TY - JOUR AU - Silva, Sidnay Fernandes dos Santos AU - Ferreira, Lúzira da Silva PY - 2020/09/13 Y2 - 2024/03/29 TI - ACONTECIMENTOS CONTRAOFENSIVOS: DESLIZAMENTOS DE SENTIDOS NA PÁGINA #MARCHADASVADIAS JF - Cenas Educacionais JA - Cenas Educ. VL - 3 IS - SE - Dossiê Temático DO - UR - https://www.revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/7803 SP - e7803 AB - <p>Historicamente, as mulheres são vítimas de uma conjuntura patriarcal na qual são concebidas como submissas e inferiores. Estudos sobre as lutas das mulheres na sociedade e os modos como seus corpos físicos são significados são urgentes e  relevantes para a construção de  uma era  contemporânea (e futura) pautada nos direitos humanos e na equidade de gênero.  Nessa perspectiva, nosso propósito nesta pesquisa é analisar textos dados a circular em manifestações denominadas “Marcha das Vadias” e publicados na página do <em>Instagram  #marchadasvadias, </em> com foco  nas imagens de <em> corpos seminus das mulheres</em>. Esse movimento feminista surge em 2011 no Canadá, após um policial declarar que, para evitar estupros, as mulheres deveriam deixar de se vestir como vadias. O dizer desse sujeito filia-se a um posicionamento discursivo machista e a “Marcha das Vadias” emerge como resposta.  Práticas contraofensivas e de resistências pelo direito não só de as mulheres se vestirem como quiserem, mas também pelo fim da “cultura do estupro” são materializadas nas ruas de Toronto e discursivizadas em âmbito internacional. Acionamos procedimentos analíticos da Análise de Discurso e recorremos teoricamente a Orlandi (2005), Fernandes (2007), Courtine (2009), Milanez e Gonçalves (2018), Belting (2006), Stearns (2007) e Pinto (2010), dentre outros.  Observamos como, em tais protestos, os corpos femininos são suportes materiais e, ao mesmo tempo,  discursos centrais de práticas libertárias.</p> ER -