A posição sujeito-­aluno na redação ENEM: a escri­ta e seus efeitos de sentido

Autores

  • Amilton Flávio Coleta Leal Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

DOI:

https://doi.org/10.30620/gz.v1n2.p71

Palavras-chave:

Análise do Discurso, ENEM, Escrita, Sujeito

Resumo

Este artigo tem por objetivo suscitar algumas reflexões sobre o processo de constituição do sujeito através da língua escrita. Pensar em escrita nos manuais de ensino é considerar o apagamento e a resistência do sujeito, bem como a literalidade e a superficialidade na produção de sentido(s). Dessa forma, ancorados na Teoria da Análise do Discurso de Linha Francesa, buscaremos um lugar de interpretação/investigação para as escritas “homogeneizadas” dos alunos, a partir dos critérios que quantificam/qualificam as competências e habilidades do ENEM. Com isso, faremos um paralelo entre as políticas de ensino e as políticas voltadas ao Exame, a fim de perceber o quê é feito durante todo percurso escolar para garantir e dar seguridade a esses alunos de se marcarem na/pela língua e, portanto, constituírem­se como sujeitos­autores de sua escrita.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amilton Flávio Coleta Leal, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

Mestrando do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística, pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT/Campus de Cáceres. Bolsista CAPES. Licenciado em Letras Português/Inglês e suas respectivas literaturas, pela mesma Universidade. Atualmente, reside na cidade de Mirassol D´Oeste - MT.

Referências

AZEVEDO, I.C.M. Exercício da autoria no exame nacional do ensino médio: um mapeamento de manifestações discursivas. Associação Brasileira de Educação e Cultura (ABEC), Universidade de São Paulo (USP), 2011.

CORACINI, Maria José Rodrigues Faria. Interpretação, autoria e legitimação do livro didático. 1. ed. Campinas: Pontes, 1999.

DI RENZO, Ana Maria. (Org.). O texto nas práticas linguísticas escolares. In: Linguagem, História e Memória: Discursos em Movimento. Campinas: Pontes Editores, 2011.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). A Redação no Enem 2012. Guia do participante. Brasília, 2012.

LUNA, Ewerton Àvila dos Anjos. Avaliação da produção escrita no Enem: como se faz e o que pensam os avaliadores - 156 folhas (dissertação). Recife, 2009.

MÉNDEZ, J. M. A. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Trad. Magda S. Chaves. Porto Alegre: Artmed, 2002.

MESERANI, Samir. O Intertexto escolar: sobre leitura, aula e redação. São Paulo: Cortez, 1995.

ORLANDI, Eni P. Discurso e texto. Campinas: Pontes, 2004.

PFEIFFER, Claudia Regina Castellanos. Que autor é este? Campinas. Tese de doutorado, IEL, UNICAMP, 1995.

PFEIFFER, Claudia Regina Castellanos. Retórica: sujeito e escolarização. In: Eni P. Orlandi; Eduardo Guimarães. (Org.). Institucionalização dos estudos da linguagem: A disciplinarização das idéias linguísticas. Campinas: Pontes, 2002, v. 1, p. 139-153.

PFEIFFER, Claudia Regina Castellanos. C. R. Políticas Públicas de ensino. In: Eni P. Orlandi. (Org.). Discurso e Políticas Públicas urbanas: a fabricação do consenso. 1. ed. Campinas: Ed. RG, 2004, v. 1, p. 85-99.

Publicado

2017-02-13

Como Citar

LEAL, A. F. C. A posição sujeito-­aluno na redação ENEM: a escri­ta e seus efeitos de sentido. Grau Zero – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Fábrica de Letras - UNEB, v. 1, n. 2, p. 71–88, 2017. DOI: 10.30620/gz.v1n2.p71. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/3243. Acesso em: 29 mar. 2024.