AS POTENCIALIDADES DA LINGUAGEM DIGITAL NO ENSINO DE GEOGRAFIA

Autores

  • DILMARA MENEZES SANTOS
  • JUSSARA FRAGA PORTUGAL

Palavras-chave:

Tecnologias, Geografia Escolar, Educação Geográfica

Resumo

Este trabalho refere-se a uma atividade realizada no primeiro semestre de 2016, no âmbito das proposições didáticas do componente de Prática de Ensino em Geografia III o qual faz parte do currículo do curso de graduação – Licenciatura em Geografia do Departamento de Educação – Universidade do Estado da Bahia – UNEB/Campus XI, na cidade de Serrinha, no Território de Identidade do Sisal, no semiárido da Bahia. A referida prática contemplou uma abordagem sobre o uso didático-pedagógico da linguagem tecnológica no ensino de Geografia. Trata-se de um tema emergente, atual e necessário no campo da educação geográfica, pois as diversas tecnologias estão presentes no nosso dia a dia, no café da manhã, no trabalho, nos momentos de lazer e estudos, portanto, é necessária a discussão sobre estes aparatos que movem as ações humanas na contemporaneidade. Estamos vivendo um momento no qual o mundo está se tornando cada vez mais digital, sendo assim na escola não pode ser diferente. Os professores não podem viver distantes e alheios a esse novo arranjo sociocultural, sem introduzir essas tecnologias de informação e comunicação em suas práticas pedagógicas, uma vez que estes aparatos tecnológicos são relevantes dispositivos na abordagem de conceitos, temas, fenômenos, fatos e processos geográficos. As atividades realizadas foram organizadas em três etapas, as quais possibilitaram discutir as potencialidades do uso das tecnologias na sala de aula, percebendo como a mesma torna a aprendizagem mais significativa e instigante para os educandos por meio de propostas metodológicas para o uso da tecnologia no ensino de Geografia. Na primeira etapa partimos de uma revisão bibliográfica sobre o tema, discorrendo sobre o processo histórico da implementação de meios tecnológicos por parte dos governos federal, estadual e municipal, analisando como ocorreu toda a tentativa de tornar as nossas escolas brasileiras tecnológicas e como esse processo fracassou. Na segunda etapa, demonstramos como os professores no seu fazer pedagógico, a partir de propostas de baixo custo, e que não demandam tanto aparato tecnológico, conseguem superar parte desse déficit e proporcionar aos seus alunos uma aprendizagem lúdica e significativa, a partir do uso de geotecnologias como o Google Earth®, que possibilita ao professor propor um estudo empírico de uma determinada área do globo terrestre, permite fazer proposições sobre os tipos de relevo, sobre atividade agropecuária, áreas agrícolas, além de um estudo de cartografia. Nossa pesquisa se realizou com o método qualitativo, onde buscamos demonstrar através dos teóricos por nós utilizados onde o processo de modernização das nossas escolas falhou, e em contrapartida através de propostas metodológica para serem trabalhadas em sala de aula apresentadas por nós, demonstramos como conseguimos alcançar uma educação geográfica de qualidade. Na terceira e última etapa, que se consolidou em nossas considerações finais percebeu-se que é possível usufruir das potencialidades da linguagem tecnológica através do uso de geotecnologias simples, onde percebe-se que uso de tecnologias em sala de aula permite que a Geografia escolar saia do seu estado de mesmice imposta por todo o seu histórico de sistematização, e se mostra uma Geografia do movimento, que pulsa, que atrai.

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Publicado

2017-11-16

Edição

Seção

TIC, educação cartográfica e memória