A DIDÁTICA E A ANCESTRALIDADE: A CONGADA COMO UMA PRÁTICA SOCIAL

Autores

Palavras-chave:

Prática social, Processo educativo, Congada, Educação

Resumo

O que faz a Congada também ser considerada como prática social? Buscando responder essa indagação, este ensaio apresenta compreensões da educação em diálogo com a filosofia da libertação, para compreender a Congada como uma prática social que elabora e produz processos educativos próprios da participação e do compromisso com o percurso histórico das pessoas que ao pronunciarem o mundo vão se fazendo, refazendo, libertando-se e anunciando a transformação da realidade para si e para os outros.

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Biografia do Autor

Tatiane Pereira de Souza, Docente no Programa de Pós-Graduação em Educação Sexual da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Brasil

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Professora na Universidade Federal de Uberlândia. Pesquisadora no Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra; no Laboratório de Estudos Africanos, Afrobrasileiros e da Diversidade; e no Núcleo Negro da Unesp para Pesquisa e Extensão. Fundadora e Coordenadora do AKOMA- Grupo de Estudos e Pesquisas em Africanidades, Culturas, Diversidades & Memórias.

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Publicado

2021-02-15

Como Citar

Souza, T. P. de . (2021). A DIDÁTICA E A ANCESTRALIDADE: A CONGADA COMO UMA PRÁTICA SOCIAL . Cenas Educacionais, 4, e10656. Recuperado de https://www.revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/10656

Edição

Seção

Dossiê Temático