A criação literária e o cotidiano

Autores

  • José Wellington Días Soares

DOI:

https://doi.org/10.30620/p.i..v10i1.9342

Resumo

Este texto faz parte de uma pesquisa de doutoramento, em que analisamos aspectos do cotidiano e representações culturais em romances e crônicas de Machado de Assis e de Lima Barreto, correspondendo, portanto, ao espaço da cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1881 e 1922. Neste momento, nosso objetivo é tão-somente desenvolver uma exposição/análise do argumento teórico que norteará a investigação. Com isso, manteremos um diálogo com a bibliografia de referência que trata sobre o cotidiano na concepção epistemológica (LUKÁCS, 1965, 1968; HELLER, 2008), e como objeto de análise para a compreensão da história (PRIORE, 1997; MATOS, 2002; CERTEAU, 2008; LANA, 2008). Logo, discutiremos o modo como o romance transfigura a realidade em ficção. Nesse sentido, o texto literário (sem negar sua função poética ou ficcional, que equivale a representar um mundo do ponto de vista estético) possibilita, devido à sua capacidade de plasmar uma complexidade de temas relacionados à realidade cotidiana das pessoas, vários recortes para o estudioso desenvolver relações com a vida social e com elementos históricos e culturais. Por isso, pode servir como uma fonte documental para o historiador desenvolver uma interpretação segura de acontecimentos passados, desde que ele faça as devidas relações com outras fontes e/ou a historiografia do assunto em interesse.

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Publicado

2020-08-12

Como Citar

DÍAS SOARES, J. W. A criação literária e o cotidiano. Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Laboratório de Edição Fábrica de Letras - UNEB, v. 10, n. 1, p. 245–261, 2020. DOI: 10.30620/p.i.v10i1.9342. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/view/9342. Acesso em: 19 abr. 2024.