(RE)LEITURAS DE CHAPEUZINHO VERMELHO: O CONTO DE FADAS E A RECEPÇÃO DO LEITOR JOVEM

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Resumo

Tendo como público-alvo o leitor jovem da fase inicial do Ensino Superior, esta pesquisa procurou investigar a recepção da leitura dos contos de fadas Chapeuzinho Vermelho que ele dispõe, levando em conta a importância que textos como este adquirem na dimensão pedagógica e nos aspectos que podem favorecer o desenvolvimento de um sujeito crítico reflexivo. O que leva a tal questionamento são interações sociais de que o indivíduo dispõe em uma rotina de leitura, influenciado pelos símbolos expressos nos contos de fadas. Para tanto esta pesquisa pautou-se na Estética da Recepção de Hans Robert Jauss (1979), em estudos sobre o conto de fadas, como o de Nelly Novaes Coelho (2000) e de Bruno Bettelheim (2002) e questões pertinentes acerca do papel formativo da literatura expostas por Antonio Candido (1972). A pesquisa de campo foi realizada com alunos de uma universidade pública ao Norte do Paraná com o objetivo de verificar o repertório de leituras e o horizonte de expectativas do leitor jovem universitário acerca do conto clássico Chapeuzinho Vermelho (2012), nas versões de Perrault e Grimm, e a eventual ruptura dessa expectativa através da releitura Uma Chapeuzinho Vermelho (2012), de Marjolaine Leray (2012). A partir de revisão literária e pesquisa de campo, foi possível perceber que o conto de fadas clássico faz parte do arsenal de leituras do jovem universitário, porém a releitura de Leray (2012) tende a romper com o horizonte de expectativas desse leitor e com isso ampliar sua visão de mundo e contribuir significativamente para sua formação enquanto sujeito crítico.

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Referências

BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

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2020-06-05

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Artigos