Seção Temática

BABEL, Alagoinhas - BA, 2023, v. 13: e17954.

BORGES, Mainan Barbosa; SANTOS, Cleydstone Chaves dos. Estratégias cognitivas na produção linguística em língua inglesa Babel: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras, 2023, v. 13, e17954.

Estratégias cognitivas na produção linguística em língua inglesa

Cognitive strategies in the linguistic production in English

Mainan Barbosa Borges
Cleydstone Chaves dos Santos

Resumo: A produção linguística em uma língua estrangeira, no contexto acadêmico, pode ser uma atividade difícil para o aprendiz devido a uma série de fatores externos e internos, como fatores psicológicos, que podem causar entraves (GOMES, 2018). Em vista disso, é possível usar estratégias cognitivas para lidar com bloqueios na produção linguística oral e/ou escrita do aprendiz (OXFORD, 1990). Nesse contexto, este estudo busca identificar e descrever os fatores psicológicos que bloqueiam a produção linguística escrita e oral em língua inglesa de alunos ingressantes no curso de Letras e mapear as estratégias cognitivas utilizadas pelos mesmos para contornar os entraves no contexto citado. Para realização da pesquisa, um questionário foi aplicado com 10 alunos ingressantes do curso de Letras – Língua Inglesa da UFCG. Após a análise dos dados, foi possível identificar que fatores como a ansiedade, medo, pressão, vergonha, tensão, nervosismo e desmotivação são questões elencadas como causadores de bloqueios na produção linguística em atividades acadêmicas. Como resultado, para contornar tais fatores, as estratégias citadas como facilitadoras no processo de produção linguística em língua inglesa foram as de prática, repetição, anotações, leitura e escuta de conteúdos na língua estrangeira. Enfim, o uso das estratégias citadas pelos respondentes pode sanar fatores psicológicos causadores de bloqueios na produção linguística oral e escrita.

Palavras-chave: Produção linguística. Fatores psicológicos. Estratégias cognitivas.

Abstract: The linguistic production in a foreign language in academic contexts can be a difficult activity for learners due to some external and internal factors, like psychological factors; that may cause interference in the linguistic production (GOMES, 2018). Considering these factors, it is possible to use cognitive strategies to help to deal with difficulties in the oral and written production (OXFORD, 1990). In this context, this study tries to identify and describe the psychological factors that interfere with the English oral and written production of the freshman students in the course of Letters and map the cognitive strategies used to deal with the difficulties in the mentioned context. To carry out this research, a questionnaire was applied to ten freshman students of Letters – English Language at UFCG. After analyzing the results, it was possible to identify that anxiety, fear, pressure, shyness, tension, nervousness, and lack of motivation were the factors mentioned as obstacles in the linguistic production in academic activities. As a result, to deal with those factors, the strategies listed as facilitators in the oral and written production in English as Foreign Language were practicing, repetition, annotation, reading and listening to contents in the foreign language. Finally, using the mentioned strategies can help to deal with psychological factors that block the oral and written production.

Keywords: Linguistic production. Psychological factors. Cognitive strategies.

1 Introdução

Ao usar a língua, seja a língua materna (LM) ou uma língua estrangeira (LE), uma série de atividades acontece em nosso cérebro, transportando informação de um neurônio para outro, tais como: conversão de informações captadas pelos sentidos, tradução de sinais e produção de respostas (MENN; DRONKERS, 2017). Contudo, no processamento cerebral de uma LE, é possível que alguns fatores, junto com as dificuldades de compreensão de produção escrita ou oral, resultante do pouco conhecimento da estruturação da língua-alvo, possam dificultar a produção de natureza linguística do aprendiz.

Esses fatores podem ser de natureza diversa, desde a afetiva, emocional e familiar, passando também pela natureza econômica e social até a natureza psicológica do aprendiz (GOMES, 2018). Este estudo, por sua vez, se debruça sobre fatores de cunho psicológico que podem ser: a) motivação em aprender uma LE, b) ansiedade ao usar uma LE, c) baixa autoestima e d) crenças sobre ensino-aprendizagem.

O output linguístico de um aprendiz de LE se dá através da produção das habilidades comunicativas orais e escritas. Segundo Divitiis (2013), essas habilidades quase nunca, ou nunca, são trabalhadas na escola regular brasileira por fatores estruturais ou falta de conhecimento linguístico por parte do professor. Consequentemente, esse pode ser um fundamento relevante para dar suporte ao fato de que alguns aprendizes, recém-chegados no contexto acadêmico da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, especificamente no curso de Letras-Inglês, revelam ter pouco conhecimento da língua estrangeira, a saber, a língua inglesa[1].

Portanto, mediante o exposto, o presente estudo busca identificar e descrever os fatores de ordem psicológica, causadores de entraves na produção linguística de natureza oral e escrita, apresentados por aprendizes de inglês como LE, alunos ingressantes do curso de Letras Inglês da UFCG, bem como mapear as estratégias cognitivas que podem contribuir para sanar tais fatores na produção linguística.

Nesse âmbito, o presente estudo consiste em um recorte do trabalho de conclusão de curso da autora, desenvolvido e apresentado no ano de 2023, e sua relevância se dá a partir da discussão acerca da necessidade de o professor de inglês como LE, desde sua formação inicial, refletir e repensar a importância do uso de estratégias cognitivas na produção linguística, seja ela oral ou escrita, de modo a solucionar entraves de cunho psicológico no uso do seu objeto e ferramenta de trabalho, a saber, a língua inglesa.

2 Arcabouço Teórico

O arcabouço teórico do presente estudo se baseou nos estudos acerca da produção linguística e dos fatores psicológicos que bloqueiam o output (DUERAMAN, 2012; HENTER, 2014; ATTIR, 2016), como também das estratégias cognitivas que contornam os entraves na produção em LE (OXFORD, 1990; JALO, 2015).

Quanto à produção linguística, a fala e a escrita, duas das quatro habilidades trabalhadas no processo de aprendizagem de um idioma, dizem respeito aos conhecimentos do aprendiz em uso. Por um lado, conforme afirma Attir (2016), a produção oral tem sido vista como a habilidade principal de output em língua estrangeira (LE), pois pode ser considerada como uma “forma básica de transformar ideias e opiniões entre aprendizes de LE”[2]. Assim, a habilidade oral é a atividade de expressão e intercâmbio de conhecimento e opiniões entre indivíduos. Por outro lado, referente à produção escrita, pode-se dizer que é considerada a habilidade mais difícil (DUERAMAN, 2012), pois para sua produção, considera-se além do nível cognitivo e individual. Para tanto, os aprendizes fazem uso de atividades como brainstorming e também recorrem a conhecimentos transformados e internalizados a partir da interação social. Desse modo, o processo de escrita não se desenvolve automaticamente, especialmente em LE, sendo assim, usar estratégias para cumprir esse processo, assim como ter o propósito da escrita bem consolidado na mente do aprendiz pode auxiliar no desenvolvimento de conhecimentos no campo da escrita.

O processo de aprendizagem de idiomas depende de uma série de fatores, que podem ser determinantes no sucesso ou fracasso do uso da LE e são de ordem afetiva, psicológica, cognitiva ou social (HENTER, 2014). Para o seguimento desta pesquisa, focamos nos fatores de ordem psicológica, como a motivação e a ansiedade em relação à produção linguística em uma LE, por exemplo.

Dentre esses fatores, a motivação é definida como o mover, a direção e a energia no processo de aquisição de LE (FERREIRA, 2017), e é um dos principais agentes determinantes no sucesso do desenvolvimento das habilidades de produção (ATTIR, 2016). Isso acontece, pois, esse fator é responsável pelo comportamento do aprendiz, de modo que a falta de motivação pode levar o aluno a participar pouco das atividades de produção, ou ainda apresentar uma produção fraca quando comparado com os aprendizes que estão motivados a alcançarem seus objetivos na LE. Essa motivação surge a partir da interação de fatores internos, como características subjetivas, e externos, como o contexto social do aprendiz.

Outra questão determinante no output linguístico é a ansiedade, e essa pode estar relacionada com o medo e com a vergonha. A ansiedade pode ser classificada em três tipos: um traço de personalidade; um estado, devido a uma situação temporária; ou ainda uma ansiedade específica a uma situação, como o processo de aprendizagem de uma LE (HENTER, 2014). Para Attir (2016, p.24) a ansiedade pode ser definida como “o sentimento de tensão e apreensão associado a um contexto de língua estrangeira, seja na produção oral ou em outras habilidades”[3]. Como resultado, fatores como o medo de errar, a autoestima baixa, a timidez e a complexidade do conteúdo podem contribuir para o aumento da ansiedade na produção linguística e para a frustração dos aprendizes no processo de aprendizagem de LE. Os fatores anteriormente citados podem ser contornados a partir do uso de estratégias de cunho cognitivo. Isto é, uma série de ações praticadas por aprendizes de uma LE de modo a propiciar uma aprendizagem mais fácil, rápida e efetiva visando a competência comunicativa (OXFORD, 1990).

Nesse viés, a psicologia cognitiva procura entender como a mente humana aprende e pensa. Ela também se interessa pelas atividades mentais envolvidas na aprendizagem que recentemente passou a ter influência no processo de aprendizado de LE. Jalo (2005) afirma em seu texto que:

Na abordagem cognitiva, o aprendiz é visto como um participante ativo no processo de aprendizagem, fazendo uso de várias estratégias mentais de modo a esclarecer o sistema da língua a ser aprendida. É requerido dos aprendizes usar a mente para observar, pensar, categorizar e criar hipóteses e assim, gradualmente, elaborar o funcionamento da linguagem. (JALO, 2005, p. 159-160).[4]

Deste modo, quando o aprendiz se depara com a necessidade de produção, ele pode encontrar formas de ter êxito no output por meio do uso de estratégias cognitivas. Portanto, Oxford (1990) identificou e categorizou duas classes principais de estratégias, as diretas e as indiretas. Essas estratégias estão conectadas umas às outras dando suporte e propiciando uma melhor funcionalidade. Dentro das estratégias diretas, a referida autora cita que as estratégias cognitivas “[...] estão unidas por uma função em comum: a manipulação ou transformação da LE pelo aprendiz.” (OXFORD, 1990, p. 43)[5]. Através do uso desses métodos, de modo direto, o aprendiz lida com a língua alvo a partir do processamento mental desta, que possibilita o entendimento e a produção em LE de variadas formas. As estratégias encontradas dentro do viés cognitivo, propostas por Oxford, são: 1) Prática, 2) Recepção, 3) Análise e Raciocínio e 4) Criação de Estruturas para input e output. Essas estratégias podem vir a ser aplicadas nas quatro habilidades linguísticas, a saber, a habilidade de escrita, escuta, leitura e fala, para consolidar a LE na mente do aprendiz.

Produzir em uma LE pode não ser fácil, portanto, é importante destacar que as emoções de cada indivíduo podem afetar o processo cognitivo deste e vice-versa. Isso quer dizer que, o processamento de uma LE, inclusive a produção desta, pode ser prejudicado devido a fatores afetivos e emocionais do aprendiz. Desse modo, o uso de estratégias vem para contornar esses bloqueios e possibilitar o desenvolvimento mais efetivo do processo de aprendizagem.

3 Metodologia

O presente estudo refere-se a uma pesquisa qualitativa e quantitativa, visto que tanto os fatores psicológicos que entravam a produção de aprendizes de inglês, como as estratégias cognitivas utilizadas para a superação dos entraves foram identificados, quantificados e analisados.

Para o seguimento da pesquisa, 10 alunos ingressantes no curso de Letras – Língua Inglesa (LI), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), aceitaram o convite de participar contribuindo com respostas através de um questionário de pesquisa, aplicado via Google Forms. Quanto às questões sugeridas no questionário, elas se dividem em subjetivas e objetivas e abordam dois pontos relevantes que fundamentam a discussão: 1) os fatores contribuintes para o enfraquecimento da produção linguística em LI dos respondentes; 2) as estratégias utilizadas por eles para contornar os entraves da produção. Os participantes deste estudo foram identificados ao longo da análise como participante A, participante B, participante C, participante D, participante E, participante F, participante G, participante H, participante I e participante J.

O corpus do presente estudo é composto de uma seleção dos conteúdos das contribuições dos respondentes ao questionário informando os fatores psicológicos e as estratégias utilizadas pelos participantes. O que foi levado em consideração na análise são os fatores psicológicos mais destacados e como eles causam entraves nos participantes, como também as estratégias que os estudantes usam para superar questões mentais.

Foi considerado o nível de proficiência dos participantes e quais os fatores psicológicos são evidentes para eles quando diante de uma situação acadêmica, onde é necessário falar e/ou escrever em inglês. Além disso, foi feito um levantamento acerca das estratégias utilizadas por eles de modo a sanar entraves na produção linguística.

4 Resultados

Quanto aos resultados a serem discutidos nesta seção, os participantes descrevem acerca do nível de proficiência e como este pode vir a ser decisivo na produção oral e escrita em atividades acadêmicas. Ainda, os respondentes elucidam fatores psicológicos causadores de entraves na produção linguística bem como as estratégias utilizadas pelos mesmos que podem auxiliar a contornar tais entraves. A partir disso, foram considerados os comentários e respostas dadas ao questionário online aplicado. Acerca do nível de proficiência linguística, que se refere à habilidade de um aprendiz de utilizar um idioma para cumprir funções na língua alvo, o nível de proficiência pode influenciar no nível de autonomia e autoconfiança do aprendiz (EZZIR, 2018).

Os participantes foram inicialmente questionados acerca do nível de proficiência linguística, de acordo com o Quadro Comum Europeu (QCE); 3 dos respondentes alegaram possuir o nível C2, sendo os demais participantes distribuídos pelos níveis A1 (1 participante), A2 (2 participantes), B1 (2 participantes) e C1 (2 participantes). Considerando que quanto mais alto for o nível de proficiência, mais a produção linguística pode ser favorecida, 2 participantes, cujos níveis de proficiência declarados foram C1 e C2, relatam ter mais facilidade em relação à produção oral e escrita.

Participante F “...torna mais fácil compreender assuntos dados totalmente em inglês e ler na íntegra os materiais de leitura sugeridos sem necessidade de procurar o material traduzido….”
Participante J “... posso compreender plenamente aulas dadas em inglês, compreender textos, realizar atividades ou falar, já que não... sinto [os] fatores listados.”

Quadro 1: Influência do nível de proficiência na produção linguística em LE
Fonte: Os autores

Contudo, é possível que, embora eles aleguem estar em um alto nível de proficiência linguística, alguns fatores podem auxiliar no desenvolvimento de entraves na produção, como é o caso de três respondentes (participante A, participante C e participante F), do nível C1 e C2, que afirmam que o fato de se encontrarem inseridos em um ambiente acadêmico os faz sentir-se inseguros e ansiosos durante atividades de produção escrita e oral, reafirmando a discussão na literatura acerca da ansiedade quanto ao seu caráter influenciador dos níveis de aprendizagem (ATTIR, 2016). Não obstante ao fato da pressão direta do ambiente acadêmico, esses fatores também podem ser resultantes da intimidação dos colegas e professores.

Outro contratempo relevante acerca do gatilho de bloqueios na produção linguística (oral ou escrita) pode ser oriundo de problemas de cunho pessoal que também é capaz de emergir nesse cenário. Essas questões podem ser verificadas no quadro a seguir:

Nível de proficiência
Participante C C2 “Sinto dificuldade em articular minhas ideias na fala quando sei que estou sendo avaliado por todos naquele momento.”
Participante F C1 “Ao mesmo tempo que tenho ... confiança na minha fala e compreensão, a ansiedade de precisar falar a língua em um projeto mais sério ... me faz esquecer um pouco as palavras…”
Participante H C1 “... no meu caso a ansiedade é devido ao fato de que naturalmente minha voz é baixa e ao falar fico ansiosa ao pensar que as pessoas não me ouvirão...”

Quadro 2: Fatores psicológicos aparentes em aprendizes dos níveis C1 e C2
Fonte: Os autores

Considerando o quadro acima, os dados apresentados corroboram com o pensamento de Attir (2016), ao afirmar que aprendizes de LE podem se sentir ansiosos ou pressionados quando precisam lidar com um tópico com o qual não estão familiarizados ou possuem pouco conhecimento. Como resultado, parece-nos evidente que podem existir fatores de ordem psicológicas causando entraves na produção linguística de natureza oral, independentemente do nível de proficiência linguística.

Quanto à seção do questionário referente aos fatores psicológicos, foram propostos cinco fatores: ansiedade, vergonha, pressão dos colegas e/ou dos professores, desmotivação e medo, conforme consta na literatura (HENTER, 2014; GOMES, 2018), com a possibilidade de escolha de mais de um deles. Além disso, os participantes dispunham de outras opções, como a citação de outros fatores psicológicos e a seleção de nenhuma das alternativas propostas.

Considerando a produção oral e escrita, habilidades nas quais o aprendiz pode expressar conhecimentos e opiniões, os participantes foram questionados acerca das questões psicológicas na produção oral e como os itens selecionados por eles facilitam ou dificultam a referida produção. Em seguida, eles foram interrogados sobre os bloqueios nas atividades de escrita.

No referido contexto, no que tange às atividades acadêmicas de produção oral, a ansiedade foi o fator mais selecionado, sendo escolhido por cerca de 7 respondentes. Os outros fatores evidenciados foram: vergonha (3 participantes), pressão dos colegas e/ou professores (2 participantes) e medo (3 participantes). No entanto, um dos participantes admitiu que nenhum dos fatores sugeridos contribuíram para os entraves; outros 2 sugeriram outros fatores, como o nervosismo e a tensão, conforme mostra o gráfico 1:

Gráfico 1: Bloqueios psicológicos na produção oral

Gráfico 1: Bloqueios psicológicos na produção oral
Fonte: Os autores

Levando em consideração o gráfico acima, os participantes relataram que alguns fatores psicológicos são evidentes durante atividades de produção linguística de cunho oral e escrito. Assim, 5 dos participantes explicam os entraves como sendo significativos para dificultar a produção em LI, como se pode observar nos exemplos apresentados no Quadro 3:

Participante B “Dificulta muito porque a ansiedade me deixa muito nervosa, eu esqueço as palavras, minha dicção fica péssima, o que deixa a situação pior...”
Participante C “Sinto dificuldade em articular minhas ideias na fala quando sei que estou sendo avaliado por todos naquele momento.”

Quadro 3: Dificuldades causadas por fatores psicológicos na produção oral em LE
Fonte: Os autores

Quanto às questões que podem afetar a produção escrita dos contribuintes, o fator ansiedade foi considerado pela metade dos participantes. Em contrapartida, comparando com os depoimentos acerca da produção oral, como mencionado acima, os respondentes se mostram mais confortáveis e menos pressionados com a prática escrita, conforme mostra os resultados no gráfico 2:

Gráfico 2: Bloqueios psicológicos na produção escrita

Gráfico 1: Bloqueios psicológicos na produção escrita
Fonte: Os autores

Em seguida, os participantes foram questionados acerca das estratégias utilizadas para contornar os bloqueios psicológicos selecionados por eles. Dentre as estratégias para lidar com bloqueios psicológicos na produção oral e escrita mais citadas, têm-se os seguintes dados na tabela abaixo:

Praticar antes de produzir 3 participantes
Fazer anotações 2 participantes
Repetição a partir de ensaios e treinos antes de produzir oralmente e/ou por escrito 2 participantes

Quadro 4: Estratégias mais citadas pelos participantes na produção oral e escrita
Fonte: Os autores

Dentre as estratégias citadas por Oxford (1990) que auxiliam no uso das habilidades linguísticas, apresentamos o quadro acima. Tais estratégias podem auxiliar a desenvolver a produção em LE que se dão a partir da prática, da realização de atividades de repetição de palavras bem como expressões e do uso da língua em diversos contextos, seja participando de uma conversa ou escrevendo um resumo, por exemplo.

Segundo os participantes, as estratégias listadas podem auxiliar na produção linguística de natureza oral e escrita deles, como também podem servir para tranquilizar o aprendiz em atividades de output oral ou escrito, como afirmam no quadro abaixo:

>
Participante A “... não ficar nervosa e [produzir] confiante[mente].”
Participante B “[se] sentir tranquila para falar...”.

Quadro 5: Estratégias na produção linguística oral e escrita em LE
Fonte: Os autores

Dando continuidade à discussão sobre as estratégias, Straková (2013, p. 38) afirma que “as estratégias de aprendizagem quando incluídas na sala de aula podem desenvolver o nível de confiança do aprendiz na acessibilidade de todas as fontes possíveis para alcançar seus objetivos.” 1 Em vista disso, os participantes foram questionados como tais estratégias podem auxiliá-los no enfrentamento dos fatores bloqueadores da produção linguística, seja ela de natureza oral ou escrita. Alguns dos participantes descrevem o auxílio das estratégias, como apresenta o quadro abaixo.

Participante B “... Algo que me chama atenção [na língua] que eu ainda não sei, eu pesquiso, anoto, crio um exemplo e vou criando situações na cabeça onde eu usaria aquela sentença. E assim vou ampliando meu conhecimento. ”
Participante J “Adquirindo novo vocabulário, aprendo novas formas de apresentar em público, ganho confiança de cometer menos erros e perco o receio de errar quando em situações sérias.”

Quadro 6: Como as estratégias auxiliam a produção linguística em LE
Fonte: Os autores

De modo a lidar com os fatores causadores de bloqueios na produção linguística de natureza oral e escrita, conforme consta na tabela 2, as estratégias citadas pelos respondentes foram:

Fatores Psicológicos Estratégias Cognitivas
Ansiedade;
Vergonha;
Pressão;
Desmotivação;
Medo;
Tensão;
Nervosismo
Fazer anotações;
Repetir;
Praticar;
Ler;
Ouvir/Assistir;

Quadro 7: Fatores psicológicos e estratégias cognitivas
Fonte: Os autores

A análise dos dados coletados referentes aos fatores psicológicos se deu a partir da observação de cada fator individualmente, recorrendo às estratégias citadas pelos participantes e comparando com os estudos das estratégias cognitivas de aprendizagem. Dentre os fatores relatados têm-se os seguintes: a) ansiedade, b) vergonha, c) pressão dos colegas e/ou professores, d) desmotivação e; e) medo, além de f) nervosismo e tensão, adicionados pelos participantes.

A seguir, a discussão das estratégias cognitivas se dá a partir dos fatores psicológicos, causadores de bloqueios na produção linguística oral e escrita em língua inglesa. São considerados os entraves individualmente, fazendo uma ponte para as estratégias utilizadas pelos respondentes da pesquisa para lidar com cada entrave psicológico.

4.1 Ansiedade

A ansiedade pode acontecer devido a diversos fatores, seja por pouco conhecimento linguístico, ou por características pessoais, como a baixa autoestima, por exemplo (ATTIR, 2016). A ansiedade pode levar a uma mudança no comportamento do aprendiz em relação a LE (HENTER, 2014).

Segundo os participantes, em virtude da ansiedade, a produção linguística, de cunho oral e escrito, fica mais difícil, pois desencadeia outros fatores. Isso acontece quando há uma tensão no sistema nervoso do aprendiz, causada por questões de cunho psicológico do próprio aprendiz (HORWITZ, 2011 apud ATTIR, 2016). Consequentemente, o comportamento do aprendiz pode mudar e alguns sintomas podem aparecer, como falta de concentração, medo e aversão às aulas de LE, conforme argumenta Henter (2014). Quanto aos respondentes desta pesquisa, os sintomas citados foram: esquecimento das palavras, problemas na articulação dos fonemas e no desenvolvimento de ideias.

Assim, considerando que os participantes são alunos do curso de Letras – Inglês, sendo a língua inglesa uma LE, faz-se necessário que esses aprendizes estejam confortáveis com o objeto e ferramenta de seu trabalho. Quanto a essas questões, lançar mão de estratégias para evitar a ansiedade durante a produção linguística em inglês pode ser uma solução viável. Nesse contexto, Oxford (1990) afirma que as estratégias cognitivas se dão a partir do processamento mental de informações em LE visando a aprendizagem e o desenvolvimento das competências comunicativas.

Quanto a isso, a estratégia de tomar notas foi a mais citada pelos participantes para lidar com a ansiedade. Para os respondentes, fazer uso de anotações pode auxiliar na preparação para o momento de fala, além de ampliar os conhecimentos da língua. De acordo com Oxford (1990), essa prática é referente à criação de estruturas para input e output, isto é, organização de ideias do aprendiz para basear o uso da LE. Essa estratégia é exercida por meio de anotações, resumos e destaques.

Além do processo de fazer anotações, a de repetição também foi citada pelos respondentes. Segundo Chamot (1990), ela está relacionada com o exercício da língua de modo a consolidá-la na mente do aprendiz. Assim, como descrevem os participantes, repetir novas palavras e expressões dentro de novos contextos ou ensaiar o que se pretende falar pode auxiliar antes e durante a produção linguística de cunho oral ou escrito.

4.2 Vergonha

A vergonha é um dos fatores psicológicos de caráter pessoal que pode afetar negativamente a produção linguística de um aprendiz de LE. Isso acontece, pois, falar em público pode ser uma fobia para algumas pessoas, causando entraves na produção linguística de natureza oral e escrita, como também esquecer o que falar e ficar apreensivo diante de novas situações que requerem o posicionamento do falante (ATTIR, 2016). Segundo o autor, a vergonha pode ser vista como um sentimento de apreensão e desconforto diante de novas experiências, sendo um fator comum em salas de aula de LE.

No contexto dessa pesquisa, o participante B cita a vergonha como causadora de entrave no output linguístico de cunho oral e escrito. O referido participante também afirma que tem vergonha quando se encontra ansioso, além de desencadear outros fatores. Assim, a vergonha pode ser caracterizada como percepção negativa de si mesmo, suscitadas a partir do medo de cometer erros ou da avaliação negativa (WELP, 2009).

Contudo, 2 respondentes que citaram o fator vergonha não souberam descrever como tal entrave dificulta a produção linguística em LE. Levando em consideração que eles citaram outros fatores, como tensão e pressão, pode-se concluir que o medo de errar, bem como o medo da avaliação negativa pode desencadear o sentimento de vergonha, dificultando a produção oral e escrita do aluno (WELP, 2009).

Nesse cenário, as estratégias podem ser adotadas a fim de contornar a vergonha. Quanto aos participantes dessa pesquisa, eles relatam algumas estratégias para lidar com o fator em questão. Dentre elas têm-se: a) praticar a conversação com amigos; b) ler livros e assistir/ouvir entrevistas e músicas em inglês e c) tomar notas. Para Oxford (1990), consumir conteúdos em LE e praticar com amigos faz parte da estratégia cognitiva de prática espontânea, referente ao uso da língua com a finalidade de comunicação. Nessa perspectiva, essa prática pode permitir ao aprendiz a observar, aprender e usar a LE de forma contextualizada, servindo de suporte para o exercício da produção linguística.

4.3 Pressão

Durante a produção linguística, é comum que o aprendiz se sinta ansioso ou envergonhado, como discutido acima. Esses sentimentos podem ser gerados por diversos motivos, que podem partir da família, da sociedade ou da instituição escolar (GOMES, 2018). Entretanto, o comportamento dos colegas e professores durante uma apresentação oral também pode levar o aprendiz a um desconforto. Aida (1994), durante um estudo realizado em uma escola japonesa, constatou que é possível que a interação aluno-professor e aluno-aluno seja decisiva no aumento ou na diminuição dos níveis de ansiedade. Isso ocorre quando há um sentimento de competitividade entre colegas, baixa autoestima – se preocupar com o pensamento dos outros – e falta de simpatia por parte do professor em relação às necessidades dos aprendizes (BEKLEYEN, 2004). Vale ressaltar, contudo, que o sentimento de competitividade pode existir somente na cabeça de um dos aprendizes, sendo isso um efeito da baixa autoestima.

Quanto aos respondentes desta pesquisa, eles afirmam que sentem dificuldade no desenvolvimento das ideias quando estão sendo avaliados, não somente pelo professor, como também pelos colegas. Um dos participantes, autodeclarado nível C2, conforme QCE (COUNSIL OF EUROPE, 2001), afirma se sentir ansioso e temeroso em momento de produção oral. Desse modo, um determinado nível de proficiência linguística não impede que o aprendiz se sinta inseguro durante atividades de produção. Como discutido anteriormente, isso pode ser causado pelo relacionamento entre colegas e professores ou, ainda, pelo nível de autoestima do respondente.

Quanto ao fator pressão, as estratégias citadas pelos participantes foram:

a) dialogar com amigos que possuem nível avançado;

b) ler e assistir conteúdos de interesse do aluno;

c) concentrar apenas na produção.

Desse modo pode-se perceber que as estratégias de práticas espontâneas, sugeridas por Oxford (1990) podem permitir que o aprendiz aprenda com seus erros, se autoavaliando, de modo a desenvolver confiança na produção linguística em LE.

Referente à estratégia de concentração citada por um dos respondentes, é possível que seja relacionada com o estado de flow, uma vez que ao se sente pressionado ou ansioso, o aprendiz faz uso dessa estratégia para auxiliar na organização das ideias, permitindo o direcionamento da atenção para atividades de produção, com emoções positivas (PEREIRA, 2022).

4.4 Desmotivação

Estudos apontam que a motivação é um fator determinante na aprendizagem de uma LE, uma vez que a atitude do aprendiz em relação a uma situação de aprendizagem se dá a partir desta (HENTER, 2013, p. 374). Isso quer dizer que, por um lado, quanto maior o nível de motivação o aprendiz possui, mais os objetivos definidos serão realizados e completados por eles. Por outro lado, a falta de motivação por parte dos alunos diante da aprendizagem de uma LE pode causar uma atitude negativa em relação ao idioma e às aulas dessa LE.

Nesse viés, os participantes desta pesquisa se mostram motivados durante atividades acadêmicas de produção linguística em língua inglesa, visto que apenas um dos respondentes selecionou essa opção como um fator que atrapalha a produção escrita. Contudo, esse participante não explica o motivo desse sentimento de desmotivação durante as atividades acadêmicas de escrita, mas afirma que se sente mais confortável quando produz oralmente. Portanto, pode-se inferir que esse participante pode não estar familiarizado com os gêneros de escrita acadêmica, uma vez que é ingressante no curso, e isso pode levar a uma atitude de aversão e até a ansiedade em relação à escrita em LE.

Em relação às estratégias para contornar a falta de motivação, o respondente afirma que praticar e aprender novas expressões, além de fazer anotações são estratégias que o possibilitam a ampliar os conhecimentos linguísticos. Os autores Dornei e Csizer (2012 apud ATTIR, 2016) apresentam alguns “mandamentos” para incentivar o crescimento de motivação por parte do aprendiz, sendo um deles o estímulo da autonomia na aprendizagem. Nesse viés, Oxford (1990) discute que as estratégias de aprendizagem são usadas para estimular essa autonomia e o desenvolvimento das habilidades em uma LE. Quanto às medidas tomadas pelo aprendiz, a referida autora acredita que as atividades práticas de repetições e recombinações de estrutura podem conscientizar o aluno de que a prática é essencial no processo de aprendizagem de LE. Desse modo, o aprendiz pode desenvolver um maior nível de motivação em relação à escrita a partir da prática de cunho escrito.

4.5 Medo

A ansiedade, a vergonha e o sentimento de estar pressionado podem levar ao sentimento de medo (ATTIR, 2016). O medo na produção de LE pode ocorrer devido ao baixo nível de autoestima, da vergonha de falar em público (característica da timidez), da avaliação negativa do professor ou de ser alvo de riso e julgamento dos colegas. Desse modo, o medo pode levar o aprendiz a uma performance fraca durante atividades de produção linguística.

Quanto a isso, dos 10 participantes da pesquisa, os 3 que citaram o fator medo durante a produção linguística, de cunho oral e escrito, afirmam que desenvolver e elaborar ideias acerca de temas acadêmicos se torna difícil, resultando em um estado de estagnação no momento da fala e/ou da escrita. Esses entraves podem ser relacionados ao psicológico do aprendiz, de modo que, quanto mais ansioso e envergonhado, mais medo o participante pode ter no momento de produção (ATTIR, p. 24).

De modo a sanar os entraves mencionados acima, os aprendizes se debruçam sobre a estratégia da prática espontânea, apresentada por Oxford (1990). Nela o aprendiz toma notas para produzir sentido durante a prática oral e escrita em LE de modo a se comunicar por meio do uso da língua. Para o participante H, utilizar essas estratégias pode auxiliar o exercício da produção linguística de natureza oral e escrita, uma vez que elas permitem a aprendizagem e uma sensação de conforto durante a produção.

4.6 Tensão e Nervosismo

Dentre as opções expostas acerca dos fatores psicológicos causadores de entraves na produção linguística em LE, os participantes tiveram a opção de citar outras questões psicológicas decisivas no desenvolvimento de bloqueios da produção linguística deles. Nessa questão, um dos respondentes citou o fator tensão na produção escrita e outro citou o nervosismo na produção oral.

A tensão pode ser uma apreensão relacionada ao medo de cometer erros (ATTIR, 2016) e está associada a uma possível pressão exercida pelo próprio aprendiz, pela família, pela sociedade ou pelo professor e colegas. Assim, para sanar a tensão que pode ocorrer durante atividades de produção oral e escrita, o participante D, que apontou o fator tensão, faz uso da estratégia de prática espontânea, a partir da prática de conversação e de leitura de conteúdos na língua alvo. Essa estratégia pode auxiliar o aprendiz a perceber os seus próprios erros e se sentir mais confiante na presença do professor e de demais pessoas.

Quanto ao nervosismo, Horwitz (2011 apud ATTIR, 2016) afirma que esse fator está relacionado com a ansiedade. Assim, o respondente A, que sugeriu o nervosismo como um entrave na produção linguística oral, afirma que apesar desse fator ele se sente confiante na produção em LE. O referido participante afirma que possui maior facilidade para produzir em LE, devido ao alto nível de proficiência e ao uso das estratégias de repetição de novas expressões e de anotação. Essas estratégias, segundo Oxford (1990), funcionam para auxiliar o aluno a aprender uma forma de revisar novas expressões e palavras, além de aperfeiçoar as habilidades linguísticas em LE.

5 Considerações Finais

Essa pesquisa propôs investigar e analisar os fatores psicológicos que podem causar entraves na produção linguística de natureza oral e escrita em língua inglesa, e quais as estratégias cognitivas que os respondentes fazem uso no referido contexto.

O aporte teórico que fundamentou esta pesquisa se mostrou significativo para que fosse possível entender como questões psicológicas podem afetar a produção linguística oral e escrita de aprendizes de LE. Além disso, percebemos com esse estudo, quão eficaz pode ser o uso de estratégias de aprendizagem referente às tais questões. Para tanto, lançamos mão do estudo das estratégias de aprendizagem proposto por Oxford (1990) e de autores que basearam suas pesquisas na referida autora.

Através das respostas obtidas nos questionários, pudemos investigar que os fatores ansiedade, vergonha, pressão, desmotivação, medo, nervosismo e tensão se mostram como entraves psicológicos na produção linguística de natureza oral e escrita de aprendizes de inglês como LE e que os usos de estratégias práticas se mostram eficazes para contornar os bloqueios na produção linguística em LE. Dentre as estratégias citadas pelos participantes da pesquisa, pudemos identificar as estratégias de cunho cognitivo, propostas por Oxford (1990).

Quanto às estratégias cognitivas, elas se mostraram eficazes para os aprendizes em formação inicial, de modo a contornar fatores de cunho psicológico que bloqueiam a produção. Desse modo, podemos concluir que repetições de estruturas, conversações na língua com amigos, leitura e escuta a conteúdos na língua alvo e anotações são ações práticas que podem auxiliar o aprendiz de LE a lidar com bloqueios psicológicos na produção de cunho oral e escrito.

Por fim, a contribuição do presente estudo se deu a partir da reflexão acerca da necessidade do aprendiz de saber lidar com os entraves psicológicos fazendo uso de estratégias de cunho cognitivo, que possibilita uma autonomia no processo de aprendizagem de uma LE. Com o uso das estratégias cognitivas, é possível que o aprendiz possa lidar com questões externas, por exemplo, a pressão imposta pela família, sociedade e a instituição acadêmica e internas, como características pessoais, de modo a produzir com eficácia em atividades de prática oral e escrita em LE.

Mainan Barbosa Borges - Graduanda do 9º período em Letras - Inglês pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Email: mainan.xx@gmail.com
Cleydstone Chaves dos Santos - Professor Doutor Associado na Unidade Acadêmica de Letras (UAL) na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Email: cleydstone.chaves@professor.ufcg.edu.br.

Notas

  1. SANTOS (2012; 2017)
  2. Tradução dos autores do trecho: “...the basic way of transforming ideas and opinions between [foreign language learners.]” (ATTIR, 2016, p. 8);
  3. Tradução nossa do trecho: “... the feeling of tension and apprehension associated with the foreign language context, including speaking and other skills.” (ATTIR, 2016 p. 24);
  4. Tradução nossa do trecho: “In a cognitive approach, the learner is seen as an active participant in the learning process, using various mental strategies in order to sort out the system of the language to be learned. Learners are required to use their minds to observe, think, categorize, and hypothesize and in this way, gradually work out how the language operates”. (JALO, 2005, p. 159-160).
  5. Tradução nossa do trecho: “... cognitive strategies are unified by a common function: manipulation or transformation of the target language by the learner.” (OXFORD, 1990, p. 43).
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Referências

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Recebido em: 28-jul-2023
Aceito em: 30-out-2023

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