Impactos de correções orais em sala de aula de língua estrangeira: apontando caminhos a partir da perspectiva da interculturalidade crítica

Autores

Palavras-chave:

Ensino, Língua inglesa, Professores, Filtro afetivo

Resumo

O processo de aprendizado de língua estrangeira é perpassado por momentos positivos, mas também por diversas dificuldades para os aprendizes, sendo que os impactos de correções realizadas oralmente em sala de aula fazem parte de um dos aspectos vinculados às dificuldades no desenvolvimento dos alunos. Este trabalho visa contribuir para o tema com uma reflexão sobre as metodologias de correção oral, traçando sugestões de trabalho baseadas na perspectiva da interculturalidade crítica, em que o professor de língua estrangeira cria um micro espaço intercultural durante as aulas ao atentar para as individualidades de seus alunos. Além disso, analisa as metodologias de correção oral utilizadas por professores de inglês no contexto do projeto Idiomas para Fins Acadêmicos (IFA) da Universidade Federal do Paraná, bem como observa suas práticas julgando-as em relação à possibilidade de melhora. Nesse contexto, foi percebido que os professores do projeto IFA possuem práticas distintas, sendo que dois se atentam para uma prática de correção oral menos direta e quatro realizam correções orais diretas logo após o erro ou engano dos alunos ou até mesmo não realizam correções. Tal fato aponta para uma ausência de reflexão sobre procedimentos metodológicos permeados pela perspectiva da interculturalidade crítica, visto que não há um olhar para as individualidades dos alunos e, portanto, não existem tentativas de mudança da estrutura social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

John Fiorese, Universidade Federal do Paraná

Mestrando em Educação na linha Educação: Diversidade, Diferença e Desigualdade Social, no Programa de Pós graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná.

Referências

BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoiévski, trad. Paulo Bezerra, 3. Ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.

BIALYSTOK, Ellen. The structure of age: In search of barriers to second language acquisition. Second language research, 13(2), 1997. Disponível em: <http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.866.3726&rep=rep1&type=pdf>. Acesso em: 18 out 2018.

COHEN, Y.; NORST, M. J. (1989). Fear, dependence and loss of self-esteem: Affective barriers in second language learning among adults. RELC Journal ,20(2), 1989. Disppnível em: <https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/003368828902000206>. Acesso em: 20 out 2018.

CORACINI, Maria José. Língua Estrangeira e Língua Materna: Uma questão de sujeito e identidade. In: CORACINI, Maria José (Org). Identidade e Discurso: (des)construindo subjetividades. 1ª. ed. Campinas/Chapecó: Editora da UNICAMP & Editora ARGOS, 2003.

DULAY, Heidi; BURT, Marina. Remarks on creativity in language acquisition. In: BURT, Marina; DULAY, H.; FINNOCHIARO, Mary Bonomo. (Org). Viewpoints on English as a second language. New York: Regents, 1977.

GARDNER, Robert C. (2007). Motivation and second language acquisition: The Socio-educational Model. Pieterlen: Peter Lang, 2010.

HORWITZ, Elaine K.; HORWITZ, Michael B.; COPE, Joann. Foreign language classroom anxiety. The modern language journal, 70(2), 1986. Disponível em: <https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1540-4781.1986.tb05256.x>. Acesso em: 07 set 2018.

JAMES, Carl. Errors in Language Learning and Use: Exploring Error Analysis. London and New York: Routledge, 1998.

KRASHEN, Stephen D. Principles and practice in second language acquisition. Oxford: Pergamon Press, 1982.

LYSTER, Roy; LIGHTBOWN, Patsy M.; SPADA, Nina. A response to Truscott's ‘What's wrong with oral grammar correction. The Canadian Modern Language Review/ La Revue canadienne des langues vivantes, 55(4), 1999. Disponível em: <https://www.utpjournals.press/doi/abs/10.3138/cmlr.55.4.457?journalCode=cmlr>. Acesso em: 03 nov 2018.

NEUGEBAUER, Sabina R. Barriers to Language Acquisition (Honors Theses), Middletown: Wesleyan University, 2002. Disponível em: <https://wesscholar.wesleyan.edu/etd_hon_theses/595/>. Acesso em: 17 ago 2018.

PONZIO, Augusto. A revolução bakhtiniana: o pensamento de Bakhtin e a ideologia contemporânea. São Paulo: Editora Contexto, 2016.

TRUSCOTT, John. What's wrong with oral grammar correction. The Canadian Modern Language Review/ La Revue canadienne des langues vivantes, 55(4), 1999. Disponível em: <https://www.utpjournals.press/doi/abs/10.3138/cmlr.55.4.437>. Acesso em: 28 out 2018.

VOLÓCHINOV, Valentin N. Marxismo e filosofia da linguagem: Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 1.ed. Trad. Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Editora 34, 2017.

WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y educación intercultural. Construyendo interculturalidad crítica, v. 75, 2010. Disponível em: <http://www.uchile.cl/documentos/interculturalidad-critica-y-educacion-intercultural_150569_4_0204.pdf>. Acesso em 07 jan 2019.

WILLIS, Jane; WILLIS, David. Doing Task-Based Teaching: Oxford Handbooks for Language Teachers. Oxford: Oxford University Press, 2007.

YOUNG, DOLLY JESUSITA. (1991). Creating a Low-Anxiety Classroom Environment: What Does Language Anxiety Research Suggest?. The Modern Language Journal, 75(4), 1991. Disponível em: <https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1540-4781.1991.tb05378.x>. Acesso em: 14 set 2018.

Downloads

Publicado

2019-08-02

Como Citar

FIORESE, J. Impactos de correções orais em sala de aula de língua estrangeira: apontando caminhos a partir da perspectiva da interculturalidade crítica. Babel: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras, Alagoinhas, BA, v. 9, n. 1, p. 84–96, 2019. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/babel/article/view/5933. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

SEÇÃO LIVRE