PARADOXOS DAS TECNOLOGIAS NOS DIAS DE HOJE: OPORTUNIDADES E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Autores

  • JESSICA SANTOS JESUS
  • WHELITON CHIANG SHUNG MOREIRA FERREIRA

Palavras-chave:

Ensino a Distância, Tecnologias, Oportunidades

Resumo

O presente trabalho analisa a discrepância da sociedade brasileira contemporânea, que traz em seu discurso a necessidade de utilização das novas tecnologias em seus contextos, mas também não oferece condições para sua implementação. A partir desta realidade, objetiva-se entender a Educação a Distância (EAD) como uma modalidade de ensino que oferece oportunidades àquelas pessoas que, devido a circunstâncias específicas, não conseguiram completar o ensino formal. Como objetivos específicos, pretende-se apontar a EAD como uma solução para a inclusão social, assim como indicar a necessidade do Governo e as instituições relacionadas oferecerem condições para o acesso. A fundamentação principal deste estudo baseia-se no princípio de Oliveira (2017), livro “Educação a distância e tecnologia digital: interação, atitude e aprendizagem”, que traz a necessidade do foco da EAD na qualidade das interações, nas oportunidades oferecidas e na disposição em aprender e interagir. O simples aumento do número de acessos, de mensagens e de registros, segundo o autor, não garantiria o sucesso desta modalidade de ensino. A metodologia que permeia este trabalho foi baseada no levantamento documental de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da organização Population Reference Bureau (PRB), procurando-se uma delimitação do panorama da EAD no Brasil atual. Como indicador da qualidade da EAD, buscou-se a compreensão dos estudos de caso de Oliveira (idem). Ressalta-se a natureza da abordagem tanto quantitativa quanto qualitativa, sendo que dados de estatísticas, censos e gráficos serviram de base para as interpretações e entendimentos da autora e do orientador desta pesquisa. Como resultados iniciais, destacam-se os números da PRB e do IBGE. Constatou-se que, da população brasileira de 209,4 milhões de habitantes, cerca de 116 milhões contam com acesso à internet. Seria uma realidade favorável, se não houvesse tanta discrepância entre o acesso à conexão e a disseminação e valorização significativa da EAD. A partir das leituras realizadas e dos casos analisados, conclui-se que a EAD, além de trazer formação para pessoas na forma de cursos superiores, como já é feito atualmente, poderia também ser aplicado em comunidades que ainda não têm acesso à internet e nem ao ensino básico e superior, que muitas vezes não é vista como parte de um todo. A falha desta modalidade não está nela em si, e sim, nas políticas públicas e na falta de recursos e projetos que darão assistência ao aluno que queira ingressar em um curso online. Para a consolidação da EAD no Brasil hoje, é necessária uma discussão veemente com a sociedade, de forma que se perceba como, de fato, ela seja significativa e atenda a sua demanda. Ainda, reconhece-se a importância de investimento em redes para que o acesso não continue restrito a poucos privilegiados, tal como está atualmente. Para a continuação deste estudo, sugere-se que outros indicadores possam ser analisados, além da análise de mais estudos de caso sobre o mesmo tema. Especialmente os que versam sobre a implementação da EAD por instituições públicas e privadas. Também é recomendado que se observem as nuances das estatísticas de acesso a internet, especialmente a delimitação do público que ela atinge no Brasil atualmente. Em tempo, cabe informar que o estudo atual se encontra em progresso.

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Publicado

2019-12-26

Edição

Seção

RÁDIO – Processos tecnológicos