogio da razão sensível. Petrópolis, Vozes.

Manfredi, S. M. (1981) Política e Educação Popular: experiências de alfabetização no Brasil com o Método Paulo Freire – 1960-1964. 2ª ed. São Paulo, Cortez/Associados.

Penna, F. de. A. O. (2017) Escola sem Partido como chave de leitura do fenômeno educacional. In Frigotto, Gaudêncio. (Org.) Escola sem partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade. Rio de Janeiro. UERJ, LPP.

Downloads

Publicado

2019-01-01