"TUDO SE DESENCONTRA, SE DESFAZ E SE DESMANCHA": RITOS FUNERÁRIOS EM CÉUS E TERRA DE FRANKLIN CARVALHO

Autores

  • Douglas Santana Ariston Sacramento Universidade Federal da Bahia - UFBA

Resumo

A morte é um tabu na sociedade, visível ao nosso redor com a quantidade de descobertas paliativas. Neste artigo se discorrerá sobre a representação dos ritos fúnebres no interior da Bahia. Esses costumes são representados na obra o escritor e jornalista baiano Franklin Carvalho, no seu livro ganhador do prêmio Sesc de Literatura (2016), chamado Céus e Terra, no qual tem como mote, a narrativa de um fantasma de um menino morto, decapitado, no início do romance, e como ele se aloja na casa de uma família e lá observa o pai de família morrer e as crianças crescerem. Logo, esse artigo tem como base os ritos fúnebres feitos na morte do Galego e na morte do pai de família, o Nôa. Assim, coloca-se em pauta questões temporais e culturais como um local ancorado na segunda metade do século XX ainda mantendo costumes funerários do século XIX, e como isso difere de uma contemporaneidade em que se morre sozinho.

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Biografia do Autor

Douglas Santana Ariston Sacramento, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Mestrando em Literatura e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura da
Universidade Federal da Bahia (PPGLitCult/UFBA). Graduado em Licenciatura em Língua Estrangeira
Moderna – Inglês e Graduando em Bacharelado em Língua Estrangeira Moderna Inglês ambos pela
Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Referências

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Publicado

2020-06-05

Edição

Seção

Artigos